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by Brunelson

Richard Wright: o álbum do Pink Floyd que o tecladista chamou de "frustrante"


Ao falarmos sobre o legado do PINK FLOYD, o tecladista Richard Wright não pode ser questionado na sua importância.


Ele também foi responsável pela trilha sonora das melhores músicas do rock progressivo de todos os tempos, mesmo que Roger Waters (vocalista/baixista) chegou a considerá-lo descartável na época em que estavam gravando o álbum "The Wall" em 1979 (11º disco). 


Wright, como um dos membros fundadores desde 1965, sempre mereceu estar no PINK FLOYD tanto quanto qualquer um do grupo, mas quando a banda começou as gravações para o álbum dos anos 90, "The Division Bell" (14º disco, 1994), novamente as coisas não iriam ficar tão fáceis para o tecladista.


Porém, devemos contextualizar o momento, agora com David Gilmour no comando (vocalista/guitarrista) em vez de Waters - que tinha se retirado do grupo na década de 80 - o que gerou uma energia completamente diferente para trabalhar.


Enquanto Waters pintava um quadro com palavras e tentava criar um grande conceito em torno de tudo, Gilmour procurava criar momentos sutis extraídos de jam sessions ao longo do desenvolvimento da banda, que foi o que fez os fãs amarem ou odiarem o álbum "A Momentary Lapse of Reason" (13º disco, 1987).


Embora isso apresentasse Wright e Gilmour harmonizando mais uma vez juntos - vide a clássica canção "Echoes" (6º disco, "Meddle", 1971) - o tecladista se esforçou nas gravações do álbum "The Division Bell", conforme ele disse na biografia da banda, o livro "Pigs Might Fly" do autor Mark Blake: “O tempo todo eu sentia que não estava indo na direção certa. Gosto do disco, mas também foi frustrante. Como compositor, você sempre pode acabar discordando das pessoas com quem trabalha sobre certas coisas".


Isso pode estar relacionado ao fato de Gilmour ter concedido tarefas líricas à sua namorada, ajudando-o a escrever algumas das músicas desse disco como "Wearing The Inside Out" e "What Do You Want From Me". Assim como a maior parte do álbum foi construído, sendo extraído de diferentes jams sessions ao vivo no estúdio que foram reduzidas e filtradas após análise, algo que Wright poderia ter pensado ser o melhor som para o disco, mas que pode ter falhado na produção e mixagem final.


Talvez Wright tenha se sentido desconfortável ao tentar seguir o caminho certo para o álbum "The Division Bell", um disco que trata sobre conexões perdidas e relacionamentos que são bloqueados e interrompidos, o que nos priva de realizar desejos e gerando sintomas em nosso corpo e comportamento.


"What Do You Want From Me"





































































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