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by Brunelson

Pink Floyd: a linha musical que David Gilmour não conseguia cantar direito


Todo músico vai querer enfrentar um desafio sempre que entrar no estúdio e cada álbum gravado é sobre começar do zero e voltar a subir.


Embora o PINK FLOYD fosse conhecido por transformar seu som em algo diferente em cada disco lançado, David Gilmour (vocalista/guitarrista) admitiu que uma música fez levantar o "sarrafo" para ele dar o seu melhor quando foram gravar o clássico álbum "Wish You Were Here" (9º disco, 1975).


Então, novamente, qualquer banda teria um trabalho difícil depois de terminar a turnê do álbum antecessor, "The Dark Side of The Moon" (8º disco, 1973). Depois de passar quase 02 anos completos em turnê aperfeiçoando suas performances em divulgação a esse álbum, os gigantes do rock progressivo criaram uma conquista marcante que ainda não foi igualada na história do rock, criando um caleidoscópio musical que reflete os vários elementos da vida moderna com o disco "Wish You Were Here".


No momento em que eles viram como era a vida de uma banda de rock de sucesso, eles começaram a se isolar. Relembrando a devastação que a fama causou a Syd Barrett (vocalista/guitarrista/compositor original do PINK FLOYD), Roger Waters (vocalista/baixista) imaginou o álbum "Wish You Were Here" como um reflexo da fama que veio com o mundo da música, com a canção “Shine on You Crazy Diamond” reverenciando a contribuição de Barrett para o grupo no passado.


Fora outros momentos emocionantes desse disco, uma outra canção, "Welcome to The Machine", foi a 1ª vez que o cinismo de Waters foi direcionado à indústria musical. Com Gilmour desempenhando o papel do executivo dominador da indústria em suas letras, toda a música é um pastiche do que as estrelas do rock deveriam esperar de seus empregos, desde os sonhos implantados em seus cérebros até as provações e tribulações que surgem ao passar de uma cidade para outra em turnês.


E uma das notas finais de sua seção causou-lhe problemas ao montar a canção "Welcome to The Machine", com a última linha lírica apresentando uma nota muito alta para Gilmour acertar.

Pela 1ª e única vez em um disco do PINK FLOYD, Gilmour se lembrou da banda tendo que usar várias velocidades de fita para ajustar a nota ao tom adequado, dizendo uma vez em entrevista: “A única vez que usamos a velocidade da fita para nos ajudar com os vocais estava em uma linha da música 'Welcome to The Machine'. Era uma linha que eu simplesmente não conseguia alcançar o timbre vocal, então, baixamos a fita meio semitom e depois colocamos a linha nesta faixa”.


Embora Gilmour possa ter ficado inseguro sobre ter que ajustar seu desempenho, o efeito é muito mais sinistro com o efeito adicionado. Considerando o tema da música, os vocais de Gilmour podem soar ainda mais robóticos durante esta seção, o que funciona perfeitamente com o tema da indústria musical sendo nada além de um monte de máquinas sem alma criando entretenimento estúpido para qualquer um que queira participar livremente ou sendo forçado a tal.


Por outro lado, Waters não terminou de criticar os grandes negócios, eventualmente fazendo canções ainda mais contundentes sobre o mundo da indústria musical em álbuns como "Animals" (10º disco, 1977) e "The Wall" (11º disco, 1979).


Era apenas o PINK FLOYD analisando drasticamente o que a indústria musical poderia fazer a um ser humano...


"Welcome to The Machine"





















































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