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by Brunelson

Smashing Pumpkins: resenha do álbum "Monuments to an Elegy"


Assim como marcou a fase de retorno do SMASHING PUMPKINS desde 2007, com uma rotatividade de membros na banda, Billy Corgan e cia. lançaram o 8º álbum de estúdio, o minimalista e ótimo "Monuments to an Elegy" (2014).


Membro original e fundador da banda, o frontman Billy Corgan continua no comando do SMASHING PUMPKINS até hoje (desde 2016 com o retorno dos membros originais, menos a baixista D'arcy) e aqui nesse disco, Corgan estava mais uma vez com o seu fiel guitarrista que lhe acompanha desde 2007 até os dias de hoje, Jeff Schroeder, e convidando o baterista Tommy Lee para somente gravar o álbum. Porém, na turnê o SMASHING PUMPKINS contou com Brad Wilk na bateria (RAGE AGAINST THE MACHINE, AUDIOSLAVE, PROPHETS OF RAGE) e Mark Stoermer no baixo (THE KILLERS).


Essa turnê inclusive passou pelo Brasil e o autor que vos fala presenciou o show no Rio de Janeiro em março de 2015.


O disco "Monuments to an Elegy" foi produzido por Corgan, Schroeder e Howard Willing.

O álbum antecessor, "Oceania" (7º disco, 2012), mostrou-se promissor produzindo canções notáveis e sendo o mais progressivo de toda a discografia da banda, mas aqui no álbum "Monuments to an Elegy", Corgan está voltando à velha escola do SMASHING PUMPKINS causando um impacto instantâneo e curto. Parecem músicas que Corgan criou e que estejam entre as melhores em muitos anos desde a reunião do grupo em 2007 até aquele momento. Brevidade e ir direto ao ponto talvez seja a ferramenta que ajuda esse disco ao longo da linha, na tentativa de recuperar alguns dos elogios que já foram associados ao SMASHING PUMPKINS no passado.

O disco inteiro tem apenas 33 minutos e são 09 canções com 07 músicas de rock alternativo brilhante e conciso.

Uma música cintilante abre o disco, "Tiberius", saltando do portão com alguma promessa. Atingindo o ponto ideal ao retornar aos dias do álbum "Siamese Dream" (2º disco, 1993), há uma quantidade igual de acompanhamento incrível e o gemido de marca registrada de Billy Corgan. Há também uma sensação de idade e sabedoria adquirida com o passar dos anos.

"Being Beige" eu já falei uma vez que é uma das melhores músicas em toda a discografia da banda e mostra o que é uma boa música do SMASHING PUMPKINS. A canção contém um grande som com letras que são introspectivas e ainda atinge um acorde universal para qualquer ouvinte. É facilmente identificável como uma música do SMASHING PUMPKINS.

O quase PIXIES como introdução da música "Anaise" é agradável e possui uma boa bateria de Tommy Lee - em todo o disco, na verdade - mesmo não sendo fã do seu trabalho mais conhecido no MOTLEY CRUE.

A canção "One and All" possui um riff típico da banda e depois um excelente ataque de guitarra. Essa música poderia ter vindo diretamente dos anos 90 e se encaixaria tranquilamente se fosse lançada no álbum "Melon Collie and The Infinite Sadness" (3º disco, 1995). É uma canção que lava a alma.

A música "Run 2 Me" é o efeito do disco "Adore" (4º disco, 1998) que o SMASHING PUMPKINS apresenta em cada álbum lançado desde então, mas aqui com um ataque de guitarras à vista.

Depois as coisas esquentam novamente com outra cara dos anos 90, a canção "Drum and Fife". Essa música possui uma sensação real à medida que vai ganhando impulso. Nas letras, Corgan declara que não vai desistir: “Vou bater esse tambor até o dia da minha morte”. Com mais músicas como esta, ele realmente pode cumprir a promessa com essa boa interação entre o trabalho de guitarras e bateria, que é perfeitamente equilibrada.


A canção "Monuments" também é sensacional, um rock sem vestimentas com uma brevidade que remete aos sonhos sonoros lisérgicos característicos da banda, uma das marcas registradas nos 03 primeiros álbuns de estúdio.


A música "Dorian" também concede acenos ao disco "Adore" e um embrião do que viria no último álbum de estúdio lançado em 2020, "Cyr" (10º disco).

A banda encerra o disco com a canção "Anti-Hero", um rock que balança em camadas sujas de guitarra casadas com a voz de Corgan - o que é uma combinação vencedora.

Esse álbum deixa o ouvinte na fissura de querer escutar mais músicas como os rocks simples e diretos que ouvimos aqui e se você é um fã do SMASHING PUMPKINS desde 1991/1992 e viveu aquela época, o álbum "Monuments to an Elegy" justifica você dar uma atenção à banda...


Track-list:


1. Tiberius

2. Being Beige

3. Anaise

4. One and All

5. Run 2 Me

6. Drum and Fife

7. Monuments

8. Dorian

9. Anti-Hero







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