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by Brunelson
Todos esses exercícios de ligação aparentemente benignos são exemplos de educação musical infantil, uma ferramenta vital na construção de um ser humano adulto, mesmo que não pareça à primeira vista.
Nem toda criança é um gênio musical e nem todo mundo que faz aulas de música quando criança cresce para ser musicalmente habilidoso – ou mesmo para ser alguém que continua tocando ou participando de música quando adulto - mas muitas pessoas qualificadas lhe dirão que não é esse o objetivo da educação musical.
Precisamos dela para muito mais do que aprender música em si...
O instituto Baby Center falou sobre o conceito “baby Mozart”: “A música não precisa ser Mozart ou mesmo música clássica para ser enriquecedora. Ouvir música de qualquer tipo, seja pop, folk, jazz ou hip-hop, é bom para as crianças... O efeito Mozart é a ideia de que as pessoas experimentam um aumento temporário de inteligência depois de ouvir uma sonata para piano escrita pelo famoso compositor. É baseado em resultados de estudos em estudantes universitários, não em bebês”.
As evidências sustentam que a música pode ser benéfica para o foco e a inteligência de todos, não apenas dos bebês. No entanto, os anos de desenvolvimento pelos quais passamos nos primeiros momentos de nossas vidas são cruciais por uma razão. Além disso, o cérebro não está totalmente desenvolvido até os 25 anos mais ou menos (Freud estipulou até os 21 anos), o que significa que a música e a educação musical podem ter um impacto profundo na adolescência.
Mary Luehrisen, diretora executiva da National Association of Music Merchants Foundation (NAMM), falou uma vez: “Quando você olha para crianças de 02 a 09 anos de idade, um dos avanços nessa área é o benefício da música para o desenvolvimento da linguagem que é muito importante nesse estágio. Crescer em um ambiente musicalmente rico é muitas vezes vantajoso para o desenvolvimento da linguagem das crianças”.
Isto sustenta a ideia de que a educação musical vai além da música em si, oferecendo desenvolvimento em outras áreas, como a linguística.
O Children's Music Workshop acrescentou: “Estudos recentes indicaram claramente que o treinamento musical desenvolve fisicamente a parte do lado esquerdo do cérebro conhecida por estar envolvida com o processamento da linguagem e pode realmente conectar os circuitos do cérebro de maneiras específicas. Vincular músicas conhecidas a novas informações também pode ajudar a imprimir informações nas mentes dessas jovens crianças”.
Mas e as crianças com mais de 10 anos de idade?
Bom, os programas de artes nas escolas sofreram cortes significativos ao longo dos anos em nações e cidades, com teatro, música e outros sofrendo com isso e causando uma disparidade na acessibilidade aos benefícios da educação artística. Aqueles que têm recursos para buscar educação artística privada ainda podem fazê-lo, mas ter educação artística nas escolas e disponível ao público pode garantir que esses benefícios estejam disponíveis para a população em geral.
A educação artística e musical não apenas pode contribuir para o foco e o aprendizado, mas pode até aumentar as pontuações nas provas em todas as disciplinas escolares, tornando benéfico para os administradores escolares explorar a educação artística independentemente dos seus benefícios sociais, mentais e emocionais.
“Escolas que possuem programas rigorosos e professores de música e artes de alta qualidade, provavelmente apresenta professores de alta qualidade em outras áreas. Se você tem um ambiente onde há muitas pessoas fazendo coisas criativas, inteligentes, ótimas e alegres, mesmo as pessoas que não estejam participando disso tendem a 'entrar no barco' e fazer melhor as suas atividades”, acrescentou Luehrisen sobre as pontuações nas provas.
Em termos de bem-estar mental, a música também é um forte argumento para os seus benefícios nessa área – novamente, em todas as faixas etárias.
Um estudo de 2013 mostrou que ouvir música teve um impacto na resposta humana ao stress, particularmente no sistema nervoso autônomo, ajudando as pessoas a se recuperarem mais rapidamente do stress. Especialistas e estudos revisados também confirmam que a música e a educação musical podem ajudar a diminuir o risco de depressão e ansiedade, que tendem a ser maiores em adolescentes e jovens.
Tudo isso para dizer que a educação musical – assim como a música em geral – vai além do técnico. Abrange experiência, idade e tantos outros fatores para oferecer um refúgio a quem precisa.
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