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by Brunelson

The Doors: Top 06 melhores performances do tecladista Ray Manzarek


Embora artistas e bandas como Jimi Hendrix e o GRATEFUL DEAD apresentem fortes reivindicações de serem o ato contracultural definitivo de uma época, nenhum argumento é tão substancial quanto o que o THE DOORS representou.

Formado em Los Angeles no ano de 1965, o quarteto apresentava o vocalista Jim Morrison, o tecladista Ray Manzarek, o guitarrista Robby Krieger e o baterista John Densmore.


Canalizando a essência esotérica da contracultura, foi principalmente graças aos mitos estabelecidos por Morrison que o grupo avançou para se tornarem garotos-propaganda da rebelião hippie. Devido a Morrison, a sua arte está imbuída de uma áurea diferente de tudo.

Apesar da maior parte da conversa sobre o THE DOORS seja em relação a Jim Morrison, a banda não teria atingido as alturas que atingiu sem a presença fundamental de cada membro. Afinal, Krieger escreveu ou co-escreveu músicas significativas de seu cânone, como "Light My Fire" e "Love Her Madly", e Densmore manteve o grupo unido, tanto no sentido figurativo quanto musical.

Fora desses parâmetros, os adereços devem ir para Manzarek, indiscutivelmente aquele que leva o rótulo de ser a arma secreta do THE DOORS. Fundindo a psicodelia com a sensibilidade do jazz, Manzarek também forneceu ao quarteto a sonoridade do baixo em seus teclados e simultaneamente elevou o som do grupo com as suas linhas principais bastante ocupadas.

Manzarek se encaixou com a guitarra de Krieger para ajudar os fãs a serem transportados para uma dimensão diferente, ao mesmo tempo em que foi o fator sonoro de atração cativante para o mainstream. Graças ao seu dinamismo, a banda continua a receber novos ouvintes em seu mundo caleidoscópico, mesmo depois de mais de 50 anos após o falecimento de Jim Morrison.

No final das contas, Manzarek ajudou o THE DOORS a se destacar no planeta inteiro e por causa disso, listamos as suas 06 melhores apresentações nos teclados com o THE DOORS, já que ele foi um mestre em seu instrumento e abrindo as portas para outros artistas e bandas adotarem a sua prática musical.

Confira em ordem cronológica:


Música: "Break on Through"

Álbum: "The Doors" (1º disco, 1967)

Uma música febril do THE DOORS e não é surpresa que seja uma das mais conhecidas da banda.

Apresentando uma performance uivante de Jim Morrison, um refrão frenético de Krieger e um dos melhores momentos de Manzarek nos teclados, o seu solo nesta canção está entre os melhores.

Embora Manzarek seja efervescente aqui, ele não sufoca os seus companheiros de banda. Em vez disso, ele fornece o baixo como o seu outro meio melódico para aumentar a peça. É um floreio sinuoso que permite Morrison e a banda a chegarem a um clímax sonoro total.

Observe como Manzarek se liga a Densmore no final da música para criar uma tensão palpável, sendo uma demonstração simples, mas eficaz, de um teclado usando o ritmo para aumentar a sua força.


Música: "Light My Fire"

Álbum: "The Doors" (1º disco, 1967)

Poderia ser o melhor desempenho de Ray Manzarek, sendo um dos seus cartões-postais. Isso não é apenas icônico, mas resume tudo o que o THE DOORS representava.



Totalmente hipnótica e escrita de forma inteligente, todos os membros da banda estavam a todo vapor com essa clássica canção que durante um tempo, conforme pesquisas regionais na época do seu lançamento, era mais conhecida pelo povo americano do que o próprio hino nacional dos EUA.

No entanto, é Manzarek quem realmente se destaca, seja na introdução, no solo ou na grandiosa reviravolta em seu clímax. Sem a sua presença, esta canção não seria a peça atemporal e influenciadora que foi em toda a cultura popular do que jeito que se tornou até os dias de hoje.

O solo de Manzarek é totalmente mágico, sendo melhor descrito como narcótico. De uma forma tão potente, é um tributo à sua força que ajudou muitos ouvintes a decolarem para outros reinos durante a sua audição.

Além disso, a forma como o solo de Manzarek dá lugar ao solo de Krieger, é indiscutivelmente um dos melhores momentos que o THE DOORS já entregou.


Manzarek era o próprio som da contracultura e assim como o catálogo do THE DOORS, é totalmente atemporal.


Música: "People Are Strange"

Álbum: "Strange Days" (2º disco, 1967)

Esta canção tinha que estar nessa lista de performances de Manzarek.


Uma música ligeiramente assustadora que apela aos elementos sombrios que acabariam por engolir a contracultura, onde o som tradicional de cabaré europeu é distinto aqui, sendo muito disso atribuído à maestria de Manzarek.

A canção "People Are Strange" não seria o clássico que é sem Manzarek. Ele a incutiu com o seu estilo único, o que ajudou a se destacar no catálogo do THE DOORS. Evocando as imagens arrepiantes do expressionismo do século 20, esta canção soaria vazia sem os teclados.


Música: "Hello, I Love You"

Álbum: "Waiting For The Sun" (3º disco, 1968)

Desde o seu lançamento em 1968, esta canção também se tornou numa das favoritas dos fãs.


Notavelmente, foi uma das 06 músicas que a banda Rick and The Ravens gravou no World Pacific Jazz Studios em sua tentativa de garantir um contrato de gravação. Este grupo inicial apresentava todos os membros do THE DOORS, exceto Krieger, com eles eventualmente adotando o nome THE DOORS quando se juntaram ao guitarrista.

Quanto ao desempenho de Manzarek, é uma de suas performances mais agradáveis. Uma linha de teclado saltitante que é conhecida por suas semelhanças com a melodia da canção do THE KINKS, "All Day and All of The Night".

Manzarek carrega toda a música, mais uma vez concedendo a Morrison as bases para que pudesse entregar a sua performance vocal silábica.


Música: "Touch Me"

Álbum: "The Soft Parade" (4º disco, 1969)

Esta canção foi considerada uma das peças mais requintadas que o THE DOORS já gravou, com os metais e a performance sincera de Morrison sendo os 02 destaques.


No entanto, um dos outros aspectos brilhantes vem dos dedos de Manzarek.

Nos versos, uma linha de teclado pirilampo se aloja instantaneamente em seu cérebro, para que no topo do refrão, Manzarek possa oferecer alguns licks impressionantes que se conectam com a orquestra ao fundo.


Música: "Riders on The Storm"

Álbum: "L.A. Woman" (6º disco, 1971)

"Riders on The Storm" tem sido aclamada como uma das canções mais significativas do THE DOORS, com uma das representações musicais mais claras de sua posição como o último ato hippie.


Lançada no último álbum de estúdio do THE DOORS com Jim Morrison em vida, essa música atmosférica apresenta uma das melhores performances de Manzarek, canalizando o seu puro dinamismo e outras formas menos restritas de jazz.

Embora o seu trabalho sonhador carregue toda a música, os procedimentos aumentam quando ele entrega um dos seus solos característicos durante a canção. Uma obra de arte estendida no uso de ambas as mãos com um efeito total que reflete o seu virtuosismo.



Manzarek não cozinha demais, ele é medido e se encaixa perfeitamente no som, quebrando o ritmo da música e lentamente construindo um clímax. O floreio descendente que ele oferece no início e no final da canção, é simplesmente magnífico.


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