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by Brunelson

Smashing Pumpkins: guia para iniciantes; um lampejo de todos os álbuns de estúdio


SMASHING PUMPKINS, o quarteto de Chicago formado originalmente no final dos anos 80 pelo vocalista/guitarrista, Billy Corgan, o guitarrista James Iha, a baixista D'arcy Wretzky e o baterista Jimmy Chamberlin, foi uma das bandas mais empolgantes do mundo durante um período considerável que foi a década de 90 na história do rock, infundindo o som grunge dominante da época com toques do rock alternativo, psicodélico e progressivo, tudo banhado em uma rede de sonhos lisérgicos.



A banda já vendeu mais de 30 milhões de álbuns em sua carreira e recebeu 01 indicação ao Grammy de Disco do Ano com o álbum duplo lançado em 1995, "Mellon Collie and The Infinite Sadness" (3º disco), este que é o álbum duplo que mais vendeu cópias na história do rock.

Infelizmente, neste século atual as coisas não estavam sendo muito gentis com o legado de ouro do SMASHING PUMPKINS, mas o vislumbre do horizonte parece ter chegado em paz ao grupo.

Encerrando as atividades em 2000 com 05 álbuns de estúdio lançados, a banda retornaria em 2007 com somente Corgan e Chamberlin como membros originais. Tendo lançado somente 01 disco juntos depois do seu retorno, Chamberlin iria sair do grupo em 2009 e é a partir daí que começaria a entrada e saída de membros na banda pela porta-giratória.

Corgan permaneceria como o único membro original até 2015 com 02 álbuns lançados em suas costas. Mesmo sendo considerado um compositor extremamente prolífico e singular, Corgan não alcançaria os devidos créditos com a falta do DNA da banda sem a presença dos outros membros originais e fundadores.


Mesmo assim, esse catálogo intermediário do SMASHING PUMPKINS continua sendo formidável e cheio de joias escondidas...

Em 2015, o baterista Jimmy Chamberlin retornaria ao grupo e em 2016 seria a vez do guitarrista James Iha voltar e dar o ar de sua graça. Após muita conversa, infelizmente a baixista D'arcy não voltou à banda e desde então, com 3/4 de sua formação original, o SMASHING PUMPKINS já lançou 03 álbuns de estúdio (sendo um deles duplo e outro triplo).

Com isso, resolvemos fazer uma homenagem a essa banda que tanto amamos e que marcou a nossa adolescência no começo dos anos 90, servindo um guia para iniciantes de todos os álbuns de estúdio que o SMASHING PUMPKINS lançou até o momento, descrevendo também a formação do grupo de cada época de lançamento.


Somente como lembrete, sabemos que o SMASHING PUMPKINS tem lançado também vários discos que são sobras de estúdio, lados-b, covers e músicas que ficaram de fora dos álbuns de estúdio da banda, mas aqui resolvemos escolher somente os discos de estúdio que foram lançados em forma promocional, comercialmente e com publicidade.

Confira em ordem cronológica:

Álbum: "Gish" (1º disco, 1991) Formação: Billy Corgan (vocalista/guitarrista), James Iha (guitarrista), D'arcy (baixista) e Jimmy Chamberlin (baterista) O álbum "Gish" não causou tanto impacto inicialmente, pois assim como tantos discos de outras bandas contemporâneas, ficou ofuscado com o lançamento do álbum "Nevermind" do NIRVANA, mas ao mesmo tempo, seria através desse disco do NIRVANA que o álbum "Gish" também seria jogado no trampolim para o alcance mainstream.


Sendo assim, esse disco de estreia do SMASHING PUMPKINS se tornaria no álbum independente que mais vendeu cópias na história do rock. O produtor desse disco, Butch Vig - seria o mesmo que iria produzir o álbum "Nevermind" - junto com a banda, apresentariam músicas amadas na discografia do SMASHING PUMPKINS, como "Siva", "Rhinoceros" e "I Am One", as quais deram ao grupo uma forte presença nas rádios universitárias dos EUA e no programa de alta rotatividade da MTV na época, chamado 120 Minutes. As canções desse disco mostram uma psicodelia rodopiante e melodias sonhadoras que distinguiam a sua marca das bandas grunge da época. O álbum "Gish" também apresenta um som de bateria único que muito é falado pelos membros da banda e por outros músicos como uma forma muito difícil de replicar.






