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by Brunelson
O álbum antecessor, "Dirty" (7º disco, 1992), posicionou o SONIC YOUTH como adjacente ao movimento grunge que eles ajudaram a inspirar - mas eles não queriam ficar parado nisso.
O grunge era ainda maior em 1994 do que em 1992, mas o SONIC YOUTH ficou mais interessado em fazer turnês com bandas do rock independente mais moderadas, como ROYAL TRUX, SEBADOH e PAVEMENT, que isto se refletiu no som do disco "Experimental Jet Set, Trash and No Star".
Houve alguns elementos de "retorno às raízes" nesse álbum, como por exemplo, o fato deles terem gravado na mesma fita analógica usada para a gravação do álbum "Sister" (4º disco, 1987) - diz a lenda que você pode ouvir o disco "Sister" sendo tocado no fundo da gravação do álbum "Experimental Jet Set, Trash and No Star", se você escuta-lo atentamente no fone de ouvido - mas este 8º álbum de estúdio do SONIC YOUTH não parece uma repetição da era dos anos 80.
Sendo uma clara continuação do disco "Dirty", podemos arriscar que no álbum "Experimental Jet Set, Trash and No Star" o SONIC YOUTH nunca havia apresentado uma sonoridade tão calma - mas não se deixem enganar...
Mesmo na canção "Bull in The Heather", que foi o single desse disco e um dos maiores sucessos da banda (com o videoclipe apresentando a vocalista da banda BIKINI KILL, Kathleen Hanna), é atmosférico, meditativo e muito longe dos singles de rock alternativo dos álbuns "Dirty" e até do "Goo" (6º disco, 1990).
E o álbum "Dirty" pode ter sido o disco em que a banda e o produtor Butch Vig (que também produziu o álbum "Experimental Jet Set, Trash and No Star") fizeram um esforço consciente para diminuir os surtos de barulho, mas no disco "Experimental Jet Set, Trash and No Star" é quase totalmente vazio de "noises".
Pode parecer um álbum mais simples, mas é revolucionário em sua própria maneira. Quando você espera volume e abrasividade, esse disco minimalista, silencioso e vibrante, se torna mais chocante e desafiador do que se pode esperar.
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