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by Brunelson

Smashing Pumpkins: Top 40 melhores músicas da banda


Como vocalista, guitarrista e principal compositor desde sempre da banda SMASHING PUMPKINS, Billy Corgan é uma das figuras mais proeminentes na cena musical do rock no final do século 20 e início do século 21.



Ele também é uma personalidade que está constantemente experimentando e incorporando diferentes estilos musicais em suas composições, tornando os discos da sua banda vibrantes e adaptáveis à época. É um estilo que o tornou um dos artistas mais identificáveis da indústria musical.

Nascido em Chicago, a infância de Corgan foi composta por uma família completamente desfeita, não apenas em termos do divórcio que os seus pais sofreram, mas pelo fato de que ambos praticamente abandonaram os seus filhos - Corgan e o seu irmão mais novo.

Desde muito jovem, Corgan teve que aprender a se defender sozinho, cuidar do seu irmão e fazer escolhas sobre como queria seguir a sua carreira no futuro. Aluno inteligente, Corgan se formou como aluno de honra no ensino médio e recebeu bolsas de estudos em vários lugares para continuar os seus estudos superiores, mas ele escolheu seguir em frente com a música e mais tarde fundou o SMASHING PUMPKINS em 1988 junto com o guitarrista James Iha, a baixista D'arcy Wretzky e o baterista Jimmy Chamberlin.

Corgan era um músico autodidata. Embora tenha citado o seu pai como uma de suas inspirações, muito do seu conhecimento veio do que ele mesmo conseguiu reunir.


Significou que Corgan estava aberto a todos os tipos de música e aprendeu a tocar guitarra em muitos gêneros. Corgan ouvia muito hard rock, rock alternativo, heavy metal e assim por diante e deve muito de suas inspirações profissionais anteriores a artistas como Jimi Hendrix, QUEEN, BLACK SABBATH, THE CURE e entre outros. Essas influências ajudaram a moldar o estilo musical de Corgan, o que continuou a evoluir como músico por direito próprio.

Corgan lançou vários discos ao longo de sua jornada musical e sem contar os álbuns solo e projeto paralelo, ele já gravou 10 álbuns de estúdio com o SMASHING PUMPKINS (11 se quiserem contar com o disco "Machina II"). São composições das mais distintas provando a arte de criação de Billy Corgan.

Sendo também mentor e líder do grupo, ele ainda conta com a sua voz que possui personalidade própria, outro trunfo que chamou a atenção do público para as suas canções.

Em 2000, SMASHING PUMPKINS entrou em hiato que durou quase 07 anos, após o qual a banda retomou os seus trabalhos com um elenco reformulado.

Portanto, embora seja uma tarefa difícil escolher as melhores músicas entre a infinidade de composições que Billy Corgan criou sozinho ou em parceria ao longo de sua carreira, aqui estão alguns dos destaques que cobrem mais ou menos a totalidade de sua jornada musical.

Fomos selecionando, escrevendo e quando vimos tínhamos separado 40 canções, então, segue o Top 40 melhores músicas do SMASHING PUMPKINS em ordem cronológica:


Música: "Siva" Álbum: "Gish" (1º disco, 1991) Esta canção marcou muitos requisitos em termos de ser a primeira em várias coisas para a banda. Pra começar, foi o 1º single do álbum. Aliás, foi também o 1º videoclipe que eles filmaram como uma banda. A palavra "shiva" (com "h") foi um dos títulos que Corgan teve em sua mente por muito tempo. Ele queria chamar a banda de "Shiva" em vez de SMASHING PUMPKINS, no entanto, ele não tinha conhecimento das implicações religiosas do nome "shiva", que o levou a remover a letra "h" e finalmente decidir-se por "Siva" (onde a pronúncia é a mesma como se fosse com a letra "h"). A música abraçou musicalmente as influências originais do rock clássico do SMASHING PUMPKINS, com um interlúdio característico do grupo quase silencioso, para servir como um recurso de contraste para o resto da canção.


Música: "I Am One"

Álbum: "Gish" (1º disco, 1991)

Em 2018, Billy Corgan comentou em rede social sobre o videoclipe da canção "I Am One", que abre o álbum de estreia do SMASHING PUMPKINS, dizendo por que a banda o rejeitou por sentir que a gravadora estava tirando proveito da explosão do grunge ao querer comercializa-lo.

"Fizemos um videoclipe para a música 'I Am One', o qual rejeitamos na época. Simplesmente porque a gravadora pediu para aproveitarmos a explosão do grunge. Não tenho certeza quando ou por quê fizemos aquilo, mas o vídeo foi filmado no Clube Metro, em Chicago, e o resultado foi totalmente enterrado até o ano 2000".

