Smashing Pumpkins: resenha do álbum "Aghori Mhori Mei" pelo site Alternative Nation
SMASHING PUMPKINS lançou hoje (02 de agosto de 2024) seu novo álbum de estúdio, "Aghori Mhori Mei" (12º disco).
Lançado de forma surpresa e sem nenhuma divulgação ou lançamentos de singles antecipados, o novo álbum consiste em 10 músicas e com duração total de 45 minutos.
O grupo retorna às suas raízes (assim como o frontman da banda havia dito em entrevista) de uma forma quase experimental, em vez de uma forma nostálgica. É uma declaração artística intrigante e gratificante para aqueles que amam todas as eras da banda.
Confira a resenha de 1ª mão que o site Alternative Nation fez para o novo disco do SMASHING PUMPKINS, "Aghori Mhori Mei":
Música: "Edin"
Possui alguns elementos interessantes com as guitarras típicas da banda e um trabalho vocal incrível. Em um ponto, a canção te leva de volta ao som do grupo do álbum "Zeitgeist" (6º disco, 2007). No geral, soa um pouco próximo de músicas como "Solara" (9º disco, "Shiny and Oh So Bright", 2018) e "Beguiled" (11º disco, "Atum", 2022/2023).
Música: "Pentagrams"
Há um trabalho sutil de sintetizador, mas a guitarra assume o papel principal aqui e os vocais de Billy Corgan soam excelentes, mais baixos na mixagem e menos polido.
Música: "Sighommi"
Consiste em acordes maiores, um riff relativamente direto e com back vocais femininos. Soa otimista e enérgica.
Música: "Pentecost"
Outra canção incrível do álbum. Possui um pequeno elemento da música "Birch Grove" (10º disco, "Cyr", 2020) e alguns elementos do álbum "Oceania" (7º disco, 2012), especificamente das canções "Pinwheels" e "Pale Horse". Liricamente, esta é a música mais interessante e bem construída do álbum.
Música: "War Dreams of Itself"
Todo o disco apresenta uma bateria soberba de cima a baixo de Jimmy Chamberlin (membro fundador e um dos melhores bateristas de todos os tempos) e alguns riffs de guitarra são notáveis com solos exemplares por toda parte. Esta canção se divide em uma batida de bateria no compasso 2/4 em seu final.
Música: "Who Goes There"
Apresenta um toque diferente e é algo novo no currículo do SMASHING PUMPKINS. Esse é um caminho que a banda nunca trilhou antes, adotando uma abordagem mais despreocupada, mas com o ritmo inconfundível do seu baterista.
Música: "999"
As melodias vocais e de guitarra são boas e seu terreno foi pisado intensamente. Nos últimos 90 segundos da canção, ela se desintegra e retoma com um forte solo de guitarra.
Música: "Goeth The Fall"
Aqui, os vocais de Corgan são um pouco irritantes. O guitarrista e também membro fundador, James Iha, está tocando alguns licks mais suaves e a vibração desta canção apresenta um toque mais parecida com a de uma canção de ninar ou de amor.
Música: "Sicarus"
Chamberlin solta as mãos na bateria e os vocais de Corgan estão muito bem mixados. Soa muito melhor em comparação às outras canções até aqui e musicalmente é voltada para as guitarras. A música dá algumas voltas antes de explodir em um solo no meio do caminho. No entanto, ela diminui de novo e então dá outra volta antes de uma forte seção final com alguns efeitos bem legais da guitarra de Corgan.
Música: "Murnau"
Grande musicalidade é demonstrada por todos os membros da banda em todo o álbum. Esta canção começa ao piano e se constrói com sintetizadores cinematográficos que se acomodam em alguns instrumentos de cordas que a faz soar muito bonita. Na metade da música, a mesma desacelera para uma das mais belas melodias do SMASHING PUMPKINS em toda sua carreira, algo que os fãs certamente amarão.
Concluindo, a dinâmica em constante mudança nas músicas mais longas é agradável. Isso torna o disco muito interessante e as futuras audições no decorrer do tempo serão recompensadas por essa complexidade. Não há muitos ganchos imediatos, mas há partes que são memoráveis e as músicas poderiam ter tido mais espaço para respirar de uma perspectiva de composição.
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