Pearl Jam: resenha da revista Spin sobre o álbum "Dark Matter"
Confira a resenha que a revista Spin concedeu ao novo álbum do PEARL JAM, "Dark Matter" (12º disco, 2024), concedendo uma nota A- para o álbum - equivalente a uma nota 9,5 em termos gerais.
PEARL JAM se equilibra ao PEARL JAM no disco "Dark Matter".
O super produtor, Andrew Watt, ajudou a reenergizar os gigantes do rock em seu 12º álbum de estúdio.
A 9ª música do disco "Dark Matter" chama-se “Something Special” e é de longe a mais controversa de todas lançadas no álbum, no que diz respeito às opiniões dos fãs em páginas Reddits e Fóruns na internet.
“E mais uma prova / Que você é fenomenal / É melhor você acreditar nisso / Você é algo especial”, o vocalista Eddie Vedder pronuncia seriamente durante essa balada, em seu tom sereno e barítono característico. Envolvida na tempestade e stress que permeia o resto do disco, essa quase cantiga de ninar um pouco desajeitada pode soar cafona e fora do roteiro.
Mas os bebedores de ódio com suas mentes falsas estão completamente errados nisso. A canção “Something Special” é provavelmente a melhor música do álbum "Dark Matter".
Se você adora músicas de hard rock dos anos 90, o PEARL JAM é natural para você, mas se você está ansioso para ser abraçado auditivamente e assolado por um ataque de sentimentalismo duramente conquistado, o PEARL JAM pode ser proporcional para você.
Quando o PEARL JAM estourou no começo dos anos 90, a sua esmagadora intensidade emocional era seu estoque - e isso permanece assim no disco "Dark Matter". Ao longo das décadas, essa capacidade diminuiu ou aumentou? Você decide.
Entra em cena o jovem e perpetuamente entusiasmado super produtor, Andrew Watt, que trabalhou no novo e rápido álbum de retorno do ROLLING STONES, bem como em discos igualmente reenergizantes de Iggy Pop e Ozzy Osbourne. Aqui no álbum do PEARL JAM ele persuadiu a faceta mais selvagem do grupo, aquele PEARL JAM que deixaria você agitando sua cabeça pra cima e pra baixo com seus cabelos soltos assim como foi em músicas clássicas do tipo “Alive” (1º disco, "Ten", 1991) ou “Animal” (2º disco, "Versus", 1993) – mas no sentido mais macabro possível.
Como assim?
Contemple o clímax da altíssima canção "Dark Matter", onde os guitarristas Stone Gossard e Mike McCready, o baixista Jeff Ament e o baterista Matt Cameron, compõem um trem descontrolado, com Vedder como o maestro implacável. O crescendo na música “Running” é ainda mais arrepiante, com um oceano de tinta sendo derramado sobre os poderes de galvanização de Andrew Watt.
Se você é neutro ou avesso ao PEARL JAM, essa é simplesmente uma versão mais intensa e focada da banda que conhecemos há mais de 03 décadas, mas se você já é um fã, há algo aqui para cada tipo de fã do PEARL JAM. Seja seu rock de arena com as canções “Scared of Fear” e “Dark Matter”, ou as baladas poderosas e ásperas como as músicas “Wreckage” e “Upper Hand”, além dos momentos ambientais melancólicos e intersticiais que lembram clássicos consensuais do álbum "Ten" e momentos experimentais como no álbum "No Code" (4º disco, 1996).
"Dark Matter" é um álbum tão diferente dos seus antecessores imediatos, os álbuns "Backspacer" (9º disco, 2009), "Lightning Bolt" (10º disco, 2013) e "Gigaton" (11º disco, 2020)? Realmente, não. Mas é de alguma forma um PEARL JAM num sentido inefável? Sim, é fato. É algo especial.
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