O baterista Jimmy Chamberlin havia postado em rede social sobre o som de bateria nessa música: “Mais grooves e riffs para o seu final de semana. Muitas vezes me perguntam sobre o som dessa caixa. A bateria era 'uma concha de aço' da Yamaha, série de gravação 5.5x14 e ainda é uma das minhas favoritas! Aliás, Billy Corgan gravou o baixo nessa canção”. O baterista do RAGE AGAINST THE MACHINE, AUDIOSLAVE e PROPHETS OF RAGE, Brad Wilk (e que foi o baterista de turnê do álbum do SMASHING PUMPKINS, "Monuments to an Elegy", 8º disco, 2014), também havia comentado em rede social dando continuidade a este assunto: “Porra, eu amo tudo sobre isso! Vi vocês tocando essa música no clube English Acid na 1ª vez que vieram para Los Angeles". Para finalizar este assunto, o guitarrista do JANE'S ADDICTION, Dave Navarro, também comentou em rede social: “Esta foi a música que fez com que eu me sentasse e prestasse atenção! Eu estava, tipo: 'Que porra é essa?????'"

Música: "Cherub Rock" Álbum: "Siamese Dream" (2º disco, 1993)

O álbum "Gish" estabeleceu uma fundação na história da banda, que age mais como os alicerces de uma casa.


Sobre essa base forte veio o clássico 2º disco, "Siamese Dream". Se não fosse pela grandiosidade do seu álbum sucessor de 1995, o álbum "Siamese Dream" seria a obra-prima isolada da banda.


A leve introdução da bateria na música que abre esse disco, marca o ritmo e se agarra a você levando-o a uma das maiores intros de não apenas da música rock, mas de qualquer gênero.

Mais uma vez, Corgan bate os acordes de oitava - uma marca registrada de sua guitarra - e leva você para um passeio. Com o baixo de perfuração como pano de fundo sendo levado junto com a bateria, você mal consegue ficar quieto com a felicidade da guitarra que logo se ergue.

A canção "Cherub Rock" é uma das marcas dessa época e não só possui um dos melhores solos de guitarra por Corgan, mas a música balança com tanta intensidade e mordida que um verdadeiro giro de força se desenrola diante de você. Esta é uma marca do som dos anos 90.

Música: "Today" Álbum: "Siamese Dream" (2º disco, 1993) "Today" foi uma das canções mais perceptivas de toda a sua carreira, sendo um reflexo direto das próprias batalhas de Corgan com a depressão, ansiedade e pensamento suicida. A música fala sobre os problemas que ele sofreu. No entanto, as habilidades brilhantes de Corgan como compositor passaram discretamente sobre o assunto, quase sem deixar vestígios para o olho desatento notar. O assunto sério das letras foi contrastado pelos instrumentais suaves, com a própria voz de Corgan cruzando entre deixar ir completamente nos refrões estrondosos e flutuar no devaneio dos versos alternativos. Sendo a música mais conhecida do SMASHING PUMPKINS pelo público mainstream, "Today" é devastadoramente irônica, sonhadora, otimista e cheia de insegurança. Em entrevista para a revista Rolling Stone em 1995, Corgan havia dito sobre as letras da música "Today": “Eu jogo tudo no lixo e tento buscar algum tipo de ideal que eu não possa viver ou aceitar o que eu sou, que é um garoto da porra de Chicago? A música ressoa num lugar de verdade no meio disso tudo... De repente, eu tinha uma música que estava começando calma e depois tudo ficou muito alto”.

Ele finalizou: “No dia depois que escrevi a canção 'Today', o meu empresário ouviu e disse: 'É um sucesso', e acho que de uma forma foi mesmo”.

Música: "Hummer"

Álbum: "Siamese Dream" (2º disco, 1993)

A canção "Hummer" é uma daquelas vibes clássicas do SMASHING PUMPKINS que carimbava o seu som no início de carreira.

São guitarras e climas sonoros que parecem voar para o céu, ansiosas para transcender os limites de todo o resto... Parecem acordes banhados em ácido LSD e com a sensação sonhadora que já conhecíamos desde o 1º disco.

Assim como essa linha de baixo, simples e poderosa.


