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by Brunelson
Um fã lhe perguntou em rede social: "Como você acha que seria uma rede social de Kurt Cobain hoje?"
Corgan respondeu: "Ele seria sábio o suficiente para não ter uma, eu acho".
Ele também falou sobre o processo de escrever e compor o novo álbum duplo do SMASHING PUMPKINS que foi lançado nesta sexta-feira passada (27/11/2020), "Cyr" (10º disco), quando foi entrevistado nesta semana pelo radialista Zane Lowe, da Apple Music.
Seguem alguns trechos:
“Acho que começa com... Vou tentar ser sucinto porque é algo que eu poderia ficar falando por meia hora. Porque eu sei, bom, eu sei, pelo menos pelo que eu sei, muitos músicos querem entender o meu processo musical. Então, falo muito sobre isso na minha conta em rede social, sabe? Quando você é jovem e não tem nada a perder, você faz escolhas binárias muito simples. O riff A é mais emocionante do que o riff B. Tudo bem".
"Quando você faz algo por 30 anos, como qualquer outra pessoa, assume que tudo o que sai da sua boca ou o que quer que você toque, tenha um certo tipo de qualidade única porque foi comprovado pelo mercado. Você ainda está por aí, certo? Mas se você voltar para o seu eu de 20 anos, seu eu de 20 anos não se importará com nada disso. Seu eu de 20 anos apenas irá dizer: 'O riff A é mais emocionante do que o riff B'".
Então, eu tenho um riff de guitarra que virou na música 'Cyr', o que é um exemplo perfeito. Originalmente era um riff de guitarra pesado e começamos com riffs de guitarras pesados. E em algum lugar ao longo do caminho, dissemos: 'Bom, vamos tentar desta outra maneira para ver se há algo lá'. Então, eu tenho um grande e gordo sintetizador funcionando, olhamos um para o outro e pensei: ‘Isso é mais emocionante’. Então, tudo isso se torna uma série de escolhas binárias e não há um 'capetinha' sentado em meu ombro dizendo: ‘Sim, mas os fãs do SMASHING PUMPKINS esperam ouvir aquele tipo de guitarra agora, não se esqueça'".
"Você volta ao espaço primordial das escolhas binárias. Se alguém não é um músico ouvindo o que estou dizendo agora, é tão simples como se você já tivesse sentimentos por duas pessoas, onde você tem que tomar uma decisão e será injusto para uma delas. E se você está realmente apaixonado pelo outro, você precisa dar um passo adiante. Bom, é mais ou menos assim... Você tem que ir aonde seu coração mandar".
"E então, em um álbum como 'Cyr', eu simplesmente fui aonde o meu coração me disse para ir. Não havia ninguém parado lá me dizendo: ‘Você não pode fazer isso porque...’ E a propósito, gosto de apontar para a multidão dos pessimistas, pois ainda faço muito rock".
"Sim, os álbuns de 2007 à 2014 foram bem recebidos no geral, as pessoas gostam deles, mas nada mágico estava acontecendo. E em algum momento, sou um mago, certo? Eu digo: 'Espere, eu ainda tenho raios nas mãos. Ainda posso fazer isso, mas como fiz antes? Oh, acabei de fazer escolhas binárias. Eu apenas fiz escolhas binárias realmente simples, A ou B, B ou A'. E você faz isso ao longo de 01 ano e meio e se acostuma, sabe? Você esquece que deveria ligar o pedal fuzz ou algo assim. Você apenas entra num ritmo natural e pensa: 'Oh, isso soa bem'”.
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