"Bury Me"

Álbum: "Siamese Dream" (2º disco, 1993) Formação: Billy Corgan (vocalista/guitarrista), James Iha (guitarrista), D'arcy (baixista) e Jimmy Chamberlin (baterista) Numa época em que muitos dos maiores astros do rock eram ambivalentes ou torturados pela fama e pelo sucesso, Billy Corgan tornou-se uma espécie de "arquivilão" por ser um maníaco por controle carreirista e satirizado em todos os lugares, desde canções do PAVEMENT, colunas de revistas de música e até pelos próprios membros do SMASHING PUMPKINS. Porém, mesmo assim é difícil argumentar contra Corgan, especialmente quando se resulta em um álbum tão delirantemente agradável e duradouro quanto se tornou o disco "Siamese Dream". Novamente com o produtor Butch Vig, Corgan colocou dezenas de overdubs de guitarra em camadas uma sobre a outra para construir as catedrais sonoras em músicas como “Soma” e “Cherub Rock”. O grupo trouxe novamente a sua mágica sonora de sonhos lisérgicos nesse álbum e que rapidamente provaria ser um avanço multi-platinado. Por tudo isso, as composições cada vez mais pessoais de Corgan se tornaram mais ressonantes e universais do que no 1º disco, enquanto ele se despia dos seus traumas de infância/adolescência em canções como “Disarm” e “Today”. Outras músicas de destaque desse álbum (que mais parece uma coletânea do início ao fim) são "Quiet", "Hummer", "Rocket", "Geek USA", "Mayonaise" e "Silverfuck".









"Spaceboy"

Álbum: "Mellon Collie and The Infinite Sadness (3º disco, 1995) Formação: Billy Corgan (vocalista/guitarrista), James Iha (guitarrista), D'arcy (baixista) e Jimmy Chamberlin (baterista) Na era do vinil, um álbum duplo em média de 01 hora de duração para cada disco, era considerado o auge da ambição no rock'n roll. Mas uma vez que o vinil estava praticamente extinto nos anos 90 com o lançamento de CD's, um CD duplo com 02 horas de duração poderia ser tornar uma barreira muito mais alta a ser superada para a época. Entretanto, apenas se tornaria no álbum duplo que mais vendeu cópias na história do rock e o SMASHING PUMPKINS era a única banda de rock alternativo da época que estava à altura de tal desafio, sendo indicado a 07 prêmios Grammy (ganhando 01), ter angariado um carrinho cheio de prêmios da MTV e outros, e se tornando indiscutivelmente a banda de rock em mais alta evidência em 1995 e 1996, com esse disco vendendo mais de 10 milhões de cópias somente nos EUA. O alcance absoluto e a abrangência desse álbum, seja da orquestral música “Tonight, Tonight” ao vicioso riff da canção “Zero”, ao épico cinematográfico nas músicas “Porcelina of The Vast Oceans” e "Thru The Eyes of Ruby", e para as clássicas músicas que ficaram marcadas na história do rock como "Bullet With Butterfly Wings" e "1979", são simplesmente impressionantes, sendo que os ganchos e as habilidades sonoras apresentadas nesse disco são o que o eleva acima dos futuros álbuns duplo e triplo que o SMASHING PUMPKINS iria lançar. Fica como destaque também as pesadas músicas em aceno ao metal, como "Jellybelly", "Fuck You" e "XYU". As da linha clássica do rock alternativo como as canções "Muzzle", "Where Boys Fear to Tread" e "Bodies", assim como as lindas e melosas músicas que permeiam esse disco, como "Stumbleine". Esse álbum foi produzido por Alan Moulder, Flood e pelo próprio Billy Corgan.








