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by Brunelson

Soundgarden: a música que Chris Cornell comparou as letras com a era Syd Barrett no Pink Floyd


Há um debate contínuo quando se trata de encontrar as influências que afetaram mais diretamente o SOUNDGARDEN.


As dicas musicais estão aí de que a voz de Chris Cornell tem uma "dívida" com Robert Plant do LED ZEPPELIN, enquanto os riffs de guitarra angulares de Kim Thayil são como se o BLACK SABBATH estivesse nascendo no meio do movimento grunge.



E um lado da equação do SOUNDGARDEN que não é tão ressaltado é o elemento psicodélico em seu som.

Uma das músicas que representam bem essas tendências psicodélicas da banda é a clássica "Black Hole Sun". Sendo uma das canções características do grupo, ela funde os seus elementos mais pesados com os pedais de efeito da guitarra e letras impressionistas. De acordo com Cornell, a música veio a ele pela 1ª vez em sua cabeça enquanto dirigia seu carro para casa, depois de uma sessão de estúdio com a banda.

“Eu comecei a escrever essa música na minha cabeça só depois, voltando uma noite do estúdio até à minha casa e que durou uns 40 minutos de carro”, lembrou Cornell uma vez para a revista Uncut. “Mas a ideia do título surgiu antes de eu ir ao estúdio, onde estava em casa e algo que um âncora de um noticiário da TV havia dito e que eu tinha escutado errado. Eu ouvi ele dizer: ‘Blá, blá, blá, sol do buraco negro e blá, blá, blá’. Achei que seria um título de música incrível onde tudo se encaixou e praticamente todo o arranjo, incluindo o solo da guitarra que é tocado por trás do riff”.

“Passei muito tempo girando essas melodias na minha cabeça para não esquecê-las”, continuou Cornell. “Cheguei em casa naquela noite e assobiei a melodia em um pequeno gravador portátil. No dia seguinte, eu trouxe ela para o mundo real, atribuindo algumas mudanças de tom no verso para tornar as melodias mais interessantes. Então, eu escrevi as letras e isso foi semelhante a um fluxo de consciência baseado no sentimento que tive com o refrão e o título”.

Este sentimento e aptidão que Cornell tinha era algo que facilmente também se transformou em riffs pesados como as músicas "Jesus Christ Pose" e "Slaves & Bulldozers" (ambas lançadas no 3º disco, "Badmotorfinger", 1991). Em vez disso, Cornell estava mais interessado em uma direção mais suave e que não precisasse depender de uma bateria estrondosa, uma distorção pulverizante e vocais estridentes, o que gerou a abordagem mais leve para a música "Black Hole Sun".

“O que é interessante pra mim é a combinação de um buraco negro com o sol”, acrescentou Cornell. “Um buraco negro é mil milhões de vezes maior que o sol, é um vazio e um círculo gigante do nada, mas depois temos o sol, o doador de toda a vida. Foi essa combinação de claro e escuro, sabe? Esta sensação de esperança e mau humor subjacente”.

Cornell concluiu: “Gostei até da maneira como as letras foram escritas. Eu comparo isso ao PINK FLOYD da era Syd Barrett (vocalista/guitarrista original), onde há um verniz feliz sobre algo sombrio. Não é algo que eu possa fazer de propósito, mas ocasionalmente essas coisas acontecem por acidente”.


"Black Hole Sun" (4º disco, "Superunknown, 1994)





































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