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by Brunelson

Ritchie Blackmore: por que ele disse que era “melhor que o punk rock"?


Universalmente aclamado como um dos guitarristas do rock mais importantes de todos os tempos, Ritchie Blackmore fez mais do que o suficiente para ganhar sua posição.

Seja no DEEP PURPLE como um dos membros fundadores ou no RAINBOW ou como artista solo, os fãs não precisam procurar muito para encontrar evidências da distinção em um mago da guitarra carregando uma Fender Stratocaster.


É um reflexo da importância de um dos músicos mais influentes na história e que inspirariam muitos dos nossos ídolos do rock, como o baterista do METALLICA, Lars Ulrich, e tantos outros, vide o frontman do SMASHING PUMPKINS, Billy Corgan, rotulando-o em mais de uma entrevista como “um dos maiores de todos os tempos da guitarra".



A lenda do rock alternativo e grunge afirmou: “Eu acho que Ritchie Blackmore é um dos maiores guitarristas de todos os tempos e o que eu acho incrível sobre ele como guitarrista é sua transição de uma espécie de guitarrista de blues para um guitarrista de hard rock e para um guitarrista melódico. Ele não apenas influenciou toda uma geração de guitarristas, sendo Yngwie Malmsteen o mais proeminente entre eles”.

Dado o seu status, Blackmore tem sido frequentemente solicitado a comentar o trabalho de outros músicos e ele forneceu uma série de visões interessantes em seu tempo. Uma das mais intrigantes é seu relato sobre o punk rock, o movimento que surgiu na segunda metade da década de 70 com roqueiros clássicos do hard rock como ele ainda em vista.

E com surpresa para alguns ou não, Blackmore não é fã do punk rock.

Como parte do documentário de 2015, "The Ritchie Blackmore Story", o guitarrista relembrou de uma história de quando a onda do punk rock estava em pleno andamento: “Acho que Ian Anderson, frontman do JETHRO TULL, estava conversando sobre isso em uma entrevista ao jornalista e editor Ray Coleman da revista britânica Melody Maker. Ele disse sobre o punk rock: ‘Que porra é isso tudo?’ E o jornalista lhe disse: ‘Ah, essa é uma nova forma de música muito sofisticada’, e Ian lhe respondeu: ‘Você só pode estar brincando. É apenas lixo, fala sério'”.

O jornalista ainda insistiu, segundo Blackmore: “'Não, não. É uma música muito boa'".

Foi quando Blackmore disse no documentário: “O editor da Melody Maker, a grande revista da Inglaterra na época, estava dizendo como a música punk rock era maravilhosa. Ian ficou surpreso, tipo: ‘Você está brincando? Isso é horrível. São coisas terríveis de se ouvir’. E claro, eu precisei concordar com isso. Sabe, não consigo entender o SEX PISTOLS ou tanto faz”.

















No entanto, este seu relato sobre o punk rock foi muito mais equilibrado do que ele havia feito em uma entrevista no ano de 1978, quando o punk rock estava em seu pico e fazendo com que muitos fãs deixassem de lado os discos de bandas do hard rock dos anos 60 e 70 que o seu irmão ou primo mais velho escutava, para sugar tudo o que o punk rock estava gerando no momento.

Ao ser entrevistado pelo jornal Trouser Press, Blackmore fez uma avaliação mais contundente do gênero, dizendo que a música que ele estava fazendo com a banda RAINBOW na época era "muito melhor que o punk rock”. Ele estava seguro de que poderia tocar um concerto de música clássica em qualquer dia que fosse, implicando que os punks não conseguiam.

Blackmore é um dos heróis do rock, um dos melhores guitarristas da história e sempre será respeitado pelos fãs que conquistou ao redor do mundo já faz 06 décadas e contando, sendo também a mesma opinião desse autor que vos fala, mas sendo justo, este seu comentário foi uma demonstração do tipo de esnobismo musical que o punk rock tinha justamente a missão de erradicar, pois o poder que qualquer gênero de música atinge a alma e o coração de cada ouvinte é único e singular.

O eterno guitarrista do DEEP PURPLE finalizou: “É melhor que punk rock, o que significa que o punk é inferior e isso nos convém bem. Eu sei que posso tocar um maldito concerto de música clássica qualquer dia que for, então, isso não me incomoda nem um pouco. Incomodaria alguém que fosse sensível e conhecesse as suas limitações”.







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