Música: "Disarm"

Álbum: "Siamese Dream" (2º disco, 1993)

"Disarm" foi o 3º single do disco "Siamese Dream" e que se tornou um sucesso em vários países nos dois hemisférios do globo terrestre. No entanto, o conteúdo lírico da música resultou no seu banimento pelo canal e rádio da BBC no Reino Unido. De acordo com Corgan na época do seu lançamento, a música era um eco do tipo de relacionamento que ele teve com os seus pais enquanto crescia. A base para a composição da canção veio da raiva de Corgan com seus pais por sempre o desanima-lo e fazê-lo se sentir deprimido. Ele mesmo havia dito nos anos 90: “Nunca tive coragem de matar os meus pais, então, em vez disso, escrevi uma música sobre isso”. No entanto, a letra da música foi interpretada com certa relevância de uma outra maneira. Embora a própria explicação de Corgan ficasse ao lado do fato da música ser sobre os seus pais, muitos na plateia, no caso especificamente do Reino Unido, ligaram-na ao horrível e recente assassinato do menino James Bulger, de 02 anos de idade, e que tinha chocado as pessoas. O menino havia sido torturado e morto por 02 garotos de apenas 10 anos de idade que deixaram o seu corpo amarrado nos trilhos do trem para ser desmembrado por um trem que se aproximava. Mas a visão mais comum era que a letra da música apontava para o assunto do aborto. Com letras como: “Corte aquela criança / Dentro de mim e uma parte de você” e "O assassino em mim é o assassino em você”, a música gerou polêmica, pois muitos a consideraram uma referência ao aborto. Isso levou ao banimento da música "Disarm" pela BBC do seu programa de TV musical, Top of The Pops, por causa das implicações das letras. Apesar do banimento, a canção subiu rankings em todo o Reino Unido e Europa (para não dizer em escala mundial) e se tornou uma das músicas mais tocadas e conhecidas do SMASHING PUMPKINS. Porém, neste século atual, Corgan já disse em entrevista que o real significado das letras da música "Disarm" é que ele sofreu abuso sexual na infância, ou seja, mais um tema que até então não era discutido abertamente nas músicas de rock - outro fruto que o grunge e o rock alternativo trouxeram ao cognitivo.

Outra clássica canção dentre várias que esse disco nos apresenta, "Disarm" mostra o alcance de Corgan. Uma virada sônica à esquerda, junto com o seu arranjo acústico e uso de cordas, essa linda e arrebatadora música nos mostrou na época que os recursos de Corgan não tinham limites.

Música: "Soma"

Álbum: "Siamese Dream" (2º disco, 1993)

Esta seria o exemplo clássico de tudo o que foi dito sobre as guitarras encharcadas de ácido LSD.

Simplesmente, uma das melhores canções da banda...


Música "Mayonaise"

Álbum: "Siamese Dream" (2º disco, 1993)

Com o álbum "Siamese Dream" levando 04 meses para ser gravado, foi o ponto culminante no trabalho do frontman Billy Corgan e seus companheiros de banda. O disco de estreia, "Gish" (1991), lhes rendeu aclamação da crítica, abrindo as portas para uma grande gravadora ao produzir este 2º álbum e fazendo a banda atingir um público em massa. Assim como foi na gravação do disco "Gish", Corgan garantiu total controle criativo, compondo todas as músicas e tocando a maioria das partes de guitarra e baixo sozinho na hora da gravação, irritando os seus colegas de banda. Essa tensão, emparelhada com o uso de drogas interno na banda, azedou o romance e gerou um colapso mental que quase destruiu o SMASHING PUMPKINS, antes mesmo que eles pudessem lançar o álbum "Siamese Dream".

Música: "Soothe"

Álbum: "Pisces Iscariot" (disco de lados-b e covers, 1994)

Em 1994, SMASHING PUMPKINS estava lançando o disco “Pisces Iscariot”, que é um álbum de lados-b, covers e músicas que haviam ficado de fora dos seus 02 primeiros álbuns de estúdio, “Gish” (1991) e “Siamese Dream” (1993). E dentro do livrinho que acompanha esse disco, consta uma resenha escrita pelo próprio Billy Corgan dissecando este álbum música por música...


Confira o trecho onde Corgan fala sobre a canção "Soothe":

"'Soothe', música gravada no meu quarto em meu antigo apartamento. Você pode ouvir o metrô das 07:00hs da manhã deslizando pela gravação... Eu costumava ir dormir com os ruídos dos carros indo e voltando pela rua. Esta canção é o assobio que tínhamos perdido... Eu realmente só queria que esta música tivesse sido incluída no álbum por minha própria vontade pessoal, mas um amigo meu me disse na época: 'Eu não acho que você pode aperfeiçoar esta canção mais ainda...' Então, eu a deixei estar... 'Soothe' é uma canção para os meus fãs, crianças da terra e semelhantes. Eu queria colocar essa música no álbum 'Siamese Dream', mas eu a descartei. Deveria, poderia, meio que não, mas eu a adoro de qualquer maneira... Me faz chorar".


