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by Brunelson

Tad Doyle: "começa como uma fuga e depois vira um vício", frontman do Tad sobre os ícones grunge


Tad Doyle, vocalista/guitarrista de uma das bandas seminais do que iria se tornar grunge em Seattle, TAD (foto, ao lado de Kurt Cobain), foi recentemente entrevistado pelo site Audio Ink Radio e dentre vários assuntos, ele falou sobre os ícones grunge que a cidade forneceu e que ficaram marcados na história do rock.


O final da década de 80 foi uma época emocionante na cena musical de Seattle. Enquanto o resto do mundo ficava festejando as bandas glam/hair metal da Sunset Strip em Los Angeles, algo muito diferente estava acontecendo no Estado vizinho acima da California.

Na região noroeste do litoral pacífico em Seattle e nas cidades da região - algumas em zonas rurais e totalmente adverso ao clima praieiro da California - algumas bandas estavam tirando um som enfurnadas na garagem ou no porão de suas casas, enquanto a chuva caía do lado de fora e não tendo nada para fazer em suas cidades.


TAD foi uma dessas primeiras bandas, dividindo o palco com outros grupos que ainda seriam rotulados como grunge pela mídia, como o MELVINS, GREEN RIVER, SOUNDGARDEN, ALICE IN CHAINS, MUDHONEY, SCREAMING TREES e claro, o NIRVANA.

No início, os shows eram pequenos - muito pequenos. Na verdade, eram basicamente músicos locais tocando uns para os outros, mas isso mudou quando o NIRVANA lançou o álbum “Nevermind” (2º disco, 1991) e de repente o grunge estava em toda parte sendo bombardeado na TV, MTV, rádios e revistas.

Embora Doyle obviamente prospere em qualquer gênero - a banda TAD está inativa desde 1999, mas ele continua em carreira solo e projetos paralelos - ele sempre será conhecido pelo grunge.

E um gênero que perdeu tantos dos seus heróis prematuramente – como por exemplo, Kurt Cobain, Chris Cornell, Layne Staley e Mark Lanegan – é um alívio ter alguém da gênese do movimento grunge como Doyle por perto.



Mas então, ele está surpreso que tantos vocalistas do grunge sucumbiram às drogas e faleceram antes do tempo?

“É o negócio da música em que estamos”, começou falando Doyle na entrevista. “Não sei se é tanto, mas sempre foi incrementado por drogas e substâncias que alteram a mente. Isso pode entrar em jogo e encurtar a vida das pessoas, especialmente quando se trata do vício. Não estou dizendo que essas pessoas eram viciadas, mas tem havido rumores de que se eles não estivessem envolvidos nas coisas que eles estavam fazendo, possivelmente eles ainda estariam vivos”.

Ele acrescentou: “É muito estranho pra mim, porque eu não levo uma vida saudável, de forma alguma, cara. Estive acima do peso durante grande parte da minha vida e não fiz muitos exercícios físicos desde que saí da escola, então, essas pessoas aos meus olhos eram pessoas adequadas, sabe? Eles não tinham os problemas que eu tinha, como a obesidade”.

“Mas é triste, mais do que tudo essas perdas... Mas não é chocante. Se você olhar ao longo do tempo, todo mundo que está sob os olhos do público com a música, especialmente na pop music, rock, rap e você pode nomear qualquer outro gênero, tem sido um desafio ficar longe desse tipo de coisa que eles passam. Muitas vezes, começa como uma fuga e depois vira um vício".

Doyle concluiu: "Eventualmente, as coisas na indústria da música sendo o que são, esses artistas acabaram morrendo por causa disso. E quer saber? A epidemia do remédio fentanil está matando muita gente e é triste que haja muitos tipos de artistas que nunca terão a chance de realizar plenamente a sua arte, porque eles se prenderam a esse tipo de coisa”.

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