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by Brunelson
Não seguir as convenções faz parte do manual criativo do SONIC YOUTH e é uma sensibilidade canalizada em seu tão aguardado livro de memórias.
Sua influência em bandas como NIRVANA, DINOSAUR JR, PAVEMENT, RADIOHEAD e outras, desempenharam um papel importante na explosão do rock alternativo e grunge no início dos anos 90, sendo que o SONIC YOUTH ainda estava em alta na época de sua repentina separação em 2011, uma decisão necessária devido ao divórcio de Moore com Kim Gordon (vocalista/baixista do SONIC YOUTH), após 27 anos de casamento.
Ao longo do livro, Moore, com 65 anos de idade, concentra-se principalmente em sua evolução de fã de música a pioneiro do rock independente, incluindo encontros com Joey Ramone, Iggy Pop e Kurt Cobain, além de uma prisão após uma perseguição em alta velocidade em sua cidade rural natal no Estado de Connecticut.
Em vez de insistir na despedida silenciosa do SONIC YOUTH (com 16 álbuns de estúdio lançados), o livro termina com o encarte do último disco da banda, "The Eternal", lançado em 2009: “Eu queria que a gravação do álbum 'The Eternal' fosse a cereja do bolo”, Moore disse para a revista Spin direto de sua casa no oeste de Londres, sobre sua decisão de encerrar o seu livro dessa forma. “Poeticamente, fazia sentido”.
A ideia do livro "Sonic Life" foi sugerida pela esposa de Moore, a editora de livros, Eva Prinz, com quem ele se casou em 2020: “Eu não sabia se deveria me mudar para Londres para escrever esse livro, mas queria que fosse uma forma de encerrar a história com o SONIC YOUTH”, ele explicou. “Eu não queria que fosse algum tipo de choro, foi quando Eva me disse: ‘Seu último álbum se chama 'The Eternal', então, por que você não coloca essas duas últimas palavras no livro?' E eu falei pra ela: ‘Ótima ideia. Que bom que você pensou nisso’. E isto me deu um final”.
Moore escrevia o livro "Sonic Life" enquanto se mantinha ocupado com sua própria música, incluindo 04 álbuns solo nos últimos 06 anos. Uma turnê planejada pelos EUA para divulgar o livro foi cancelada enquanto Moore tratava de uma fibrilação atrial, uma condição que pode causar batimentos cardíacos irregulares.
Jornalista: Por que foi o momento certo para você escrever o seu livro biográfico?
Thurston Moore: Em algum momento, eu queria escrever sobre a história do SONIC YOUTH através do meu prisma. A nossa banda está fora do mercado há vários anos (desde 2011), então, senti que poderia escrevê-la a qualquer momento. Queria escrever um livro longo onde eu fizesse um ensaio escrito sobre música. Originalmente, eu queria apenas escrever sobre coisas significativas, além de documentos que informavam e intrigavam não apenas a mim, mas também à micro comunidade com a qual estava envolvido.
Moore: No início, o livro seria uma versão aberta e experimental. Porém, percebi que queria ter uma cronologia que mostrasse o desenvolvimento de uma banda que existisse há tanto tempo quanto nós. De qualquer forma, acho que qualquer banda que existe há mais de 05 anos é uma anomalia, então, quando você chega a um ponto de estabilidade, se torna uma coisa notável. E quando você chega aos 20 ou 30 anos de carreira, é ainda mais notável. SONIC YOUTH certamente alcançou esse status de legado, mas há muitas bandas que continuam sendo grupos underground profundos que estão juntos desde sempre. Bandas como SMEGMA ou LOS ANGELES FREE MUSIC SOCIETY.
Jornalista: Por que você acha que existe um fascínio pelo período em que o SONIC YOUTH ganhou destaque?
Jornalista: O que você gosta ou não gosta em suas memórias musicais?
Jornalista: SONIC YOUTH sempre manteve os fãs em alerta evoluindo seu som constantemente. Como é relembrar cada período de crescimento da banda?
Jornalista: Você notou alguma coisa desacelerando criativamente nessa época?
Moore: Comecei a ver isso acontecendo como uma banda em turnê nos últimos anos de nossa existência. Nós nos tornamos decodificados até certo ponto... Também notei que o nosso público estava cada vez mais pensando: "Já ouvimos tudo do SONIC YOUTH" e "não apenas ouvimos tudo, mas estamos ouvindo outras bandas fazendo a mesma coisa com um pouco mais de refinamento".
Jornalista: Para encerrarmos, qual você acha que é e será o legado do SONIC YOUTH?
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