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by Brunelson

The Doors: como o escritor inglês Aldous Huxley inspirou o nome e as músicas da banda?


Se você já precisou de provas de que a poesia e o rock and roll podem funcionar muito bem juntos, basta olhar para o THE DOORS (citando somente 01 exemplo).

A banda liderada pelo vocalista Jim Morrison, ganhou destaque no final dos anos 60 com as suas canções psicodélicas inspiradas no blues. Além do brilho de suas músicas e letras, Morrison ganhou status de ícone devido à sua personalidade de palco indelével. Ao mesmo tempo misterioso e escandaloso, o vocalista era, de vez em quando, levado preso do palco devido a suas travessuras ou seu grupo sendo banido do local, tornando os shows do THE DOORS inesquecíveis.





Para Patti Smith, pioneira poetisa do punk rock, ver Morrison fundir poesia com rock mudou totalmente o jogo.


Em seu livro biográfico, "Just Kids", ela escreveu: “Senti, observando Jim Morrison, que também poderia fazer isso”. E ela o fez, seguindo os passos de Morrison para se tornar uma figura-chave na paisagem punk em meados dos anos 70 e uma das artistas mais influentes de todos os tempos. Evidentemente, o curto período de Morrison como músico, falecendo tragicamente aos 27 anos de idade em 1971, foi poderoso o suficiente para deixar uma marca duradoura na cultura popular.

O amor de Morrison pela literatura pode ser agradecido por suas habilidades de escrita que ele expressou desde tenra idade. De acordo com o seu professor na época da escola: “Jim Morrison lia tanto e provavelmente mais do que qualquer aluno da classe, mas tudo o que ele lia era tão incomum que pedi a outro professor, que frequentava a Biblioteca do Congresso Nacional dos EUA, verificar se os livros que Jim Morrison estava lendo realmente existiam. Suspeitei que ele os estivesse inventando, já que eram livros ingleses dos séculos XVI e XVII. Eu nunca tinha ouvido falar desses livros, mas eles existem sim".

Morrison citava como influência escritores da geração beat, como Jack Kerouac, William S. Burroughs e Allen Ginsberg, e poetas simbolistas, como Arthur Rimbaud. Ele também lia livros de autores como Franz Kafka, Albert Camus e Vladimir Nabokov, todos os quais influenciaram muito as suas crenças.





O escritor inglês, Aldous Huxley, também influenciou significativamente Morrison, tanto que o jovem músico batizou a sua banda com o nome do seu livro, "The Doors of Perception". Publicado em 1954, esse livro explora a experiência de Huxley com a mescalina, com o escritor argumentando que os psicodélicos podem ajudar na criatividade. O título foi retirado do livro, "The Marriage of Heaven and Hell", do escritor William Blake, da seguinte passagem: “Se as portas da percepção fossem abertas, tudo apareceria para o homem como é: infinito”.

Esta foi certamente uma ideia atraente para Morrison, que passou muito do seu tempo quando estava na universidade da California e depois com o THE DOORS tomando ácido LSD.

Em entrevista para a revista Newsweek publicada em 1967, o tecladista do THE DOORS, Ray Manzarek, concluiu: “Existem coisas que você conhece e coisas que não conhece. É o conhecido e o desconhecido, sendo que no meio estão as portas – somos nós. Você precisa irromper para o outro lado para se tornar um ser completo" (parafraseando as letras da música do THE DOORS, "Break on Through").

A influência de Huxley sobre Morrison foi vital para moldar as crenças e interesses do vocalista, auxiliando posteriormente em sua contribuição para a música psicodélica.

"Break on Through" (1º disco, "The Doors", 1967)












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