Música: "Whir"

Álbum: "Pisces Iscariot" (disco de lados-b e covers, 1994)

Segue o comentário do próprio Billy Corgan sobre a canção "Whir":

"'Whir', outra gravação em 01 hora escassa realizada no estúdio onde estávamos gravando o álbum 'Siamese Dream'. Parte de uma linhagem doce e triste que eu a desperdicei durante todos os meus anos... Eu devo ter escrito as letras desta canção há zilhões de tempos atrás, mas ela simplesmente acabou por aqui... Às vezes, quando eu a escuto, consigo ouvir quem realmente nós somos como pessoas: frágeis e delicadas. Note o final assustador dessa música. Nós queríamos ficar tocando essa parte final da canção por uns 15 minutos ainda..."


Música: "Obscured"

Álbum: "Pisces Iscariot" (disco de lados-b e covers, 1994)

Segue o comentário do próprio Billy Corgan sobre a canção "Obscured": "Obscured' é realmente antiga porque foi originalmente gravada para ser lançada no 1º EP do SMASHING PUMPKINS em 1991, chamado 'Lull' e que foi realmente considerada a ser lançada como o single desse EP, mas eles me enganaram! Escrita durante as gravações do álbum 'Gish', nós tivemos que logo finaliza-la e deixa-la 'sentada' por 02 anos ainda, para que em seguida ela fosse novamente regravada e incluída no single lançado no Reino Unido (a Terra das Trevas) como lado-b da música 'Today'. Então, essas foram todas as minhas suposições e gravações de fitas amigáveis para que esta música se tornasse no próximo single, mas eu jurei que nunca mais iria regravar uma das nossas próprias músicas novamente, porque na minha opinião isso é uma coisa 'aleijada' de se fazer... 1991, mas que ano, hein? Tal linda canção sendo tocada em um domingo de Festival de Música num parque de Chicago...

Música: "Zero"

Álbum: "Mellon Collie and The Infinite Sadness" (3º disco, 1995)

Com esse 3º disco da banda, Corgan eliminou todas as paradas.


Um insano álbum duplo com 28 músicas e 04 singles que rivalizariam com qualquer outro clássico da época, o disco "Mellon Collie and The Infinite Sadness" também tornou-se sinônimo dessa era da música, assim como os álbuns dos BEATLES representaram nos anos 60 e do LED ZEPPELIN nos anos 70. Esse disco também manteve o balanço duro do seu rock alternativo, sendo que a música "Zero" provou ser um enorme sucesso que inspirou uma geração de roqueiros e honestamente, um dos designs de camisas mais simbólicos da nossa geração.

Rock seco e direto, sonzeira f... e clássico do SMASHING PUMPKINS.


Música: "Bullet With Butterfly Wings" Álbum: "Mellon Collie and The Infinite Sadness" (3º disco, 1995) Essa música foi um dos momentos mais marcantes desse álbum e na carreira do SMASHING PUMPKINS. Estreando o seu videoclipe na MTV em 1995, foi o start que iria demarcar a banda como a bola da vez que iria reinar no mainstream. Com os seus instrumentais de rock desenfreados e focados, junto com os vocais furiosos de Corgan que mergulham, mesmo que apenas por um momento, em uma compostura muda antes de pegar novamente para o verso final, foi um testamento não apenas para a influência do hard rock na banda, mas também nas próprias habilidades de Corgan como vocalista e músico.

Música: "Muzzle"

Álbum: "Mellon Collie and The Infinite Sadness" (3º disco, 1995)

Esse disco foi o álbum duplo mais vendido em toda a história do rock’n roll, tendo ganhado 01 Grammy em 07 indicações, além de angariar zilhões de discos de Platina, Diamante e de Ouro que a banda ganhou em todo o planeta.

Além de terem levado um "carrinho" de troféus no MTV Video Music Awards, o álbum estreou em 1º lugar no ranking da Billboard, Austrália, Canadá, Nova Zelândia e Suécia, além de um 2º lugar na Bélgica e um 4º lugar no Reino Unido.


Música: "Porcelina of The Vast Oceans"

Álbum: "Mellon Collie and The Infinite Sadness" (3º disco, 1995)

Aqui está outro exemplo do rock progressivo do SMASHING PUMPKINS que seria uma de suas marcas registradas desde o início e que persevera até hoje.

Por mais poderoso compositor que ele havia provado a si mesmo até esse ponto, Billy Corgan era igualmente prolífico. O argumento aqui é também sobre Corgan ter sido um dos maiores compositores dos anos 90, então, é apropriado que este gênio/louco musicista também seja responsável por ter lançado um dos melhores álbuns da década de 90.


