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  • by Brunelson

Stephen King: qual a banda que ele disse que "salvou o rock and roll quando precisava ser salvo"


Desde seu romance de estreia de 1974, "Carrie", o escritor Stephen King demonstrou um talento para contar histórias de suspense e terror, o qual seria vitrine para vários produtores de Hollywood quererem transformar seus livros em filmes lendários.


Sua criatividade extraordinariamente prolífica rendeu 64 romances de ficção publicados e mais de 200 contos até o momento. 


No entanto, durante as poucas horas em que ele não está dormindo, comendo ou batendo freneticamente na máquina de escrever, King muitas vezes pode ser encontrado com um violão na mão.


Crescendo na geração americana pós-guerra do Vietnã, King teve o privilégio de vivenciar o apogeu da música rock. A adolescência do escritor foi significativamente moldada pelos artistas influentes da era da invasão britânica, especialmente pelos BEATLES e ROLLING STONES, onde esses grupos icônicos desempenharam um papel fundamental na formação de sua ligação inicial ao rock.


Ao ser entrevistado pelo programa Desert Island Discs da rádio britânica da BBC em 2006, King escolheu a canção "She Loves You" como uma de suas músicas preferidas de todos os tempos: “De todas as músicas dos BEATLES, me parece que foi a que mais chegou aos meus ouvidos ao longo de toda a minha vida. Ainda soa totalmente nova quando a ouço hoje, como soava quando a ouvi pela 1ª vez quando provavelmente tinha 16 anos de idade”.


Apesar desse apego adolescente, King também é um grande fã de outras bandas clássicas do rock e da música popular: “Ato musical preferido de todos os tempos? Provavelmente o CREEDENCE, mas o AC/DC está bem perto também… Tem o THE TEMPTATIONS, ROLLING STONES… Ah, cara, não me faça começar a falar, só o LED ZEPPELIN que não”.


Sem se deixar abalar pelo estilo pesado do hard rock do LED ZEPPELIN, King seria arrastado para a cena punk rock na 2ª metade da década de 70, que foi cortesia dos RAMONES.












Em 2003, foi lançado um disco em tributo aos RAMONES chamado "We're a Happy Family", com bandas e artistas como o RED HOT CHILI PEPPERS, METALLICA, GREEN DAY, THE PRETENDERS e Eddie Vedder (vocalista do PEARL JAM) apresentando alguns covers. E assim, Stephen King ofereceu sua mão para escrever as extensas e cômicas notas no encarte desse álbum.


King explicou que aceitou o trabalho não porque gostava das bandas que gravaram esse álbum tributo aos RAMONES, mas porque “adorei os RAMONES desde a 1ª vez que os ouvi”.


Ele continuou, revelando suas baixas expectativas para esse álbum tributo, apesar de apresentar “ótimos grupos como o THE PRETENDERS, mas no geral, eu acho que essas bandas vão estragar tudo no final... Sabe, todo álbum tributo é uma merda, é como quando você deixa cair sua torrada no chão, ela sempre cai com a manteiga voltada para baixo onde o cachorro mijou, ou quando você tira um ranho do nariz e ele gruda na sua jaqueta de camurça quando vai limpar a sua mão".


O "Rei dos Filmes de Terror" finalmente concluiu que, embora os RAMONES tenham demorado mais de 01 década para estourar no mainstream, eles: “Salvaram o rock and roll quando ele precisava ser salvo, e lhe digo que sinto muito a falta deles”.


E foi justamente fazendo parte da trilha sonora de um dos filmes mais épicos baseado na obra de Stephen King, "O Cemitério Maldito" (1989), que os RAMONES iriam merecidamente cair nas graças do mainstream, apresentando as clássicas músicas "Pet Sematary" e "Sheena is a Punk Rocker".




"Pet Sematary" (11º disco, "Brain Drain", 1989)


"Sheena is a Punk Rocker" (3º disco, "Rocket to Russia", 1977)


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