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by Brunelson
SONIC YOUTH pode ter vivido na cena artística de New York, mas eles também eram obcecados pela energia do hardcore e após se separarem do 2º baterista que havia passado pela banda, Bob Bert, eles encontraram um novo baterista que poderia trazer essa energia ao grupo.
Eles também buscaram um contrato com uma gravadora de grupos hardcore, a icônica SST Records, que foi fundada por Greg Ginn (guitarrista do BLACK FLAG) e já havia lançado álbuns de bandas como MINUTEMEN, MEAT PUPPETS, HUSKER DU e outras até então.
Como ficou imortalizado no livro "Our Band Could Be Your Life", do escritor Michael Azzerad, Greg Ginn e seus parceiros da SST Records estavam interessados no SONIC YOUTH, mas um dos co-proprietários da gravadora, Joe Carducci, não estava interessado, soltando a insensata frase de que: "Colecionadores de discos não deveriam estar em bandas".
Assim como a história continua, Carducci acabou deixando a gravadora logo depois e diz a lenda que foi minutos depois que ele saiu que Greg Ginn telefonou para o SONIC YOUTH e ofereceu-lhes um contrato.
Se o marcante 2º álbum de estúdio da banda, "Bad Moon Rising" (1985), sugeria a capacidade do SONIC YOUTH de fundir composições concisas com experimentação extensa, o disco "Evol" solidificou essa ideia.
O álbum "Evol" encontrou o SONIC YOUTH se juntando mais uma vez com o produtor do 2º disco, Martin Bisi, só que desta vez eles gravaram um álbum com qualidade de produção notavelmente superior, com um som mais limpo que ajudou a elevar a sonoridade da banda. Ainda é um disco barulhento e discordante (novidade!), mas o SONIC YOUTH descobriu como transformar esse ruído e discordância em estrutura, melodia e acessibilidade.
Na música "Shadow of a Doubt", a vocalista/baixista, Kim Gordon, aperfeiçoa o seu canto sussurrado que ela traria mais tarde para algumas das canções mais conhecidas da banda. A música de abertura, "Tom Violence", e a condução pós-punk da canção "Green Light", encontram o vocalista/guitarrista, Thurston Moore, cantando de uma forma que na verdade soa muito bem.
Kim Gordon acaba fazendo o mesmo na música "Starpower", a qual evolui para o tipo de congestionamento de ruído estridente que se tornaria o cartão de visita do SONIC YOUTH.
Com Steve Shelley por trás da bateria, eles encontraram o rebatedor de que precisavam para levar essas jams noise ao próximo nível. Seria no clássico 5º álbum da banda, "Daydream Nation" (1988), que o SONIC YOUTH estaria fundindo hinos do rock alternativo à improvisação de ataque aos tímpanos, que você já poderia rastrear essa abordagem aqui na canção "Starpower".
A música "Death to Our Friends" é o momento mais pesado do álbum e um verdadeiro testamento do poder recém-descoberto que Steve Shelley trouxe para a banda, enquanto canções misteriosas como "In The Kingdom # 19" e "Secret Girl" provaram que o SONIC YOUTH não iria deixar o seu material de composição mais estruturado atrapalhar a inclusão de algumas peças totalmente vanguardistas.
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