Música: "Where Boys Fear to Tread"

Álbum: "Mellon Collie and The Infinite Sadness" (3º disco, 1995)

Lá em 2014, Courtney Love havia sido entrevistada por uma rádio e respondeu se ela tinha alguma música favorita do SMASHING PUMPKINS. “Sim, muitas, porque há muitas delas que falam sobre mim, tipo, quase todas as canções do álbum 'Siamese Dream' como a música 'Today'... Billy Corgan parou de escrever sobre mim e consequentemente parou de fazer hits. Há uma canção no disco 'Siamese Dream' chamada 'Spaceboy' que fala sobre o irmão dele, mas o resto é tudo sobre mim”. "Algumas músicas do álbum 'Mellon Collie and The Infinite Sadness', como as canções 'Bodies' e 'Where Boys Fears to Tread', também falam sobre mim, sendo que essa última citada é sobre o meu breve relacionamento com Trent Reznor (vocalista do NINE INCH NAILS) e como Corgan havia ficado louco sobre isso”.

Em 2018, Corgan foi perguntado por um fã em rede social se os álbuns "Siamese Dream" e "Mellon Collie and The Infinite Sadness" é na verdade sobre Courtney Love.

Pergunta: É verdade que todas as músicas do disco "Siamese Dream" - exceto a canção "Spaceboy" - e algumas do álbum "Mellon Collie and The Infinite Sadness", são sobre Courtney Love? Billy Corgan: Eu amo ela, mas não é bem assim. A maioria das músicas é sobre a minha futura esposa na época, onde estivemos juntos por 06 anos.


Música: "Bodies"

Álbum: "Mellon Collie and The Infinite Sadness" (3º disco, 1995)

Corgan não havia abandonado completamente a sua influência exposta nos 02 primeiros discos. Em vez disso, ele moldou o que já tinha com as influências do rock clássico dos seus patriarcas.

Ele continuaria a compor canções que ficariam ainda mais fora da sua zona de conforto, mas aqui nesta canção ele retorna à sua veia hard rock.

Com essa expansão esperada do seu ofício, Corgan continuou a construir merecidamente a sua reputação.

Em 2018, o frontman do SMASHING PUMPKINS respondeu algumas perguntas dos fãs em rede social. Confira o que ele falou sobre a gravação da canção "Bodies":

Pergunta: Quão intenso foi a gravação vocal para a música "Bodies"? É o grito mais dolorosamente agressivo de todos os tempos... Billy Corgan: Cantei numa sala com os alto-falantes a 100 dB. Não é piada.


Música: "1979"

Álbum: "Mellon Collie and The Infinite Sadness" (3º disco, 1995)

A canção "1979" parecia uma evolução natural das coisas, apresentando mais uma vez as suas honestas letras.

A vulnerabilidade previamente estabelecida permitiu uma transição fácil, onde não só a mudança de ritmo foi bem vinda, mas comemorada - se tornando numa das músicas mais conhecidas e de maior sucesso do SMASHING PUMPKINS.

Em 2020, a banda havia sido entrevistada pelo radialista Zane Lowe da Apple Music. Segue o que Billy Corgan havia dito sobre a música "1979":

Radialista: Ouvi dizer que a canção "1979" quase não foi lançada no álbum "Mellon Collie and The Infinite Sadness". Esta informação está correta? Corgan: Isso é verdade. Era uma daquelas músicas onde o produtor Flood ficava me dizendo: "Esta é uma música muito boa", mas nós continuávamos adiando a gravação. Corgan: E então, chegou a hora de realmente nos mudarmos para o centro da cidade, para o Chicago Recording Studios e numa sala horrível que tem lá. Corgan: É difícil porque - e digo isso com respeito ao meu parceiro aqui ao meu lado (baterista Jimmy Chamberlin) - há momentos em que é, como: "O que seja necessário fazer, não é culpa dele que o que ele está oferecendo não funcione". Corgan: Ele estava tocando a batida da música "1979" e todos nós concordamos que essa é a batida, mas de alguma forma soava péssima naquela sala e nós adiávamos a gravação da música toda vez e quando vimos, faltava somente mais 01 dia para gravar no estúdio. Corgan: E Flood me disse: "Amanhã é o dia! Se não gravarmos esta música amanhã, ela ficará fora do disco". Foi quando eu percebi e pensei: "Meu Deus...", porque eu meio que senti que era mesmo uma boa música e estava deixando escapa-la. Corgan: Eu fui pra casa naquela noite e passei muito tempo descobrindo totalmente o que eu queria da música. No dia seguinte, a primeira coisa que eu fiz foi ir ao outro estúdio onde estávamos trabalhando. Corgan: Estávamos gravando em 02 estúdios ao mesmo tempo porque estávamos sempre atrasados e gravei uma demo acústica da canção "1979", entramos naquele dia no estúdio principal e gravamos a versão que todo mundo conhece... Tudo aconteceu naquele dia! Corgan: E foi isso e essa é a versão, mas sim, no início nós falhamos e devido ao nosso fracasso e à disposição de Jimmy de dizer nobremente a nós: "Ok, seja o que for que tenhamos que fazer para que funcione, não me importo, certo? Você quer usar baterias eletrônicas ou quer me tirar da gravação desta música? Ótimo, tudo bem pra mim". Corgan: E é por isso que Jimmy é um grande parceiro, foi tipo: "O que for melhor para a música" e não teríamos essa música se não tivéssemos essa disposição de arriscar e apenas jogá-la na parede e ver o que iria acontecer".


