top of page
Buscar

The Doors: "até Jim Morrison sabia que a heroína era uma droga pesada"

  • Foto do escritor: by Brunelson
    by Brunelson
  • 1 de nov. de 2022
  • 2 min de leitura

Na melhor das hipóteses, as relações entre os membros do THE DOORS no final da carreira eram tensas.

No filme biográfico da banda de 1991 do diretor Oliver Stone, vimos que o baterista John Densmore tinha a amizade mais conflitante do grupo com o vocalista Jim Morrison e embora o filme seja um retrato "excessivo" do que aconteceu no final dos anos 60 com a banda, as suas alegações contêm elementos de muita verdade.

O fato é que, Densmore, comparado aos outros companheiros de banda, era uma espécie de "estranho". Ele não era uma pessoa literária e nem artística da mesma forma que havia sido Morrison e o tecladista Ray Manzarek, que frequentavam juntos a Universidade da California.

Na verdade, uma vez ele refletiu sobre como esses tipos de pessoas podem ser mais propensos aos perigos do excesso, particularmente, Jim Morrison.

“Algumas pessoas (da gravadora, empresários) queriam continuar jogando carvão e mais carvão na fornalha e eu me peguei pensando, depois que Jim faleceu: ‘Espere um minuto. E daí se tivéssemos um álbum a menos? Talvez Jim Morrison poderia estar vivo?'”, disse Densmore. “Eu não era maduro o suficiente para dizer isso na época, tipo, eu não estava tentando habilitá-lo a nada e foi tudo numa outra época, sabe? Eu costumava responder à pergunta: 'Se Jim estivesse por aqui hoje, ele estaria limpo das drogas e sóbrio?' e eu dizia que 'não', mas agora mudei de ideia. Claro que ele estaria sóbrio. Por que ele não estaria? Ele era uma pessoa inteligente”.

Mas durante a sua companhia em vida, Densmore acreditava que Morrison era algo como: “Um psicopata, lunático, um louco dionisíaco ou uma voz que causava terror”.


De fato, Morrison muitas vezes levava as coisas até onde podia e muitas dessas piras foram também documentadas no livro do escritor Aldous Huxley, intitulado "The Doors of Perception", no qual Huxley documenta a experiência da banda com a droga psicoativa chamada mescalina.

No entanto, talvez o melhor mantra para resumir Morrison venha do poeta William Blake: “O caminho do excesso leva ao palácio da sabedoria”, algo que o próprio Morrison fazia questão de dizer aos seus amigos em todas as oportunidades, porém, este excesso acabaria levando à morte trágica e prematura de Morrison.

Para Densmore: “Levei anos para perdoar Jim e agora sinto tanto a falta dele pela sua arte...”

O contato da banda com drogas alucinógenas contribuiria para o seu som único e Densmore observou que, como banda e talvez até como sociedade, eles eram "cautelosos" com certas substâncias que permitiam os levarem longe demais: “Quando tomávamos ácido LSD, era legal, pois éramos cientistas de rua explorando a mente”.

Ele finalizou: “Eu experimentei cocaína durante os anos 70 e 80, mas não era a minha droga de escolha... Merda, eu odeio esse termo. E fiquei chocado quando a heroína se tornou popular e até Jim sabia que a heroína era uma droga pesada. A heroína tentava fazer você esquecer de tudo e isso me assustou, então, eu fiquei longe disso”.

 
 
 

Comments


Mais Recentes
Destaques
bottom of page