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by Brunelson
Na noite anterior ao NIRVANA começar a gravar o seu 4º e último trabalho de estúdio em 1993, "In Utero", Kurt Cobain, Krist Novoselic e Dave Grohl receberam uma proposta intrigante. Escolhido para gravar o que foi indiscutivelmente o álbum de rock mais esperado da década de 90, Albini, que em seu currículo já tinha trabalhado com bandas como THE BREEDERS, JESUS LIZARD, PIXIES, FUGAZI e outras, se ofereceu para produzir o álbum "In Utero" de graça se alguém do trio grunge o vencesse num jogo de sinuca.
No entanto, se Steve Albini ganhasse, NIRVANA teria que dobrar os seus honorários.
Albini ri quando a história é trazida agora.
“Fiz isso com todas as bandas com as quais trabalhei e ninguém nunca aceitou a minha oferta”, revelou Albini. “Não é como se eu fosse um jogador de sinuca particularmente bom, mas tenho chances iguais de ganhar em um jogo justo. No final das contas, não faria muita diferença na minha vida se eu ganhasse o dobro do dinheiro pela sessão ou trabalhasse de graça, mas acho que o NIRVANA era um pouco mais avesso ao risco do que eu”.
A anedota fala sobre a reputação do homem de 59 anos de idade como um destemido e rebelde não convencional da indústria musical. Mesmo antes de começar com a sua banda BIG BLACK, o trio punk rock ferozmente independente e agressivo que lhe trouxe reconhecimento global na comunidade da música alternativa underground, Steve Albini já era sinônimo de integridade descomprometida e honestidade brutal, devido ao seu trabalho como escritor de fanzine, DJ de rádio na faculdade e promotor de eventos punk rock.
Ao delinear o modus operandi do BIG BLACK nas notas do encarte do seu álbum póstumo ao vivo: “Evite pessoas que apelam para a sua vaidade ou ambição - elas sempre possuem algum interesse. Opere o máximo possível fora da 'cena musical'. Durante o processo, não aceite nenhuma merda de ninguém”, Steve Albini lançou luz sobre os princípios morais inflexíveis que informaram o trabalho de sua vida ao longo de 04 décadas, tanto como um músico extremamente influente com a banda BIG BLACK, o polêmico RAPEMAN e o seu atual projeto coletivo, SHELLAC, como um profissional de estúdio conceituado, cujo currículo inclui gravações de alto nível com Jimmy Page e Robert Plant do LED ZEPPELIN, PJ HARVEY, THE STOOGES, BUSH e literalmente centenas de bandas punk rock.
Jornalista: Antes do punk rock entrar na sua vida, que música você ouvia?
Jornalista: Os RAMONES forneceu a sua epifania punk rock, não foi?
Jornalista: Você se lembra da sua primeira vez num palco?
Jornalista: Você começou a banda BIG BLACK como um projeto de quarto de 01 homem só enquanto estudava na universidade. Certa vez, você afirmou que isso acontecia porque não conseguia encontrar músicos que pensassem como você...
Jornalista: Considerando que você estava na faculdade, BIG BLACK era inicialmente um projeto de meio período?
Jornalista: Agora, há um romantismo ligado à cena musical underground dos EUA da década de 80, principalmente desde a publicação do clássico livro do escritor e jornalista Michael Azerrad, "Our Band Could Be Your Life". Como um participante-chave dessa comunidade, é uma época para a qual você olha para trás com carinho?
Jornalista: O que finalmente fez o BIG BLACK encerrar as suas atividades?
Jornalista: A sua próxima banda, RAPEMAN, atraiu um tipo diferente de atenção, em grande parte com base no nome do grupo...
Jornalista: Entre a dissolução do RAPEMAN em 1989 e a formação do SHELLAC em 1992, você gravou álbuns para bandas como JESUS LIZARD, THE BREEDERS, TAD, THE WEDDING PRESENT e muitas outras. Foi uma tentativa deliberada de se afastar dos holofotes na época?
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