Música: "Thru The Eyes of Ruby"

Álbum: "Mellon Collie and The Infinite Sadness" (3º disco, 1995)

O que mais chama a atenção nessa época das composições de Corgan é o risco que ele próprio impôs.

Muitas bandas tentam evoluir e na maioria das vezes essas bandas encontram resultados variados.

Não estou desmerecendo e nem criticando nenhuma delas, só mostrando os caminhos variados que alguns grupos seguiram, vide METALLICA e WEEZER - só para citar alguns.

Outro rock progressivo do SMASHING PUMPKINS.


Música: "Stumbleine"

Álbum: "Mellon Collie and The Infinite Sadness" (3º disco, 1995)

Fãs e críticos nem sempre consideram a mudança sonora como positiva e muitas vezes uma banda - ou mais especificamente, um compositor - escolhe mudar isso por razões triviais, como por exemplo, ter ficado entediado com o seu som ou pior, tentar provar que as pessoas estão erradas. O que nunca foi o caso de Billy Corgan, um músico íntegro e além do seu tempo.


Música: "XYU"

Álbum: "Mellon Collie and The Infinite Sadness" (3º disco, 1995)

Em 1995, o grunge corria o risco de se instalar numa rotina sônica e poucos sentiram essas limitações mais do que Billy Corgan. "Estávamos chegando ao final de um ciclo criativo", disse ele numa entrevista para a revista Rolling Stone, “ou pelo menos eu estava, onde o formato básico de guitarras rock soando pra cima e pra baixo e baterias fortes - onde todos esses elementos são clássicos do SMASHING PUMPKINS - estavam chegando ao seu ponto final” .

Mas aqui ele não abandonou as suas influências e criou este rock pesado e afiado que foi a canção "XYU".


Música: "To Sheila"

Álbum: "Adore" (4º disco, 1998)

Em 1998, Billy Corgan manteve a mudança de vagões do seu trem com o 4º álbum da banda, "Adore".

Diga o que quiser sobre esse disco, mas é sem dúvida a joia subestimada da discografia da banda dos anos 90.




Apesar das turbulências internas, uma tragédia no grupo (falecimento do tecladista de turnê por overdose de heroína em 1996) e ocasionando na demissão do baterista Jimmy Chamberlin (sempre com problemas de drogas e que dividia o mesmo quarto de hotel nas turnês com o falecido tecladista), Corgan continuou a sua natural evolução sem esforço nenhum. Nesse disco, Corgan canta os outros tanto quanto a si mesmo, como os seus esboços de personagens femininos que cobriram grande parte do álbum, como a canção “To Sheila”.


Música: "Pug"

Álbum: "Adore" (4º disco, 1998)

Um álbum tingido e com acenos ao rock industrial e eletrônico, o disco "Adore" jogou a cautela ao vento e sentou-se com uma verdadeira expressão dos artistas que o fizeram - carimbando um determinado momento de suas vidas.

Quando você olha para trás na história de Billy Corgan e da banda, este é o álbum que as pessoas olham de volta com novos olhos e se apaixonam. Todo o crédito no mundo é devido ao seu frontman pelo seu ataque sonoro destemido e determinação em evitar a complacência musical. Com o estilo vocal único e não tradicional de Corgan, ele certamente subiu mais uma vez em sua habilidade de criar melodias fortes nesse 4º disco... Melhor ainda, ele demonstrou uma habilidade inata de escrever letras que se encaixam no inconsciente do ouvinte.


Detalhe: com a demissão do baterista Jimmy Chamberlin, Corgan chamou um baterista substituto junto com 02 percussionistas para darem "conta do recado"...


Música: "Raindrops and Sunshowers"

Álbum: "Machina The Machines of God" (5º disco, 2000)

O baterista Jimmy Chamberlin havia retornado (sóbrio) ao SMASHING PUMPKINS em 1999, mas a banda infelizmente iria "acabar" em 2000 - em meio a conflitos internos e depois de uma turnê completa para este subestimado 5º álbum de estúdio.

A baixista D’arcy ainda estava na banda e gravou o baixo nesse álbum, sendo este foi o último disco gravado com a formação original completa, mas por estar envolvida em drogas ela também havia sido demitida do grupo logo após a gravação do mesmo.


