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by Brunelson

Ramones: Top 10 músicas do guitarrista Johnny Ramone


RAMONES pode muito bem ser um dos atos mais influentes da história do rock.

O grupo inspirou inúmeros outros artistas com a sua abordagem de volta ao básico e no estilo "do it yourself".


Eles eram, em muitos aspectos, os punks arquetípicos.


As jaquetas de couro e jeans rasgados eram uma coisa, mas a banda precisava de melodias para juntar tudo. Para isso, muitas vezes recorriam ao seu líder empírico, o guitarrista Johnny Ramone.

Johnny foi uma das forças criativas por trás de grande parte daquele trabalho imperioso de 03 acordes dos RAMONES. O polêmico guitarrista criou uma carreira partindo riffs como uma serra elétrica e junto com a sua "família adotiva" de irmãos malcriados, de muitas maneiras inventou o gênero punk rock como conhecemos.


Ao lado de alguns outros que emergiram das profundezas da cena underground de New York, RAMONES foi o pioneiro do punk rock.

O vocalista, Joey Ramone, pode muito bem ter sido a voz da banda e de uma geração, mas Johnny lançou as bases e forneceu o palco e o microfone para falar. Simplificando, os riffs de Johnny Ramone são o que torna o punk rock o gênero agitado, vomitado e violento que todos amamos até hoje, e que pode ser ouvido em várias bandas sucessoras ao RAMONES.

Johnny Ramone não era exatamente uma figura totalmente amada na indústria da música, com o seu estilo ousado, atitude intransigente, líder militar na banda e com o seu conservadorismo de direita.

Em homenagem, separamos uma lista das 10 melhores músicas de Johnny Ramone nos RAMONES (como único compositor musical ou em parceria).

Confira sem ordem qualitativa nenhuma:


Música: "I Don’t Want to Grow Up"

Álbum: "Adios Amigos" (14º disco, 1995)

Ok, é um cover, mas vou explicar.

Retirada do último álbum dos RAMONES, a canção "I Don't Want to Grow Up" pode muito bem ser uma das músicas que define a banda, embora tenha sido criada por outra pessoa - mas isso nunca realmente importou para os RAMONES de qualquer maneira.

Felizmente, essa outra pessoa era o cantor americano, Tom Waits. A canção permanece como um lembrete brilhante de como, sem esforço nenhum, os RAMONES podiam usar a guitarra de Johnny para transformar a música de qualquer pessoa em sua própria - e eles provaram isso em vários covers.


Música: "Psycho Therapy"

Álbum: "Subterranean Jungle" (7º disco, 1983)

Quando os RAMONES começaram nas entranhas do underground em New York nos anos 70, eles foram os pioneiros de um novo som.

Infelizmente, nos anos 80 as coisas mudaram para eles, mas enquanto o mundo da música ao redor estava girando em áreas mais encharcadas de maquiagem, os RAMONES voltaram às suas raízes e produziram este baque sonoro.


Música: "Do You Remember Rock N’ Roll Radio"

Álbum: "End of The Century" (5º disco, 1980)

Além dos RAMONES serem o bastião do punk rock, das jaquetas de couro, dos jeans rasgados e da atitude rosnadora, eles também foram o mais próximo de um punk arquetípico que se poderia chegar em meados dos anos 70.

Dito isso e apesar de tudo, os RAMONES queriam ter o sucesso mainstream (que veio somente no final dos anos 80).

Foi esse impulso que os levaram a se conectar com o falecido produtor Phil Spector e gravar o assustador (referente ao método de produção não benéfico) álbum "End of The Century". Embora a incompatibilidade do produtor e banda fosse clara para todos verem, RAMONES ainda conseguiu encontrar algumas boas canções na linha exagerada de produção de Spector.

"Do You Remember Rock N' Roll Radio" pode ser uma dessas músicas que quase não consegue escapar do "corredor polonês", onde a canção possui uma curiosa combinação de nostalgia do envelhecimento com a juventude efervescente.


Música: "Teenage Lobotomy"

Álbum: "Rocket to Russia" (3º disco, 1977)

Bem no coração da batalha punk, os RAMONES lançaram um dos álbuns clássicos da história do rock, "Rocket to Russia", com as suas letras ardentes e uma velocidade feroz que o tornou um sucesso instantâneo.

"Teenage Lobotomy" é o tipo de música que mostra a destilação da banda, com letras perturbadas, riffs lunáticos e um ritmo como nenhum outro.

O engenheiro de som e produtor de longa data dos RAMONES, Ed Stasium, disse uma vez para a revista Rolling Stone sobre esta canção: “Tem todos os elementos do que é bom sobre eles em uma única música: a introdução da bateria, o canto de ‘Lobotomy!’, os pequenos 'ooohs' de harmonia de fundo e o assunto em si”.


