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by Brunelson
RAGE AGAINST THE MACHINE foi apresentado na cerimônia pelo rapper Ice-T, mas os membros do grupo - Zack de la Rocha (vocalista), Tim Commerford (baixista) e Brad Wilk (baterista) - não compareceram.
Em seu discurso de apresentação à banda, Ice-T falou: “Você não pode me impressionar com coisas normais. Você tem que me impressionar com coisas como processar o Departamento de Estado dos EUA por usar a música do RAGE AGAINST THE MACHINE na Baía de Guantánamo para torturas. Quem processou? Foi o RAGE AGAINST THE MACHINE”.
“Ou que tal em 1993, aparecendo pelados no Lollapalooza Festival com fita adesiva na boca e protestando contra o PRMC (Parents Music Resource Center)? Quem fez isso? Foi o RAGE AGAINST THE MACHINE e eu respeito muito essa banda”.
Quando foi chamado para receber o prêmio, Morello fez um discurso com motivação política, após o qual foi visto nos bastidores segurando o seu troféu e um recado num papel que dizia: “Cessar fogo” (foto).
O guitarrista abriu seu discurso fazendo referência à postura do grupo quando ficaram sabendo que tinham sido eleitos ao Rock and Roll Hall of Fame: “Como a maioria das bandas, também temos perspectivas diferentes sobre muitas coisas, inclusive sobre ser eleito ao Rock and Roll Hall of Fame. Minha perspectiva é que essa noite é uma grande oportunidade para celebrar a música, a missão da banda e para celebrar o 5º membro do nosso grupo, que são os incríveis fãs do RAGE AGAINST THE MACHINE. A única razão pela qual estou aqui e a melhor forma de celebrar essa música, é que vocês continuem essa missão divulgando a nossa mensagem”.
Morello continuou: “A lição que aprendi com os fãs do RAGE AGAINST THE MACHINE é que a música pode mudar o mundo. Diariamente, ouço fãs que foram afetados pela nossa música e que, por sua vez, afetaram o mundo de maneiras significativas. Organizadores, ativistas, defensores públicos, professores e os presidentes do Chile e da Finlândia que passaram algum tempo em nosso 'mosh pit'”.
“Quando a música de protesto é bem feita, você pode ouvir um novo mundo emergindo nas canções, espetando os opressores da época e sugerindo que pode haver mais na vida do que aquilo que nos foi entregue. A música pode mudar o mundo? Todo o objetivo é mudar o mundo ou, no mínimo, levantar um monte de problemas para alcançar a solução”.
“Mas ao longo da história, aqueles que mudaram o mundo de forma progressista, radical ou mesmo revolucionária, não tiveram mais dinheiro, poder, coragem, inteligência ou criatividade do que qualquer pessoa que está nos assistindo essa noite. O mundo mudou pela média das pessoas comuns que estão fartas e estão dispostas a defender um país e um planeta que seja mais humano, pacífico e justo, e é isso... É por isso que estou aqui para celebrar essa noite”.
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