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by Brunelson
Quando o SMASHING PUMPKINS se apresentou pela última vez em Sydney na Austrália, foi em 2008 e eles ainda estavam encontrando o seu equilíbrio depois de se reunirem em 2007 (desde 2000 separados). Apenas o frontman, Billy Corgan, e o baterista Jimmy Chamberlin, eram da formação original quando o grupo retornou do seu hiato lançando o álbum "Zeitgeist" (6º disco, 2007), o álbum mais quebraceira de toda a discografia da banda.
Agora, em turnê retornando à Austrália em 2023 divulgando o seu mais novo álbum de estúdio, a ópera-rock lançada em 03 atos, "Atum" (11º disco, 2022/2023), as coisas estão bem diferentes em sua formação com todos os shows da turnê com ingressos esgotados.
Após a saída de Chamberlin em 2009, o mesmo retornaria em 2015 e em 2016, o guitarrista original, James Iha, também retornaria, com o SMASHING PUMPKINS desde então apresentando 3/4 de sua formação original.
Também é o retorno do grupo à Austrália em mais de 01 década, onde eles estão apresentando na turnê mais músicas dos seus 02 clássicos primeiros discos, "Nothing's Shocking" (1988) e "Ritual de lo Habitual" (1990).
Na turnê em 2022, o guitarrista do QUEENS OF THE STONE AGE, Troy Van Leeuwen, o substituiu. Agora, o ex-guitarrista do RED HOT CHILI PEPPERS e membro de turnê do PEARL JAM como multi-instrumentista, Josh Klinghoffer, é o atual escalado para a função.
Logo depois, o SMASHING PUMPKINS aparece no palco abrindo o show com uma de suas novas músicas, "Empires", seguido por 02 dos seus maiores sucessos, as canções "Bullet With Butterfly Wings" e "Today", acordando de vez uma multidão sonolenta de uma terça feira à noite e enfatizando o SMASHING PUMPKINS com uma colisão de passado e presente.
Além de Corgan, Iha e Chamberlin, a atual formação do SMASHING PUMPKINS também inclui o fiel escudeiro de Corgan desde o retorno da banda em 2007, o guitarrista Jeff Schroeder (já tendo gravado 06 álbuns com o grupo de 11 lançados), além do baixista que acompanha a banda desde 2015, Jack Bates. Eles soam fantásticos tocando todos juntos, pois desde que o grupo contou com o retorno dos membros originais, a intenção é apresentar as músicas dos anos 90 realmente da forma que foram gravadas em sua íntegra, onde é palpável e refrescante a conexão sonora que sempre existiu entre as guitarras de Billy Corgan e James Iha, o que se torna uma alegria em testemunhar.
Lançada há quase 03 décadas atrás, a música "1979" traz a multidão à vida plena. A bateria poderosa de Chamberlin na canção "Ava Adore", uma música da qual ele não fez parte da gravação por estar ausente do SMASHING PUMPKINS na época, eleva-a a outro nível. A música "Eye" continua sendo uma das melhores da banda para se apresentar ao vivo. E uma linda e esparsa versão da canção "Tonight Tonight" é derramada para os fãs.
Porém, o conjunto não é isento de falhas.
Um cover industrial pesado da música “Once in a Lifetime” do TALKING HEADS se torna trabalhoso de escutar e as canções do novo álbum, "Atum", não apresentam a faísca que realmente deveria.
Para a música final, a banda fechou o show com uma excelente e improvisada versão de "Silverfuck", lembrando a todos que o SMASHING PUMPKINS é uma banda de guitarras - apesar dos 02 últimos álbuns terem uma grande influência de sintetizadores - com Corgan, Iha e Schroeder destruindo tudo como magos do rock, o que é genuinamente emocionante de se ver e ouvir.
SMASHING PUMPKINS em 2023 são muito bons e eles vem crescendo em todos os sentidos (gostem ou não) desde o álbum que marcou o retorno dos membros originais em 2018, e é indiscutível que a banda é responsável por muitas das melhores canções de rock dos anos 90 que para sempre irão ficar marcadas na história.
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