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by Brunelson

Pink Floyd: qual é o super-herói da Marvel escondido na capa de um álbum da banda?


Quando o PINK FLOYD se formou em 1964, eles começaram tocando covers de grupos de R&B entre poucas composições autorais, mas não demorou muito para que começassem a esculpir um novo som abstrato que distorceria as formalidades da música rock.

Sob a capitania de Syd Barrett (vocalista/guitarrista original), o grupo emergiu como uma das primeiras e mais proeminentes bandas de rock psicodélico de todos os tempos. Em 1966, eles abandonaram a palavra "sound" de seu nome original, que era "Pink Floyd Sound", e começaram a se destacar na cena musical underground de Londres.

Os primeiros sinais de psicodelia seriam expressos de forma mais notável em longas e prolongadas excursões instrumentais, acompanhadas por rudimentares shows de luz realizados com slides coloridos colocados sobre lâmpadas.


Durante esse período inicial, um artigo do jornal Sunday Times declarou: “No show da noite passada, um grupo de rock chamado PINK FLOYD tocou uma música vibrante, enquanto uma série de formas coloridas e bizarras piscavam em uma enorme tela atrás deles… Aparentemente, algo muito psicodélico”.

O grupo levou essa imagem e som místicos para o seu 1º contrato de gravação com a EMI Records. Em 1967, eles desfrutaram de uma popularidade crescente com os seus primeiros singles, que foram as músicas "Arnold Layne" e "See Emily Play", logo seguidos por uma aparição em programas de auditório da TV em divulgação ao seu álbum de estreia, "The Piper at The Gates of Dawn" (1967).


Nesse estágio, a banda parecia pronta para conquistar o mundo, mas o estado mental de Barrett começou a ficar fora de controle. No final do ano de 1967, a banda trouxe o guitarrista David Gilmour, que assumiria as rédeas enquanto Barrett se tornava cada vez mais distante e pouco confiável.




Barrett foi dispensado da banda em abril de 1968, enquanto o grupo trabalhava em seu 2º álbum de estúdio, "A Saucerful of Secrets" (1968, foto). Após o seu lançamento em 29 de junho, o álbum continha apenas 01 composição original de Barrett, a canção "Jugband Blues", mas porque Gilmour aprendeu a emular o estilo de Barrett, o que manteve o álbum no mesmo DNA misterioso do rock espacial do PINK FLOYD.

O pico de sucesso do PINK FLOYD na década de 70 foi destacado por alguns discos seminais que foram acompanhados por designs de capa igualmente de cair o queixo. No início da década, tínhamos prismas refratários e homens em chamas, mais tarde, tivemos porcos voando e paredes de tijolos. Esses designs foram fruto dos designers gráficos de Londres, chamados Storm Thorgerson e do seu parceiro Aubrey Powell, fundadores do método Hipgnosis.




"A Saucerful of Secrets" foi a 1ª capa de álbum do PINK FLOYD a ser desenhada por Hipgnosis. Embora certamente não esteja entre as capas mais icônicas da banda, é uma das representações visuais mais precisas do início do PINK FLOYD com o seu éter sombrio de misticismo sobrenatural.

O grupo contratou Thorgerson e Powell em 1968 e depois dos BEATLES, isso marcou apenas a 2ª vez que a EMI Records permitiu que um de seus artistas contratassem designers externos para a capa de um álbum.


Para criar a imagem psicodélica apropriada, Thorgerson colocou simbolismo em camadas dentro de uma colagem enevoada e sobreposta que tentou representar as visões oníricas e rodopiantes de 03 estados alterados de consciência: religião, drogas psicodélicas e a música do PINK FLOYD.

A capa inclui imagens mescladas, algumas foram desenhadas e outras foram retiradas de imagens pré-existentes. No pequeno círculo perto no centro da capa, os membros da banda podem ser vistos em silhueta numa fotografia. O diagrama envolvente que descreve as fases planetárias à esquerda foi misturado ao design a partir de uma imagem que apresenta o personagem da Marvel, o Doutor Estranho, tirada da edição nº 158 da revista em quadrinhos, Strange Tales. O corpo do Doutor Estranho pode ser visto à direita da capa.

De longe, a capa do álbum "A Saucerful of Secrets" pode parecer uma miragem verde escura, mas de perto, o design psicodélico pode manter os seus olhos ocupados por vários minutos.


Além do Doutor Estranho e completo com as imagens cósmicas, planetárias e até do vilão da história, essa é uma das capas de discos do grupo mais condizentes e intrigantes do impressionante arsenal de capas icônicas de álbuns do PINK FLOYD.


Confira a imagem detalhada e em comparação que separamos para você logo abaixo:


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