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  • by Brunelson

Screaming Trees: por que Chris Cornell lambeu o globo ocular do vocalista Mark Lanegan?


Quando o SCREAMING TREES assinou com a gravadora Epic Records em 1990, isso permitiu que eles gravassem em um estúdio adequado com equipamento de gravação de alta qualidade.

E no livro biográfico do vocalista Mark Lanegan, "Sing Backwards and Weep", ele explicou como foi gravar o 5º álbum de estúdio de sua banda, "Uncle Anesthesia" (1991).

“Nós escolhemos o grande produtor aqui da nossa região, Terry Date, para a nossa 1ª gravação em uma grande gravadora”, escreveu Lanegan. “Como tínhamos gravado vários discos com um som terrível em velhas máquinas enferrujadas em mesas de 08 canais, eu estava ansioso para fazer um álbum com um som excelente em um grande estúdio profissional”.


No entanto, o vocalista também se preocupava em como o estúdio profissional poderia afetar o som até então underground de sua banda.

Ele continuou: “Mesmo assim, eu estava desconfiado em perder a nossa vantagem, com medo desesperado de que acabássemos soando como uma das terríveis bandas de hair metal que eu desprezava, que eram os 'atuais reis' da música popular”.


Diante disso, outro pioneiro da cena grunge foi trazido para o projeto para dar um pouco de tranquilidade a Lanegan.

“Por causa da minha reticência, o vocalista do SOUNDGARDEN, Chris Cornell, que eu gostava e respeitava muito, foi contratado como co-produtor para basicamente trabalhar junto comigo, funcionar como um intermediário entre Terry e eu e geralmente amenizar os meus medos sobre todo o processo”, Lanegan notou.

Felizmente para Lanegan e o SCREAMING TREES, trazer Cornell para as gravações foi muito benéfico, não apenas para o álbum, mas para formar uma amizade profunda: “Como todas as nossas gravações, tornou-se uma produção musicalmente desafiadora, mas foi uma experiência prazerosa pra mim simplesmente porque me dei bem com Terry e adorei sair e fazer as coisas com Chris”, acrescentou Lanegan.

Lembrando-se do seu amigo, Lanegan notou o espírito livre de Cornell que sempre foi: “Chris era uma criatura solitária e apresentava uma fachada quieta, pensativa e séria para o mundo, mas tinha um senso de humor astuto e um tanto perverso, não muito diferente do meu, com o dom de me fazer rir. Ele era muito inteligente, sábio além de sua idade e possuía medo zero. Ele estava sempre pronto para qualquer coisa, silenciosamente focado e ferozmente competitivo”.

Então, Lanegan compartilhou uma história engraçada em que Cornell estranhamente lambeu o seu globo ocular.

Ele finalizou: “Certo dia, tive um resfriado terrível e Cornell insistiu que eu permitisse que ele lambesse o meu globo ocular para testar a sua teoria inventada de transmissão do vírus. É claro, fiquei encantado em participar desse experimento, pois nunca vi ou fiquei sabendo que Chris estava doente. Não me lembro se isso provou ou refutou a sua teoria, mas foi uma maneira eficaz de me fazer rir".

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