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by Brunelson
Ao olhar para o melhor do PEARL JAM, não podemos ficar com rédeas e olhar somente para o seu álbum de estreia, "Ten", lançado em agosto de 1991.
E enquanto o PEARL JAM é frequentemente jogado no meio da multidão "grunge" de Seattle, o som da banda é muito mais influenciado pelo hard rock e rock clássico, onde a levada funk rock original do grupo é mais destacada no álbum "Ten".
Depois que o disco "Ten" se tornou um sucesso comercial para a banda e certamente para a sua nova e grande gravadora, Epic Records, os executivos da gravadora sugeriram que o PEARL JAM lançasse como single a música "Black", como forma de capitalizar ainda mais a sua crescente influência popular nas rádios, MTV, mídia e rankings musicais.
No entanto, a banda recusou o pedido imediatamente - a faísca do "não" que iria moldar a postura do grupo perante aos holofotes no decorrer da carreira.
A verdade é que "Black" é uma das canções mais pessoais que o vocalista Eddie Vedder já escreveu, explorando a natureza de um amor não correspondido que ele próprio passou. Como tal, ele sentiu que essa música deveria permanecer em seu devido lugar no disco "Ten", bem no meio do álbum, ao invés de mostrá-la descaradamente para muitas pessoas através das rádios como um single principal.
Em pleno ano de 1991/1992, nem videoclipe para a canção "Black" o PEARL JAM quis fazer (e que dali em diante só voltariam a fazer clipes produzidos em 1998).
No livro biográfico da banda, "PJ20" (2011), Vedder deixou escrito: “É sobre primeiros relacionamentos. A música é sobre deixar ir... É muito raro um relacionamento resistir à atração gravitacional da Terra e aonde isso vai levar as pessoas e como elas vão crescer. Já ouvi dizer que você não pode realmente ter um amor verdadeiro, a menos que seja um amor não correspondido. É duro, porque então, o seu amor mais verdadeiro é aquele que você não pode ter para sempre".
Ele também enfatizou que a narrativa emocional e o peso da música seriam destruídos se fossem acompanhados de material promocional como um videoclipe: “Algumas músicas simplesmente não devem ser tocadas entre o Hit No. 2 e o Hit No. 3", decretou Vedder para a revista Rolling Stone. “Não é por isso que escrevemos músicas. Não escrevemos para fazer sucessos, mas estas canções frágeis são esmagadas pelo negócio da indústria da música. Eu não quero fazer parte disso e não acho que a banda queira fazer parte disso”.
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