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by Brunelson

Pink Floyd: o álbum que David Gilmour disse que só tem "03 músicas razoáveis, o resto é porcaria"


O processo colaborativo dentro do PINK FLOYD nunca foi simples.


Apesar de produzir resultados lendários que inseriram seu nome nos livros da história com álbuns como por exemplo, "The Dark Side of The Moon" (8º disco, 1973) e "The Wall" (11º disco, 1979), foi necessário um imenso sacrifício e sapiência para alcançar a grandeza. 


Mas no final do seu mandato, o atrito tornou-se insustentável e ficou claro que algo tinha de acontecer...


Depois que o PINK FLOYD lançou o álbum "The Wall" e posteriormente fez uma turnê pelo mundo inteiro, teria sido o momento perfeito para se despedir graciosamente, no entanto, apenas em retrospectiva podemos ter essa visão, porque o grupo não estava preparado para desistir enquanto ainda sentia que estava no auge dos seus poderes. 


Quando eles começaram a trabalhar em seu próximo álbum de estúdio, "The Final Cut" (12º disco, 1983), o relacionamento entre a banda rapidamente saiu do controle. Roger Waters (vocalista/baixista) assumiu mais ainda as rédeas do ponto de vista criativo, para grande frustração de David Gilmour (vocalista/guitarrista), o que ficou claro que eles não poderiam mais colaborar como antes.


Ambos tinham ideias conflitantes para o álbum e no final das contas, Gilmour foi forçado a ficar em segundo plano enquanto Waters essencialmente fazia um disco solo. Embora essa técnica já tivesse servido bem à banda em lançamentos anteriores, a química se dissolveu e Gilmour não estava achando necessário novamente ser submetido a uma provação semelhante.


Durante uma entrevista para o site Record Collector em 2003, Gilmour explicou: “Eu sabia o que tinha acontecido com a minha banda naquele momento e estava apenas tentando superar aquilo. Não foi nada agradável, sabe? Se fosse tão desagradável, mas os resultados valessem a pena mesmo assim, eu poderia encarar isso de uma maneira diferente... Não, na verdade eu não faria isso".


Gilmour revelou que o disco "The Final Cut" contém apenas 03 canções que ele gosta, concluindo: “Não sei, os resultados são muitos, quero dizer, na melhor das hipóteses há algumas músicas razoáveis. Eu votei para que a canção 'The Fletcher Memorial Home' fosse lançada em nossa coletânea. Também gosto das músicas 'The Gunner's Dream' e da faixa-título, então, são as 03 canções razoáveis do álbum e o resto é uma porcaria”.


Quando um membro da banda gosta apenas de 03 músicas de um disco lançado, isso fala muito sobre sua insatisfação interna, e embora Waters que comandou o álbum tenha ficado satisfeito com o resultado final, ele também ficou descontente durante o processo de gravação, apontando a culpa ao comportamento de Gilmour por tornar a experiência desagradável no estúdio.


Depois de décadas dançando ao som na mesma batida, quando o PINK FLOYD iniciou o processo de gravação do disco "The Final Cut" esses dias haviam acabado e a dupla Waters/Gilmour infelizmente não era mais compatível.


"The Fletcher Memorial Home"
































































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