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by Brunelson
Billy Corgan, frontman do SMASHING PUMPKINS, sobre ter sido um maníaco por controle nos anos 90: "Eu me empolguei com as minhas inseguranças".
Em uma nova entrevista para a revista britânica New Music Express, Corgan também falou sobre o novo álbum duplo de estúdio, "Cyr" (10º disco, 2020), por que o grupo sempre procurou se distanciar do rótulo de uma banda dos anos 90 e como ele aprendeu a abrir mão (um pouco) do seu controle criativo.
2020 foi um ano e tanto para Billy Corgan e o SMASHING PUMPKINS.
Acabando de lançar o álbum "Cyr" em novembro e já sendo o 2º disco com o retorno do guitarrista James Iha e do baterista Jimmy Chamberlin (membros originais), o enigmático frontman está atualmente no meio de juntar as peças para o álbum sucessor com lançamento para final de 2021, que será a etapa final da trilogia dos álbuns "Mellon Collie and The Infinite Sadness" (3º disco, 1995) e "Machina The Machines of God" (5º disco, 2000).
Além disso, ele também já está de olho no capítulo final da trilogia atual do SMASHING PUMPKINS, que começou no álbum "Shiny and Oh So Bright, Vol. 1" (9º disco, 2018) e no recente volume 02, o álbum "Cyr".
Só ainda continua o mistério se este volume 03 também será a trilogia final para os álbuns de 1995 e 2000...
Confira alguns trechos dessa entrevista:
Jornalista: Olá, Billy! Parece que você esteve muito ocupado com o SMASHING PUMPKINS durante a pandemia?
Billy Corgan: Sim, nós temos 46 músicas novas processadas e me sinto um pouco louco fazendo isso, mas depois me sinto louco passando por essa pandemia. Não sei o que é pior - louco com o trabalho ou louco com o mundo. Eu vou enlouquecer com o trabalho, obviamente. Estou em Chicago agora e eles simplesmente trancaram tudo aqui fora. Você apenas pensa sobre as coisas...
Jornalista: Apesar da pandemia, você parece mais feliz e mais contente do que há algum tempo?
Jornalista: Você sente que concluiu o círculo?
Corgan: Eu tomei uma decisão curiosa, que foi me motivar com as minhas inseguranças quando era mais jovem. Eu me forcei a trabalhar mais e fazer mais e funcionou, mas é uma coisa estranha quando você está usando um negativo para criar um positivo, porque mesmo quando você alcança o positivo, o que nós fizemos não pareceu muito certo e não foi bom para certas pessoas... Havia algo que parecia relacionado ao poder centrado em mim e acho que era mais o relacionamento que as pessoas tinham comigo que tinha mais a ver.
Jornalista: O novo álbum do SMASHING PUMPKINS, "Cyr", é um dos mais comerciais que você já fez. Por que foi assim?
Jornalista: Você foi influenciado por bandas que utilizam sintetizadores na gravação do álbum "Cyr"? Estou pensando em grupos como o NEW ORDER e DEPECHE MODE...
Jornalista: Você fica frustrado com os críticos que não o deixam escapar dos anos 90?
Jornalista: Ao contrário da maioria dos álbuns duplos, que geralmente é apresentado em partes distintas, no disco "Cyr" quase parece um álbum completo e único. Você concorda com isso?
Jornalista: Recentemente, você disse que eram "bons assassinos do pop”. Você quis dizer que é bom em fazer música pop?
Corgan: Sim. Aqui está o que sempre levou os críticos à loucura. Não nos encaixamos bem como uma banda alternativa no sentido clássico. Nunca usamos a camisa certa. Não éramos uma banda de críticos, mas pertencíamos ao mundo alternativo. Agora, se não tivéssemos feito o sucesso que foi, eles teriam apenas nos dispensado e teríamos seguido feliz o nosso caminho, mas o fato de termos tido muitos sucessos - tivemos em muitos casos mais sucessos do que os nossos contemporâneos - enlouqueceu a crítica, porque ela precisou lidar conosco.
Jornalista: Por que você decidiu fazer uma sequência aos álbuns "Mellon Collie and The Infinite Sadness" e "Machina The Machines of God"?
Jornalista: Vai soar parecido com o disco original?
Jornalista: O álbum "Mellon Collie and The Infinite Sadness" foi um disco grandioso. É algo que você se orgulha?
Jornalista: O que você lembra mais daquele período dos anos 90?
Jornalista: Estranhamente, você só se apresentou 01 vez no Glastonbury Festival...
Corgan: Sim, em 2013, e aqui está uma história engraçada, tipo, isso é rock'n'roll clássico. O nosso empresário na época me disse: "SMASHING PUMPKINS será o headliner, mas como em muitos festivais, haverá uma banda eletrônica depois de vocês". Então, pensamos que era um DJ de música eletrônica ou algo assim. Quando cheguei no festival para se apresentar e olhei as bandas que estavam no cronograma, vi que a banda THE XX iria fechar o festival, ou seja, o meu empresário mentiu pra mim e fiquei muito chateado. Eu não estava chateado com a banda THE XX, eu estava chateado porque mentiram pra mim, mas também pensei que se você é uma banda e quer seguir uma banda como o SMASHING PUMPKINS e está de bem com isso, você terá que se arriscar.
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