"To Forgive"

Álbum: "Adore" (4º disco, 1998) Formação: Billy Corgan (vocalista/guitarrista), James Iha (guitarrista) e D'arcy (baixista) Tragédia e agitação pairaram sobre o SMASHING PUMPKINS. Em 1996, durante a turnê do álbum "Mellon Collie and The Infinite Sadness", o tecladista que acompanhava a banda durante as turnês, Jonathan Melvoin, havia falecido por overdose de heroína em seu quarto de hotel, o qual sempre era dividido com o baterista Jimmy Chamberlin. O assunto virou caso de polícia e o grupo decidiu afastar Chamberlin da banda para que ele desse entrada numa clínica de reabilitação para tratar de sua própria e longa dependência química. Sem o seu poderoso baterista (Chamberlin é fácil top 05 de bandas ativas), o SMASHING PUMPKINS entrou no estúdio na ressaca do seu estrondoso sucesso e no luto dessas 02 perdas - além do falecimento da mãe de Corgan - para gravar o álbum mais sombrio e melancólico de toda a sua discografia, inspirado por sintetizadores, pianos e sonoridade eletrônica. O mesmo contou com a participação de 03 bateristas durante as gravações - inclusive Matt Cameron (SOUNDGARDEN, TEMPLE OF THE DOG e que na época ainda não tinha entrado no PEARL JAM) - e quando foram cair na estrada para divulgar o disco, eles contrataram um baterista de turnê, talvez só aguardando pela recuperação de Chamberlin que iria retornar no próximo álbum da banda. O disco "Adore" iniciaria de propósito a crise comercial acentuada e irreversível que é conhecido da banda, a qual desenvolveria um culto apaixonado aos fãs ao longo de sua carreira e perpetuando até hoje.


Para os fãs e ouvintes que conheceram o SMASHING PUMPKINS há pouco tempo, é aqui no álbum "Adore" que inicia-se a infusão de sintetizadores e apetrechos eletrônicos que ficaram em grande destaque e estranheza para quem não estava familiarizado com o álbum "Cyr" (10º disco, 2020). Sem contar que desde então, todo álbum que o SMASHING PUMPKINS vem lançando sempre apresenta pelo menos 01 música concedendo acenos ao disco "Adore", o que justifica ainda mais o motivo de não causar estranheza em sua sonoridade até os dias de hoje. “Esse não é apenas um álbum de transição, é uma ruptura completa com o passado da banda. Em vez de bombástico do tamanho de um estádio, o disco 'Adore' reduz o volume para o nível de uma canção de ninar”, escreveu a crítica da revista Rolling Stone na época. O álbum "Adore" contou novamente com a produção de Flood e Billy Corgan, com a adição de Brad Wood. As músicas de destaque ficam para "To Sheila", "Ava Adore", "Perfect", "Pug" e tantas outras que são relaxantes de escutar.




"Once Upon a Time"

Álbum: "Machina The Machines of God" (5º disco, 2000) Formação: Billy Corgan (vocalista/guitarrista), James Iha (guitarrista), D'arcy (baixista) e Jimmy Chamberlin (baterista) O quarteto original do SMASHING PUMPKINS retornaria brevemente e pela última vez para gravar esse álbum. Recuperando-se da experimentação adotada no disco "Adore" e para aumentar o volume dos amplificadores, o grupo apresenta as músicas “The Everlasting Gaze” e “Heavy Metal Machine” soando como uma das grandes bandas da era grunge, mostrando o seu som atual perante a maré crescente dos grupos new-metal da época. Temos também a sonhadora canção, "Raindrops and Sunshowers", que nos remete ao éter lisérgico das primeiras músicas de carreira. Complementando, as lindas músicas que não soariam deslocadas se fossem lançadas em qualquer álbum anterior da banda, como "I of The Mourning", "This Time" e "Wound", sem contar a canção que encerra o disco, "Age of Innocence", uma das melhores de todo o catálogo do SMASHING PUMPKINS.

