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by Brunelson

Pink Floyd: as 02 canções que o tecladista Richard Wright chamou de "terríveis"


Cada membro do PINK FLOYD foi fundamental para tornar a banda o que era.


Embora seja fácil dizer que Syd Barrett (vocalista/guitarrista original) foi responsável por toda a boa vontade que o grupo teve no início, antes de passar a tocha para Roger Waters (vocalista/baixista) e depois com a entrada de David Gilmour (vocalista/guitarrista), a enorme quantidade de momentos notáveis que surgiram do baterista Nick Mason e do tecladista Richard Wright não pode ser esquecido.

E embora eles tenham criado uma rica tapeçaria sonora juntos, Wright não estava exatamente orgulhoso de algumas canções que a banda gravou.

Quando eles começaram, ninguém sabia onde a música terminaria. Nascido do movimento da contracultura que ocorreu na década de 60, o disco de estreia do PINK FLOYD, "The Piper at The Gates of Dawn" (1967), foi o resultado de qualquer coisa que saiu da cabeça de Barrett, apresentando enormes experimentos mentais transformados em canções como "Bike" e "Take up Thy Stethoscope and Walk".

Porém, mesmo com o grupo mantendo um equilíbrio durante a maior parte daquela década no reduto underground, as rodas começaram a se soltar logo depois que a banda começou a fazer turnês em plena ascensão na carreira.

Ao longo do tempo que passavam na estrada, Barrett começou a perder a batalha contra a sua saúde mental, muitas vezes sentindo-se tenso ao ter que se apresentar ao vivo e lutando até mesmo nos ensaios para não deixar cair a palheta da sua mão enquanto tocava guitarra. Embora a banda não estivesse disposta a virar as costas ao seu amigo, o 2º álbum, "A Saucerful of Secrets" (1968), seria o último com as contribuições de Barrett devido a sua dispensa.

Trazendo um guitarrista substituto, David Gilmour, e sendo gravado como um quinteto, grande parte desse disco apresenta uma abordagem democrática para as composições, com cada membro do grupo tentando escrever as canções. Embora Waters eventualmente se destacasse em músicas como "Set The Controls For The Heart of The Sun", Wright disse uma vez em entrevista que nunca mais iria querer ouvir as suas próprias canções que foram lançadas nesse álbum, "Remember a Day" e "See Saw".

Desde o seu período psicodélico inicial, o conhecimento de Wright sobre um bom refrão e imagens surrealistas se encaixou na estética da banda, mas ao relembrar o que havia feito, Wright ficou chocado, dizendo num documentário do PINK FLOYD: “Elas são uma espécie de vergonha. Acho que não as ouvi desde que as gravamos. Sabe, foi um processo de aprendizagem ao escrever essas músicas, onde aprendi que não era um bom letrista, mas você tem que experimentar as coisas antes de descobrir, não é? As letras são terríveis, terríveis, mas muitas letras de outras músicas da banda daquela época também eram”.

Apesar de não se orgulhar das letras - Wright também leva os vocais nessas 02 canções - ele não precisaria se preocupar em ser o principal letrista do grupo por muito tempo. Como tecladista da banda, Wright falava a maior parte através dos dedos, tornando as melhores músicas do PINK FLOYD muito maiores, usando diferentes texturas em álbuns como "The Dark Side of The Moon" (8º disco, 1973) e "Animals" (10º disco, 1977).

Porém, quando a banda começou a encontrar o seu estilo no final da década de 70, Wright teve alguns problemas até mesmo para articular as suas ideias musicais, sendo dispensado do grupo durante as sessões de gravação do clássico álbum "The Wall" (11º disco, 1979) e posteriormente retornando à banda um tempo depois.

Mesmo que ele próprio admita que a sua parte lírica era péssima, o talento de Wright por trás dos teclados nunca poderá ser igualado no rock progressivo em épicos musicais que ficarão para sempre marcados na história.


"Remember a Day"


"See Saw"










































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