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by Brunelson

Smashing Pumpkins: "foi escolha nossa não querer mais ser aquela banda dos anos 90"

O vocalista/guitarrista do SMASHING PUMPKINS, Billy Corgan, admitiu recentemente em entrevista que acha "irritante" quando lê pessoas afirmando que sua banda perdeu o que eles percebem como a essência do grupo, e observou como há muita "autenticidade falsa" que, segundo ele, se tornou uma tendência nos "tempos das mídias sociais".


Há alguns exemplos de bandas de sucesso que continuaram fazendo sucesso mantendo-se firmemente dentro dos limites de seu som estabelecido. E a evolução artística é algo que tende a acontecer naturalmente aos artistas à medida que suas carreiras progridem.


Com o SMASHING PUMPKINS, uma das bandas ícones dos anos 90 e da história do rock, eles cobriram muito terreno sonoro desde os dias de seus primeiros álbuns de estúdio, “Gish” (1º disco, 1991) e “Siamese Dream” (2º disco, 1993), embora Corgan tenha dito em entrevista para a jornalista musical, Allison Hagendorf, que nem tudo foi universalmente aceito dentro da banda.


“A única coisa que sempre foi irritante pra mim, é que você via essas pessoas me criticando em fóruns de mensagens com essa ideia de que tínhamos perdido a capacidade de ser 'aquela' banda dos anos 90, ao contrário da realidade onde fizemos uma escolha de não ser aquela banda dos anos 90. É uma coisa estranha, porque você faria uma música que você achava que pelo menos estava dizendo algo novo, mas que é julgada dentro do prisma de: 'Veja, eles não conseguem mais voltar ao que era antes. Eles não são mais os caras do álbum 'Siamese Dream'. Na verdade, ele (Corgan) provavelmente não escreveu aquelas músicas. Ele roubou a autoria do guitarrista James Iha'”.


“As pessoas podem criar todas essas teorias da conspiração e eu estou lá sentado, tipo: ‘Vocês não tem ideia do que estão falando. Vocês não sabem como era estar em um estúdio com o produtor Butch Vig 07 dias por semana de 12 a 14 horas por dia’. Eu construí aquelas máquinas e levou algum tempo para tirar a poeira das máquinas antigas, mas está tudo intacto agora, como Frankenstein. E claro, o baterista Jimmy Chamberlin e James Iha (todos membros originais) sabem que isso é tudo um monte de besteira o que as pessoas falam”.


E a situação é ainda mais complicada na era atual, onde Corgan afirmou que há muita “autenticidade falsa”: “Existe a versão real da autenticidade e existe a versão falsa da autenticidade. E vemos agora, em 2024, muita autenticidade falsa, porque é um conjunto de habilidades da mídia social... Algumas pessoas acham isso cativante e algumas pessoas acham isso completamente irritante. Porque, a aplicação da ideia, especialmente em tempos de mídia social, é, se você sabe que essa coisa que você representa irrita as pessoas, por que você não amenizaria isso? Essas pessoas não conseguem entender por que você não mudaria quem você é somente para servir a um público, então, em vez de vender 26 mil discos, você está vendendo 23 mil discos e nós dissemos: 'Quem se importa?'”


Corgan finalizou: “Porque se tivéssemos aplicado esse comportamento, nunca teríamos feito videoclipes como das músicas ‘Disarm’, ‘Tonight, Tonight’ ou ‘The Everlasting Gaze’. Nunca teríamos corrido esses riscos e nunca teríamos feito aqueles álbuns malucos”.








"Disarm" (2º disco, "Siamese Dream", 1993)


"Tonight, Tonight" (3º disco, "Mellon Collie and The Infinite Sadness", 1995)


"The Everlasting Gaze" (5º disco, "Machina The Machines of God", 2000)


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