“Os enredos sonoros anteriores do SMASHING PUMPKINS tinham uma graça devastada, mas estes aqui do álbum 'Machina The Machines of God' são um grupo monocromático”, escreveu a crítica da revista Entertainment Weekly. Porém, antes de caírem na estrada e tendo oficializado em público que seria a última turnê da banda, a baixista D'arcy havia sido dispensada do grupo devido aos seus problemas com drogas, onde eles chamaram a ex-baixista do HOLE, Melissa Auf Der Maur. Esse disco foi produzido por Billy Corgan e Flood, e infelizmente, é um dos álbuns mais subestimados na discografia do SMASHING PUMPKINS, este que deve estar entre os melhores de sua coleção.


Mesmo assim, a fama e a evidência da banda continuavam fortes levando esse disco ao 3º lugar no ranking da Billboard, além de um 2º lugar na Austrália e Canadá, e de ter alcançado o 7º lugar no Reino Unido.




"With Every Light"

Álbum: "Zeitgeist" (6º disco, 2007) Formação: Billy Corgan (vocalista/guitarrista), Jeff Schroeder (guitarrista), Ginger Reyes (baixista) e Jimmy Chamberlin (baterista) Encerrando as atividades em 2000, o SMASHING PUMPKINS ficaria 07 anos dissolvido e inativo. Mas inevitavelmente, o entusiasmo retornou quando Corgan e Chamberlin (únicos membros da formação original) reviveram a marca do SMASHING PUMPKINS o suficiente para levar esse álbum de retorno a uma significativa estreia em 2º lugar no ranking da Billboard. Sendo o disco mais quebraceira de toda a sua discografia até hoje, o mesmo apresenta músicas estrondosas e de respeito, como "Doomsday Clock", "Tarantula" e "United States", provando que o SMASHING PUMPKINS ainda poderia tocar rápido e alto com qualidade. Esse álbum se tornaria singular na história da banda - e não nos referimos a sua sonoridade. Sendo o único disco do grupo lançado pela gravadora Reprise Records, ele se encontra ausente dos serviços de streaming e "esgotado" para vendas físicas, lhe deixando a opção de adquiri-lo somente "usado" (fisicamente) ou em plataformas de baixa qualidade de audição na internet (download). O disco "Zeitgeist" foi produzido por Billy Corgan, Jimmy Chamberlin, Roy Baker e Terry Date (esse último, o mesmo produtor do álbuns "Louder Than Love" e "Badmotorfinger" do SOUNDGARDEN). Seria aqui nesse álbum que o fiel guitarrista de Corgan, Jeff Schroeder, iria entrar na banda e que permanece até hoje no SMASHING PUMPKINS.


Além do 2º lugar no ranking da Billboard, foi 1º lugar na Nova Zelândia e Canadá. No Reino Unido ele chegou ao 4º lugar e ganhou 01 Disco de Ouro nos EUA - fato esse último que a banda não conseguia desde o lançamento do álbum "Adore" em 1998.








"Bleeding The Orchid"


Álbum: "Oceania" (7º disco, 2012)

Formação: Billy Corgan (vocalista/guitarrista), Jeff Schroeder (guitarrista), Nicole Fiorentino (baixista) e Mike Byrne (baterista)

O baterista Mike Byrne tinha apenas 19 anos de idade quando derrotou milhares de outros candidatos que fizeram o teste para ser o novo baterista do SMASHING PUMPKINS em 2009 - quando Chamberlin decidiu sair da banda para cuidar da sua vida pessoal e familiar.

Este seria o 1º de somente 02 álbuns do SMASHING PUMPKINS que iria contar com somente Billy Corgan de membro original, sendo o disco mais progressivo de toda a carreira da banda (mas não tão sonhador assim em sua sonoridade).

Mesmo com a declaração de Corgan logo após o lançamento do álbum "Zeitgeist", de que em épocas cibernéticas ele não iria mais lançar discos em forma física e somente singles isolados pela internet, levaria 05 anos para que ele mudasse de ideia.