Com a ex-baixista do HOLE como substituta, SMASHING PUMPKINS deu início a sua turnê de despedida realizando o seu último show (até então) no Metro Cabaret, em Chicago - onde havia sido efetivamente o 1º show da banda em 1988.

Em 2018 e 2019, Corgan respondeu várias perguntas dos fãs em rede social e confira 02 perguntas que lhe fizeram sobre esta canção:

Pergunta: Existe uma versão simplificada da música "Raindrops and Sunshowers"? Ou foi uma coisa nova e pesada desde o começo? Corgan: Começou direto e passou por uma fase muito eletrônica, antes de virar a versão lançada no disco. Você percebe a transição se acompanhar as gravações de 02 dias de trabalho.

Pergunta: Em retrospecto, qual a sua opinião sobre a canção "Raindrops and Sunshowers"? Corgan: Eu acho que a versão gravada no álbum foi uma falha.

Música: "I of The Mourning"

Álbum: "Machina The Machines of God" (5º disco, 2000)

Esse álbum marca a volta do SMASHING PUMPKINS à sonoridade rockzera das suas músicas, mas com os respingos do seu disco antecessor que Corgan faz questão de demonstrar em todos os discos lançados desde então, provando ainda mais a sua musicalidade, leques de opção e não se importando em não querer pegar o caminho mais fácil dos seus primários álbuns, somente para traçar um caminho conhecido, seguro e satisfazer os críticos... Mais uma vez, a expressão sincera da sua arte é o que importa para Billy Corgan.

Música: "Heavy Metal Machine" Álbum: "Machina The Machines of God" (5º disco, 2000) Mesmo sendo um álbum subestimado, a fama e a evidência da banda continuavam fortes levando esse disco ao 3º lugar no ranking da Billboard, além de um 2º lugar na Austrália e Canadá, e de ter alcançado o 7º lugar no Reino Unido.

Música: "This Time" Álbum: "Machina The Machines of God" (5º disco, 2000) Levada clássica que embala você deitado numa rede na praia olhando para o horizonte...


Música: "Age of Innocence"

Álbum: "Machina The Machines of God" (5º disco, 2000)

Esta canção seria a mais subestimada desse álbum (quiçá, de toda a discografia da banda), uma sonzeira que me cativou desde a minha 1ª audição em seu lançamento...

E já li em algum lugar que Billy Corgan falou em entrevista que a canção "Age of Innocence" foi enterrada de propósito para fechar o disco, pois destoava muito da ideia geral (clima) de composição desse álbum.


Música: "Doomsday Clock"

Álbum: "Zeitgeist" (6º disco, 2007)

Só para conhecimento geral, a banda retornou do seu hiato em 2007 com somente Billy Corgan e o baterista Jimmy Chamberlin como membros originais.

O grupo simplesmente nos mostrou o seu álbum mais pesado de toda a discografia, "Zeitgeist".

Em 2009, Jimmy sairia da banda para cuidar da sua família (a versão de Corgan ainda é sobre drogas) e é onde começa o rebuliço de integrantes saindo e entrando no grupo.


Confira o SMASHING PUMPKINS apresentando ao vivo esta canção, só para mostrar por que Jimmy Chamberlin é um dos maiores bateristas de rock de todos os tempos - a técnica de tocar de um baterista vindo originalmente do jazz.


Música: "United States"

Álbum: "Zeitgeist" (6º disco, 2007)

Mesmo desacreditado, o álbum “Zeitgeist” superou as expectativas alcançando o 2º lugar no ranking da Billboard, além de ter sido 1º lugar na Nova Zelândia e Canadá. No Reino Unido ele chegou ao 4º lugar e ganhou 01 disco de Ouro nos EUA - fato esse último que a banda não conseguia mais desde o lançamento do 4º álbum de estúdio em 1998.


Música: "The Celestials"

Álbum: "Oceania" (7º disco, 2012)

Averiguando que em tempos cibernéticos um álbum de estúdio não vende mais como antigamente, Corgan declarou que não iria mais lançar discos, somente músicas isoladas pela internet.

Após lançar canções online (várias delas foram registradas no ótimo DVD “If All Goes Wrong”, 2008), Corgan aguentou até 2012, quando lançou o seu 7º álbum de estúdio e o mais progressivo de toda a discografia, “Oceania”.

A banda oficializou esse período lançando também o show realizado no final de 2012, o DVD “Oceania: Live in NYC”.


Música: "Pale Horse"

Álbum: "Oceania" (7º disco, 2012)

Esse álbum foi muito bem recebido e aclamado pela crítica (mídia), provando o campo de exploração musical de Billy Corgan em um álbum conceitual.

