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by Brunelson

Red Hot Chili Peppers: o álbum da banda que Flea chamou de “obscuro demais para ser popular na forma mainstream"

A onipresença do RED HOT CHILI PEPPERS parece mais evidente com o passar dos anos. 


Por mais que sua marca funk rock parecesse uma novidade quando eles deram o pontapé inicial com seu disco homônimo de estreia em 1984, sua supremacia de refrões adorados no futuro fizeram extraoficialmente o grupo ser um dos mais reconhecíveis ao público mainstream, quando se pegam escutando suas músicas nas rádios ou em lugares públicos.


Mas voltando no tempo, antes mesmo da banda iniciar as gravações do seu 2º álbum de estúdio em 1985, "Freaky Styley", não era como se eles estivessem apaixonados pelo resultado do seu 1º disco. Mesmo com a ideia plausível de ter alguém como Andy Gill, frontman da banda GANG OF FOUR, como produtor do seu álbum de estreia, sua insistência que permeiam alguns produtores em querer fazer sua própria versão do disco fez com que tudo soasse abaixo das expectativas.


Sendo assim, o grupo decidiu aproveitar seus pontos fortes para o 2º disco, afinal, eles tinham a volta do guitarrista original, Hillel Slovak (que não gravou o álbum de estreia), o que não deveriam ter nada com que se preocupar, especialmente quando descobriram que poderiam contratar alguém como o "rei" do funk rock, George Clinton, como produtor.


Clinton já era um maestro do funk rock quando os membros do RED HOT CHILI PEPPERS ainda eram crianças, levando o baixo de Flea a uma sonoridade absolutamente feroz durante todo o disco. O que não quer dizer que aquelas músicas lançadas era o melhor material deles para que aparecesse no disco.


Independentemente de ótimas músicas potenciais como "Jungle Man" e "The Brothers Cup", existem algumas gravações que parecem uma forma de piada itinerante e nos perguntando se podemos chamar de versões amadoras.


No encarte do relançamento do álbum "Freaky Styley", o baixista Flea deixou escrito: “Eu sei que a música deste álbum é obscura demais para ser popular de uma forma mainstream, mas pra mim, realmente mantém-se como uma declaração musical definitiva e substancial. As canções estavam muito distantes de qualquer formato pop e sei que não foi apenas a segregação racial nas rádios que o impediu de ser um disco popular”.


A produção também pode ter tido algo a ver com isso. O pano de fundo deste álbum mostrava todos os membros da banda e Clinton ficando alucinados por causa do consumo de drogas no estúdio (cocaína), a ponto de gravarem e incluírem um trecho no álbum com a fala: "Olha aquela tartaruga, mano", que é dita pelo traficante de drogas de Clinton, porque o mestre funk não tinha dinheiro na época para pagar sua dívida.


A década de 80 era o RED HOT CHILI PEPPERS fazendo um funk rock que aos poucos foi se dissipando, mas que nunca morreu. Uma época em que a banda parecia estar se divertindo mais do que o público mainstream os conhecendo e ouvindo suas músicas.


"The Brothers Cup"




















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