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by Brunelson

Pete Townshend: por que o guitarrista do The Who prefere as guitarras Gibson SG?


Pete Townshend passou por várias guitarras icônicas ao longo de sua carreira como guitarrista do THE WHO. 


Como por exemplo, nos primeiros dias Townshend podia ser visto ostentando uma guitarra Rickenbacker, especificamente variações dos modelos 335 e 360/12.


À medida que o THE WHO se tornou famoso por quebrar seus equipamentos e instrumentos no palco, Townshend passou por guitarras como uma faca passa tranquilamente pela manteiga, destruindo-as e substituindo-as mais rápido do que poderiam ser reparadas e reutilizadas, sendo que grande parte das dívidas iniciais da banda se devem aos seus instrumentos quebrados.



Mas antes de Townshend gravitar em torno das guitarras Gibson Les Pauls como as suas principais, ele passou grande parte no final dos anos 60 e início dos anos 70 tocando com uma Gibson SG. Especificamente, Townshend foi o divulgador do modelo SG Special 1968 (foto), que lhe deu um instrumento ideal a partir do qual ele poderia reproduzir todos os sons que se passavam na sua cabeça.


“Eles acabaram de lançar um novo modelo e isso foi em 1968. Ela tinha um captador de corda um pouco maior do que as outras e realmente combinava com os meus amplificadores”, disse Townshend quando foi entrevistado pela revista Sound International em 1980. “Comecei a tocar com essa guitarra, mas seu único problema é que elas eram um pouco fracas e de baixa resistência, sabe? Na verdade, se eu quisesse poderia quebrá-las com as minhas próprias mãos".


“Eu também entrei nessa coisa de afinar a guitarra com a 2ª corda em bemol. Usando isso em alguns dos acordes mais agudos onde você queria que a 2ª corda soasse um pouco mais encorpada... Não, me desculpe, eu quis dizer a corda G. Quando você está usando um G mais leve, você não consegue fazer isso - nunca usei cordas leves (fina), sempre toquei com cordas pesadas (grossa). A minha 1ª corda (E agudo) é na medida 0.12 e eu uso 02 cordas B's em vez de 01 corda B e 01 corda E. Aprendi isso com o guitarrista James Burton, pois era assim que ele costumava tocar. Sabe, eu não suporto cordas leves, tipo, você não precisa lutar por isso".


“James Burton costumava ter essa grande coisa harmônica de dobrar as cordas da guitarra e um dia eu fui até ele e perguntei: 'Que tipo de cordas você usa?' E ele me disse: 'O quê?' Eu falei: 'Que tipo de cordas você usa? Uma terceira simples?' E ele me disse: 'Uma simples o quê?' Ele só tinha mãos grandes e costumava dobrar as cordas, era só isso".


“Isso foi uma afirmação pra mim de que se você quisesse fazer algo diferente, você conseguiu e lutou por isso. A sua sonoridade se encaixou no meu som e que tinha uma qualidade muito organizada".


Em uma entrevista de 1972 para a revista Guitar Player, Townshend deu algumas informações adicionais sobre como a Gibson SG se tornou sua guitarra nº 1. 


“Bem, a história da SG é um pouco decepcionante”, admitiu Townshend. “A 1ª vez que comecei a tocar com a guitarra modelo Gibson SG, foi quando cansei das guitarras Fenders porque elas eram muito limpas em sua sonoridade, mas gostava delas porque elas eram duras e fortes em resistência. Quando eu tocava com a Fender, cada guitarra durava 02 ou 03 shows e também gostava porque era a guitarra de Jimi Hendrix. Mas elas soavam muito limpas, foi quando fui até ao nosso empresário e disse que realmente precisava de uma alternativa para conseguir um som mais sujo. Foi quando ele me disse que achava que eu iria gostar do mais novo modelo da Gibson SG. Desde então, tenho tocado com as guitarras SG's”.


“Eles tiraram o antigo SG do mercado há cerca de 01 ano atrás, então, eu toco com todas as SG antigas que tenho. Eu não as quebro mais de forma deliberada, mas quando eu as giro no ar, depois de tomar algumas bebidas, eu acabo batendo nelas sem querer e elas se quebram. Elas são feitas de madeira muito leve, sabe? É uma guitarra muito leve, mas a fábrica da Gibson parou de produzir essas SG's específicas que estou falando”.


“Então dissemos a eles: 'Vocês terão que fazê-las para nós e terá que personalizá-las para nós', e eles disseram que tudo bem, mas na época custaria cerca de US$ 300 dólares cada guitarra”, disse Townshend. “De qualquer forma, pedimos para eles fazerem 04 guitarras para o início da turnê. Eles as trouxeram para nós, mas as guitarras eram totalmente diferentes. Os captadores estavam em uma posição diferente e assim por diante, então dissemos: ‘Esqueça’”.


Townshend concluiu: “Foi quando invadi praticamente todas as lojas de instrumentos musicais do país em busca de SG's antigas. Uma que eu estava usando nessa turnê de madeira natural, não foi modificada, exceto que tinha uma ponte Tunomatic. A guitarra SG que mais uso é uma Standard de 1966, mas a minha guitarra favorita agora para os shows é a Gibson Les Paul Deluxe com pequenos captadores Epiphone que você pode comprar por US$ 50 dólares. Eles são como humbucking, mas são pequenos, como os que você tem nas guitarras Epiphones, só que são muito mais barulhentos".
































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