Surpreendentemente o disco alcançou o 1º lugar no ranking da Billboard, mas não conseguiu configurar nas mesmas posições em que a banda costumava alcançar nos demais países. Foi nomeado pela revista Rolling Stone como um dos melhores álbuns de rock em 2012, além da revista também ter elogiado a turnê mundial desse disco, que rendeu à banda algumas das melhores resenhas de shows em toda a sua carreira.


Confira a performance ao vivo do SMASHING PUMPKINS no Lollapalooza Festival Brasil em 2015, que contou com o baterista Brad Wilk levando a bateria na turnê (RAGE AGAINST THE MACHINE, AUDIOSLAVE e PROPHETS OF RAGE):


Música: "Being Beige"

Álbum: "Monuments to an Elegy" (8º disco, 2014)

No final de 2014, SMASHING PUMPKINS lançou o seu álbum mais minimalista de todos, “Monuments to an Elegy”, sendo um ótimo disco para se ouvir na íntegra.

Corgan fazendo um som para a nova geração da época, cedendo a questão acima em tempo de execução das canções quanto às quantidades de músicas (09).


Música: "One and All"

Álbum: "Monuments to an Elegy" (8º disco, 2014)

O baterista do RAGE AGAINST THE MACHINE, AUDIOSLAVE e PROPHETS OF RAGE, Brad Wilk, acompanhou a banda durante a turnê promocional desse disco (mas não gravou o álbum no estúdio).


A turnê inclusive passou pelo Brasil e países vizinhos fazendo shows particulares e sendo parte do line-up de bandas do Lollapalooza Festival em 2015, aqui na América do Sul.


Música: "Monuments"

Álbum: "Monuments to an Elegy" (8º disco, 2014)

Esta é uma sonzeira por si só e que fica melhor ainda na versão ao vivo.

Este álbum estreou em 2º lugar no ranking da Billboard e não tão menos surpreendente em 3º no Reino Unido.


Música: "Solara"

Álbum: "Shiny and Oh So Bright, Vol. 1" (9º disco, 2018)

Jimmy Chamberlin voltou ao SMASHING PUMPKINS em 2015, sendo que em 03 oportunidades o guitarrista original, James Iha (separado da banda desde 2000), subiu ao palco em 2016 para mandarem algumas antigas canções nos shows.

A baixista D'arcy foi a única da formação inicial que não retornou ao grupo, para gravarem esse álbum que marca o retorno do SMASHING PUMPKINS com os membros originais.


Depois que a porta-giratória cessou, desde 2015 que Jack Bates é o baixista do SMASHING PUMPKINS.

Não podemos deixar de lembrar do fiel escudeiro de Billy Corgan desde quando a banda voltou em 2007, o guitarrista Jeff Schroeder. Ele está no grupo até hoje o que transformou a banda num quinteto com o retorno de James Iha.


Confira o 1º show de retorno do SMASHING PUMPKINS com os membros originais em 2018, onde a música "Solara" foi escolhida como o single deste álbum:


Música: "Silvery Sometimes" Álbum: "Shiny and Oh So Bright, Vol. 1" (9º disco, 2018) A apresentação melódica desta canção lembra as entregas originais e os primeiros trabalhos do grupo.


Música: "Alienation"

Álbum: "Shiny and Oh So Bright, Vol. 1" (9º disco, 2018)

A canção "Alienation" é a música mais longa e a saga triunfante desse álbum.

Em 05 minutos, a sua estrutura é mais uma reminiscência familiar de uma música conceitual, embora represente uma trilha sonora completamente diferente das obras conceituais passadas de Corgan.

Abrindo com uma assinatura ao piano de Corgan e construindo um ritmo constante que cresce para apoiar um pouco as guitarras inspiradas e rítmicas, a canção “Alienation” forma o coração sólido deste álbum.


Música: "Confessions of a Dopamine Addict"

Álbum: "Cyr" (10º disco, 2020)

Sem medo, Billy Corgan sempre foi de explorar-se musicalmente e parece repetir isso em cada projeto/álbum que assume.

No entanto, não importa qual seja a viagem sonora, você vai sempre sentir a sua presença característica naquela tal música - e aqui está um exemplo perfeito.


Música: "Anno Satana"

Álbum: "Cyr" (10º disco, 2020)

Seguindo o álbum de 2018, o disco "Cyr" marca o volume 2 de sua trajetória e como foi amplamente comentado, exibe uma sonoridade com sintetizadores e teclados em sua primeira página - mais frutos do álbum "Adore".

Mas aqui temos uma canção (quase a única do disco) com retorno ao bom e velho rock'n roll, que torcemos que irá estar na prateleira dos shows ao lado das outras...


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