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by Brunelson

Pearl Jam: reportagem de 1991 do álbum "Ten" pela revista Kerrang


Confira a matéria original da revista britânica Kerrang lá de 1991 (foto), de quando o PEARL JAM tinha acabado de lançar o seu álbum de estreia, "Ten", no dia 27 de agosto, (prestes a fazer 30 anos), mostrando como ainda estava fresco o ambiente na cena do rock alternativo e a palavra "grunge" nem tinha sido criada ainda - o álbum "Nevermind" do NIRVANA seria lançado em setembro de 1991.




Confira a reportagem na íntegra:


Finalmente, Jeff Ament (baixista) e Stone Gossard (guitarrista) vieram descansar no PEARL JAM.

Os ex-membros do MOTHER LOVE BONE exorcizaram as suas tristezas pela morte do seu vocalista, Andrew Wood, ao criarem o TEMPLE OF THE DOG, encontrando uma espécie de paz em sua nova roupagem.

Na verdade, a música exibida aqui no disco "Ten" do PEARL JAM destila muitos dos seus elementos mais refinados de todos os seus trabalhos anteriores.

Para ter certeza, há mais TEMPLE OF THE DOG do que MOTHER LOVE BONE nessa nova banda. "Ten" é um álbum melancólico, evocativo, introspectivo e carregado com uma força emocional silenciosa que é mais sutil e talvez mais rica do que a ostentação do MOTHER LOVE BONE.

As músicas "Black" e "Release" são os melhores exemplos desse desenvolvimento, ambas enriquecidas por arranjos iniciais e pelos vocais emocionantes de Eddie Vedder.

Explorando um estilo que fica entre Chris Cornell (SOUNDGARDEN) e Paul Rodgers (FREE e BAD COMPANY), Vedder traz o seu blues para as torres de rock pesado de Seattle.

Curiosamente, aquele estilo do MOTHER LOVE BONE vai se perdendo - você pode ouvir resquícios nas canções "Alive", "Why Go" e "Deep" - mas esses músicos já fizeram o seu ponto com esse estilo e agora estão mais inclinados a criar textura e clima em suas novas músicas.

Isto não significa que o PEARL JAM não consegue arrasar. Stone Gossard e o segundo guitarrista, Mike McCready, disparam alguns riffs e arranjos marcantes, criando um contra-ataque explosivo às peças mais descontraídas do álbum. Jeff Ament lidera a seção rítmica, ocasionalmente com grooves baseados em R&B que funcionam tanto em alta fervura quanto em baixa temperatura.

Alguém poderia dizer que o disco "Ten" deveria ter usado um pouco mais de fogo no processo, mas provavelmente não é aí que a cabeça do PEARL JAM está agora no momento. No entanto, eles balançam de uma forma única e espontânea que ainda promete muitas coisas boas pela frente.

MOTHER LOVE BONE e TEMPLE OF THE DOG, descansem em paz.


"Release"


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