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by Brunelson
Jornalista: Então, sobre as armadilhas da fama? Como elas se manifestaram em 1994?
Mike Mills: Não são necessariamente armadilhas, mas apenas mudanças. São coisas com as quais você tem que lidar e é por isso que colocamos uma distância irônica nisso. Os ternos que eu estava usando, tipo, eu sempre quis usar porque essa é a minha personalidade no palco. Os personagens das canções não são Michael Stipe, mas ele pode se colocar no lugar deles e descrever quem eles poderiam ser. Eles não são nós, ok? Existem canções sobre identidade, confusão, autoconsciência, comportamento estranho e todas essas coisas que podemos olhar com uma distância irônica e apresentar ao público para dizer: "Hey, vamos compartilhar isso e nos imaginar como sendo essas pessoas, você e eu, certo? Então, depois dos shows iremos para casa e seremos nós mesmos".
Jornalista: Você sentiu mais necessidade de distanciar-se dos holofotes sobre a sua sexualidade e sua perda pública por Kurt Cobain e River Phoenix?
Stipe: Sim, River Phoenix morreu antes de começarmos a gravar o álbum "Monster" e eu passei por um período de 06 meses em que simplesmente me fechei e não consegui escrever nada. Isso foi realmente frustrante pra mim e para a banda, que também estava de luto. Todos nós o conhecíamos e o amávamos, mas principalmente pra mim, aquela amizade e relacionamento eram como ter um irmão que perdi. Foi a perda mais profunda que eu experimentei até aquele momento, sabe?
Stipe: Começamos a gravar o álbum e estávamos quase no fim, quando Kurt Cobain morreu. Não posso dizer que nada disso se vincule tematicamente para onde estávamos indo com o disco, exceto certamente na música "Let Me In” que fala sobre Kurt Cobain.
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