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by Brunelson
E quando se trata da música "Destroyer" (19º disco, "Give The People What They Want", 1981), parece que a banda britânica THE KINKS pegou o que fizeram originalmente, mas o transformaram em algo novo. Para a música, eles não apenas retornaram à canção "Lola", mas também renovaram o riff da música "All Day and All of The Night".
A música começa com uma referência instantânea e inconfundível ao passado com a frase: "Conheci uma garota chamada 'Lola' / E a levei de volta para a minha casa". Em seguida, o vocalista/guitarrista Ray Davies recita um hino antidrogas sobre a paranoia induzida pela droga chamada "speed" (anfetamina), com uma referência ao “vermelho” debaixo da sua cama e um “homenzinho amarelo” que atormenta a sua cabeça. Todo o coquetel rodopiante do seu tormento leva a uma ligação romântica bastante desastrosa com a clássica personagem "Lola" que ele havia criado 11 anos antes.
No entanto, por trás desse conto paranoico, há um reflexo mais profundo sobre os EUA que se mostra ainda mais presciente nos dias de hoje.
Embora ostensivamente levado a um estado de paranoia delirante pelas drogas, a metáfora da "super estimulação" também se aplica à mídia americana. Letras como “câmeras escondidas em todos os lugares” são indicativos do ar conspiratório que gradualmente tomou conta do mundo e o seu frontman parece argumentar que isso se deve, em parte, ao sensacionalismo dos eventos atuais.
Formar a base da canção "Destroyer" com o comentário social de 02 clássicos do passado, provou ser um movimento inspirado nessa conduta. Embora a música em si não tenha obtido grande sucesso ou aclamação, para aqueles que estavam curiosos o suficiente ajudou abrir a porta para o catálogo anterior da banda e logo uma espécie de renascimento da música "Lola" estava em andamento.
Pode não ser uma sequência brilhante, mas marcou muitos pontos no legado da banda.
Em 2016, Ray Davies disse à revista Q Magazine: “A música surgiu de uma experiência num clube em Paris. Eu estava dançando com essa linda loira e quando saímos para a luz do dia, eu a vi diferente, como se fosse outra pessoa, então, eu desenhei tudo isso, mas colori as coisas para a parte lírica ficar mais interessante".
Felizmente para Davies, foi um encontro que ajudou a gerar um clássico que definiu uma era, uma personagem e o seu riff.
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