Música: "Pet Sematary"

Álbum: "Brain Drain" (11º disco, 1989)

A década de 80 foi um período de baixa para os RAMONES, encerrando com Dee Dee Ramone deixando o grupo (baixista membro fundador e principal compositor da banda). No entanto, antes que ele o fizesse, o aclamado escritor e fã supremo dos RAMONES, Stephen King, perguntou se o grupo escreveria uma música tema para a adaptação cinematográfica de terror do seu best-seller, "Pet Sematary".

O que rendeu foi um sucesso comercial à banda nunca antes visto e que abriu finalmente as portas ao mainstream, conseguindo encerrar a década infernal do grupo com chave de ouro e recompensado pela sua perseverança.

É difícil ignorar o soco, empurrão e o sentimento que esta clássica canção do rock lhe proporciona com lembranças da época...


Música: "Wart Hog"

Álbum: "Too Tough to Die" (8º álbum, 1984)

No meio daquela neblina que foi os anos 80 para a banda, os RAMONES lutavam para alinhar a sua marca registrada com um novo público e o grupo não teve medo de tentar coisas novas. Uma dessas coisas novas foi gravar um dos melhores álbuns de sua discografia com algumas canções querendo ser hardcore no meio.

Uma destas centelhas de brilho se destaca na música "Wart Hog". É uma canção simples, com uma letra pesada, uma grande dose quebraceira de ondas sonoras exalando das caixas de som e ainda punk rock, mas com o vocal sendo levado por Dee Dee Ramone e acenando ao hardcore.


Música: "Rockaway Beach"

Álbum: "Rocket to Russia" (3º disco, 1977)

Na enorme quantidade de socos no estômago de três acordes e três minutos que os RAMONES gravaram neste álbum, quase em sua totalidade são "sucessos" genuínos entre os fãs.


Entre eles está a visão clássica da canção "Rockaway Beach". A pioneira do surf-punk está cheia de alegria do verão de New York, comendo cachorros-quentes, tomando a cerveja da mais barata e corpos bronzeados do sol.

Era a capacidade da banda de tecer perfeitamente as visões da cidade pela qual estavam cercados, a qual sempre adicionava um peso extra às suas músicas. Esta música junto com o disco como um todo, tornou os RAMONES mais conhecidos ao seu desconfiado público americano, mas mais reconhecidos para os futuros punks do outro lado do Atlântico (fãs e bandas), oferecendo um grau extra de misticismo.


Música: "Blitzkrieg Bop"

Álbum: "Ramones" (1º disco, 1976)

A primeira canção do seu álbum de estreia e tardiamente reconhecida no mundo inteiro, foi, sem dúvida, as primeiras notas poderosas de uma banda determinada a impressionar. A música estremece em pouco mais de dois minutos e foi a favorita dos fãs desde o início, provando-se como um dos hinos punk definitivos na história do rock.

Foi tocada praticamente em todos os shows dos RAMONES ao longo de sua carreira de 22 anos e se havia uma canção para simbolizar a sua influência eterna, é a infiltração que iria ocorrer deste clássico punk no mainstream.

Quem pode resistir ao "Hey, Ho! Let's Go!" sempre que se ouve? Na verdade, não existe uma música punk onipresente como essa, mas também não significa que seja o melhor de Johnny Ramone.


Música: "Sheena is a Punk Rocker"

Álbum: "Rocket to Russia" (3º disco, 1977)

Para nós que crescemos escutando música conscientemente a partir de 1990, "Sheena is a Punk Rocker" pode ter sido uma das primeiras canções de introdução aos RAMONES por também fazer parte da trilha sonora do filme "Pet Sematary", de Stephen King.

E também foi positivamente revolucionária em 1977.

RAMONES tinha a classe e mágica em criar canções punk rock diretamente da fonte do rockabilly dos anos 50 e 60 - a fórmula perfeita para um público mainstream e dançante, mas com uma mídia e veículos de comunicação determinados a não promovê-los.


Música: "I Wanna Be Sedated"

Álbum: "Road to Ruin" (4º disco, 1978)

Se a canção "Blitzkrieg Bop" se tornou mais tarde no hit mainstream pelo qual até mesmo os nossos avós jogariam os punhos pra cima, então, a música "I Wanna Be Sedated" se tornou na razão pela qual a banda ainda era o rei do underground.

Embora a canção fosse um assunto bastante autobiográfico (Joey sofreu graves queimaduras em 1977 e estava se recuperando quando escreveu as letras dessa música), a maneira como ele cantou as linhas com desencanto sardônico, tornou-a querida para uma massa de jovens entediados.



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