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by Brunelson

Smashing Pumpkins: qual a única canção de amor que Billy Corgan já escreveu?


Durante o horário nobre do grunge nos anos 90, SMASHING PUMPKINS sempre parecia um pouco deslocado - apesar de sempre ter estado em evidência.

Embora seu frontman, Billy Corgan, possa ter sido capaz de escrever melodias que poderiam combinar perfeitamente com os sons do NIRVANA e PEARL JAM, seu dom imaculado para a melodia era muito mais sutil do que estava acontecendo na cena de Seattle, criando músicas que deviam tanto ao rock clássico e metal, quanto ao punk rock.




E mesmo que o SMASHING PUMPKINS fizesse odes perfeitas à melancolia, Corgan levou anos até que ele pudesse finalmente escrever uma música sobre o amor.

Sabemos que muitas canções do início de carreira do grupo tratam de assuntos do coração, sendo que isso sempre foi às custas do bem-estar emocional de Corgan. Ao longo das canções do álbum "Siamese Dream" (2º disco, 1993), muitas das falas de Corgan vêm da perspectiva de alguém preso em uma situação emocional ou perdendo o juízo, onde está procurando acabar com tudo. Embora uma música como "Disarm" possa parecer inofensiva em comparação, a letra que alude ao suicídio e sobre o abuso sexual que Corgan sofreu na infância, traz uma camada de vulnerabilidade emocional para a qual a maioria dos fãs talvez não estivessem preparados na época.

Esta solidão só seria mais explorada em seu álbum duplo, "Mellon Collie and The Infinite Sadness" (3º disco, 1995). Descrevendo-o como uma resposta dos anos 90 a épicos do rock clássico como o álbum "The Wall" do PINK FLOYD, Corgan desenvolveu uma enorme ópera rock que assume temas diferentes dependendo de qual lado dos discos o ouvinte estava escutando. Em vez dos habituais sons de paixão em músicas como "Tonight Tonight", o tom raivoso em canções como "Jellybelly" foi uma mudança de ritmo em relação a onde eles estavam indo, apresentando músicas que atingiriam níveis de peso do metal.

Depois de se reinventarem mais uma vez com o álbum "Adore" (4º disco, 1998) com um toque eletrônico em seu som, a próxima fase da banda começou ao trabalhar no álbum sucessor, "Machina The Machines of God" (5º disco, 2000), apresentando um dos singles do mesmo que foi a canção "Stand Inside Your Love". Embora Corgan tenha admitido ter toda a ideia dessa música em sua cabeça enquanto trabalhava nela, ele revelou que precisava de ajuda dos seus companheiros de banda para transformá-la em uma música identificável do SMASHING PUMPKINS.

E em vez de partir de um ângulo emocionalmente cru, para a parte lírica Corgan escreveu sobre o amor pela 1ª vez em sua carreira, comparando o sentimento de romance ao encontrar uma companheira espiritual como sua parceira. Embora Corgan dissesse que não demorou muito para criar as letras, ela acabaria se transformando em uma das poucas canções devocionais no cânone da banda.

Como Corgan lembraria mais tarde em uma entrevista, concluindo: “As letras da música 'Stand Inside Your Love' - e não estou brincando quando digo isso - foram escritas literalmente em 10 minutos. Eu ainda tenho a folha de papel onde escrevi as letras e nenhuma palavra ficou diferente da forma que a tinha escrito originalmente. Nenhuma palavra foi alterada e tudo simplesmente surgiu nesse fluxo de consciência... E para falar sobre o que é essa música, é provavelmente uma das únicas canções de amor que já escrevi”.

Embora o álbum parecesse uma nova fase para onde a banda poderia chegar, no mesmo ano de 2000 o grupo iria encerrar as atividades no final do ano e que acabaria sendo o último disco do SMASHING PUMPKINS gravado 100% pelos membros originais.


"Stand Inside Your Love"




























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