Byrne parece razoavelmente à altura da tarefa implantando preenchimentos poderosos na bateria como na música que abre o álbum, “Quasar”, e nas canções "Panopticon" e "Oceania". E o disco também apresenta belas músicas com a cara dos anos 90, como "The Celestials" e "Violet Rays", além de uma canção cativante para poucos, "Pale Horse".

Ainda assim, para esse autor que vos escreve e grande fã do SMASHING PUMPKINS desde 1991, as músicas "One Diamond One Heart" e "Pinwheels" ainda soam meio estranhas até hoje e indigestas de absorver... Entretanto, este sentimento eu não tenho em relação as músicas que sofrem (no bom sentido) respingos do álbum "Adore" até hoje.


Surpreendentemente o disco alcançou o 1º lugar no ranking da Billboard, mas não conseguiu configurar nas mesmas posições em que a banda costumava alcançar nos demais países. Foi nomeado pela revista Rolling Stone como um dos melhores álbuns de rock em 2012, além da revista também ter elogiado a turnê mundial desse disco, que rendeu à banda algumas das melhores resenhas de shows em toda a sua carreira.

O disco "Oceania" foi produzido por Billy Corgan e Bjorn Thorsrud.





"My Love is Winter"


Álbum: "Monuments to an Elegy" (8º disco, 2014) Formação: Billy Corgan (vocalista/guitarrista) e Jeff Schroeder (guitarrista) "Monuments to an Elegy" é o álbum mais minimalista do SMASHING PUMPKINS até hoje e consideravelmente um dos melhores em sua íntegra. Estreou em 2º lugar no ranking da Billboard e não tão menos surpreendente em 3º no Reino Unido. Aqui, Billy Corgan resolveu contratar músicos respeitados para lhe ajudar na gravação e turnê do disco. Se comprometendo em gravar o baixo e sendo o 2º e último álbum que contou somente com Corgan como membro original, o frontman do SMASHING PUMPKINS chamou o baterista da banda glam metal MOTLEY CRUE, Tommy Lee, para gravar a bateria, o que poderia ter sido uma escolha impensável nos anos 90, quando o glam/hair metal e o rock alternativo pareciam tribos em guerra. Porém, em turnê quem iria acompanhar o grupo na bateria foi Brad Wilk (RAGE AGAINST THE MACHINE, AUDIOSLAVE e que ainda iria fazer parte do PROPHETS OF RAGE) e como baixista, Mark Stoermer, da banda THE KILLERS. As músicas desse álbum soam maravilhosamente ótimas ao vivo, vide "Being Bege", "One and All", "Drum and Fife" e "Monuments". Esse disco foi produzido por Billy Corgan, Howard Willing e como voto de confiança, junto com o guitarrista Jeff Schroeder.





"Tiberius"

Álbum: "Shiny and Oh So Bright, Vol. 1" (9º disco, 2018) Formação: Billy Corgan (vocalista/guitarrista), James Iha (guitarrista), Jeff Schroeder (guitarrista), Jack Bates (baixista) e Jimmy Chamberlin (baterista) O ano de 2018 foi importante e marcante para o SMASHING PUMPKINS e seus fãs. Foi quando o grupo lançou o seu álbum que contou com o retorno dos membros originais - somente a baixista D'arcy não voltou - com Jimmy Chamberlin retornando em 2015 e James Iha em 2016. Esse disco foi produzido pela lenda, Rick Rubin, e também se apresenta como um álbum curto com apenas 08 músicas (menos ainda que o disco anterior), mas é incrível como a banda funciona diferente com a presença dos membros originais, pois são canções mais encorpadas, trabalhadas e admitido até por Billy Corgan em entrevista reconhecendo que o grupo soa diferente com o seu DNA original e como isso cria uma magia em torno da banda na perspectiva dos fãs. Originalmente, esse álbum tinha o dobro de canções para serem lançadas, mas por solicitação de Rubin, foi indicada a redução do número de músicas, espremendo para chegarem somente a 08 canções lançadas. Algumas músicas ao piano, como "Knights of Malta" e "Alienation", desaceleram a audição, mas não a qualidade, onde canções como "Solara" e "Silvery Sometimes" estão entre as melhores da banda em toda a sua discografia.

