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by Brunelson
O período de gravação estendido e o grande orçamento do álbum "Gish" foram novas perspectivas para Vig. Em 2008, ele lembrou numa entrevista: “Billy Corgan queria fazer tudo soar incrível e ver até onde ele poderia ir, o que realmente faz gastar tempo na produção e nas apresentações. Pra mim, foi uma dádiva de Deus, porque eu estava acostumado a gravar discos para todas as gravadoras independentes e tínhamos um orçamento de apenas 03 ou 04 dias”.
Vig acrescentou: “Ter aquele luxo de passar horas tocando guitarra, ou afinando a bateria ou trabalhando em harmonias e coisas complexas... Eu estava nas nuvens ao pensar que tinha encontrado um companheiro de armas que queria me empurrar e quem realmente Corgan queria que fosse a pessoa que lhe pressionasse. Agendamos 30 dias no estúdio para gravar esse álbum".
Esta densa produção era um indicativo das bandas de rock clássico dos anos passados e não de uma banda independente relativamente desconhecida de Chicago. Parte da atração do disco "Gish" é a qualidade da produção (e do som de bateria). Embora tenha sido agregado ao movimento grunge nascente, é muito mais do que isso. A influência de atos de rock psicodélico do passado pode ser ouvida e muito disso decorre da produção quente, orgânica e analógica que não dependia de ferramentas digitais e truques de estúdio.
Foi no álbum "Gish" que as guitarras habilmente encaixadas de James Iha e Billy Corgan agraciaram os nossos ouvidos pela 1ª vez. É uma sonoridade sonhadora, psicodélica e que remete fácil às memórias adolescentes e todo o pacote que vem junto nas lembranças, como andando de skate, formando bandas de garagem e conhecendo esse disco na época do seu lançamento escutando em fita-cassete no walkman.
A banda também era praticamente inexperiente com os processos de gravação num estúdio, onde as sessões colocaram uma grande pressão sobre a banda. A baixista D'arcy Wretzky comentou no passado que não sabia como eles sobreviveram às gravações do disco "Gish". Além disso, o ego e entranhas de Billy Corgan vieram à tona para cima dos membros do grupo, o que gerou um colapso nervoso em Corgan.
Ah, mas essas brigas internas que marcou a gravação do disco logo se tornaria outra marca registrada nos álbuns subsequentes...
Tematicamente, Corgan disse que o álbum "Gish" trata de dor e de espiritualidade, confirmando a sua natureza psicodélica. Em uma entrevista para a MTV em 1995, Corgan afirmou: “O álbum é sobre dor e ascensão espiritual. As pessoas perguntam se é um disco político... Não é um álbum político, é um álbum pessoal”.
O vocalista/guitarrista acrescentou: “De uma forma estranha, 'Gish' é quase como um disco instrumental, tipo, possui um canto, mas a musicalidade domina a banda em muitos lugares. Eu estava tentando dizer um monte de coisas que realmente não conseguia dizer de maneiras intangíveis e indizíveis, então, eu era capaz de fazer isso com a música, mas não acho que era capaz de fazer isso com as palavras”.
Uma canção de destaque seria "Siva", que marcou muitos requisitos em termos de ser a primeira em várias coisas para a banda.
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