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by Brunelson
Em plena ascensão, o álbum sucessor, o duplo "Mellon Collie and The Infinite Sadness" (3º disco, 1995), seria o maior esforço da banda - o álbum duplo na história do rock que mais vendeu cópias. Ele se baseou nos enormes avanços que o álbum "Siamese Dream" havia feito sonoramente, tematicamente e liricamente, onde a banda atingiu o seu apogeu em colossais 120 minutos.
Já desde o 3º disco sendo produzido pelo próprio frontman, Billy Corgan, ao lado dos produtores icônicos, Flood e Alan Moulder, a escolha de ir junto com a dupla de produtores foi fundamental para dar outra vida à complexa musicalidade dos álbuns.
Sobre a decisão de renunciar ao produtor Butch Vig, que havia produzido os 02 primeiros discos, Corgan havia dito uma vez: “Para ser completamente honesto, acho que foi uma situação em que nos tornamos tão próximos de Butch que começou a funcionar em nossa desvantagem… Apenas sentimos que tínhamos que forçar a situação - sonoramente falando - e sair do modo normal de gravação do SMASHING PUMPKINS. Eu não queria repetir o trabalho anterior que tínhamos feito”.
E depois da turnê divulgando massivamente o álbum "Siamese Dream", Corgan imediatamente começou a escrever novo material para o próximo disco. Com o sentimento de compor um álbum duplo, Corgan havia dito na época: “Com esse novo disco, eu realmente gostei da noção de que criaríamos um escopo mais amplo para colocar outros tipos de material que estávamos escrevendo”.
E ele não estava longe dessa ideia...
Outra razão pela qual o disco foi um triunfo tão grande, foi por causa da maneira como Corgan e a banda tentaram ativamente dissipar qualquer tensão entre eles, um aspecto que atormentou os 02 primeiros discos. Para combater a ociosidade e a tensão natural que aumenta enquanto as partes individuais estão sendo gravadas no estúdio, a banda usou 02 estúdios ao mesmo tempo, então, todos estavam sempre trabalhando.
Além disso, a baixista original, D'arcy Wretzky, e o guitarrista original, James Iha, tiveram grandes papéis na composição e gravação do álbum, o que também facilitou as relações com a banda. Em suma, este foi um esforço de equipe e se mostrou verdadeiro.
E dizer que essas músicas não compõem nem metade do primeiro lado é surpreendente.
Pessoalmente, eu diria que a canção "Jellybelly" é uma das mais subestimadas no repertório da banda. O seu brilho visceral é nada menos que incrível e foi um lembrete gritante de que o SMASHING PUMPKINS que todos nós amamos desde os primeiros dias, ainda estava aqui e eles apenas levaram isso para o próximo nível. Rápida, melódica e hino alternativo, "Jellybelly" é um turbilhão.
O álbum ainda irá nos apresentar o clássico estelar "1979", que é uma das músicas definitivas dos anos 90 e não há como negar. A canção cresce lentamente antes de Corgan pular no refrão. São momentos como este em que o álbum contém uma sutil beleza textural que não teria sido alcançada sem o trabalho de Flood e Moulder, os mestres da era moderna de gravações texturizadas e em camadas. Um número nostálgico e emocionante, a música "1979" faz você lacrimejar os olhos em certos momentos, enquanto também anseia por dias melhores.
De fato, os pontos brilhantes do álbum são múltiplos que isto se tornaria um ensaio bastante grande se recontássemos todos eles, vide canções como "X.Y.U", "Fuck You (an Ode to No One)", "Stumbleine", "Muzzle", "Porcelina of The Vast Oceans", "Thru The Eyes of Ruby", as quebraceiras "Bodies" e "Where Boys Fear to Tread", e dá-lhe mais...
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