“O SMASHING PUMPKINS chegou a um amálgama surpreendentemente coeso de influências nesse disco”, escreveu a crítica da revista Spin. A partir desse álbum, SMASHING PUMPKINS viraria um quinteto e essa formação persiste até hoje.



"Marchin' On"


Álbum: "Cyr" (10º disco, 2020)

Formação: Billy Corgan (vocalista/guitarrista), James Iha (guitarrista), Jeff Schroeder (guitarrista), Jack Bates (baixista) e Jimmy Chamberlin (baterista)

A experimentação de sintetizadores e baterias eletrônicas de bandas adolescentes amadas por Billy Corgan, como NEW ORDER, muitas vezes aparecia na música do SMASHING PUMPKINS em sua história, às vezes com efeitos camuflados como no álbum "Mellon Collie and The Infinite Sadness" e muito descaradamente no disco "Adore".

O álbum "Cyr" em análise e na sua totalidade, é um grande balanço pop de um disco do SMASHING PUMPKINS, onde apenas 02 músicas num total de 20 apresentam o rock de guitarras famosamente conhecido da banda, se tornando num monólito do tempo gravado durante a pandemia e a distância, onde as guitarras são abafadas pelos teclados e sintetizadores.

Se trata de um disco duplo e a confirmação profética de Corgan, que vinha declarando em entrevistas que ele iria lançar o Vol. 2 e Vol. 3 para acompanhar o título e a arte gráfica do álbum anterior.

Apesar de críticas não tão amigáveis assim por parte da mídia e dos fãs, o disco "Cyr" apresenta algumas das melhores músicas de toda a carreira da banda, como "Anno Satana" e "Confessions of a Dopamine Addict".

“Normalmente, essa vontade de transcender os limites do gênero seria louvável, mas o álbum 'Cyr' falha em muitos níveis. Texturas exuberantes são abundantes, mas quase não há uma melodia memorável presente”, escreveu a crítica do jornal britânico The Guardian.


O álbum contou somente com a produção de Billy Corgan.






"Wyttch"


Álbum: "Atum" (11º disco, 2022/2023)

Formação: Billy Corgan (vocalista/guitarrista), James Iha (guitarrista), Jeff Schroeder (guitarrista), Jack Bates (baixista) e Jimmy Chamberlin (baterista)

Como sempre, Corgan não teve medo de embarcar em mais um enorme projeto que contou num disco triplo com 33 músicas ao total.

Lançado em 03 atos com 11 músicas cada e durante um período de 06 meses, a ópera-rock, o disco "Atum", é um álbum conceitual que foi revelado que seria a trilogia final que iniciou no disco "Mellon Collie and The Infinite Sadness" e continuou no álbum "Machina The Machines of God", com Corgan admitindo em entrevista que a história começou com o personagem Zero, mudou para o personagem Glass e agora assumindo o nome de Shiny.

Muito do disco "Atum" continua apresentando a sonoridade de sintetizadores, mas ainda não deixa por menos com músicas rock poderosas como "Empires" e "Beguiled".

Essa ópera-rock foi produzida sozinha por Billy Corgan.

Mais precisamente com o retorno dos membros originais, o SMASHING PUMPKINS vem numa evidente linha crescente, com turnês incessantes, pequeno intervalo de lançamentos entre os seus álbuns, sendo headliners em festivais e se apresentando somente em arenas ao redor do mundo com ingressos esgotados - apesar de suas não tão altas colocações em rankings ao redor do mundo.

E para finalizar, Corgan acabou de revelar em entrevista que eles já começaram a gravar um próximo álbum de estúdio.








"Spellbinding"



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