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The Linda Lindas: resenha do álbum "No Obligation" pela revista New Music Express

  • by Brunelson
  • 15 de out. de 2024
  • 3 min de leitura

Atualizado: 16 de out. de 2024

Confira a resenha que a revista britânica New Music Express fez sobre o novo e 2º álbum de estúdio da banda THE LINDA LINDAS, "No Obligation" (2024), concedendo 04 estrelas em um total de 05.


Segue:


Punk rock emocionante que vai mobilizar qualquer um que o ouça. O 2º disco das punks de Los Angeles é um grito de guerra contra as condições políticas e os poderes patriarcais que moldam sua experiência de juventude


“Você não deve nenhuma demonstração / Quem se importa com a validação deles?”, rosna a faixa-título do grupo THE LINDA LINDAS. O hino vigoroso de 02 minutos não perde tempo em afirmar a forte posição política da banda: não estamos aqui para fazer o que você nos diz, e como mulheres jovens, vocês têm nos dito muito. Com um riff rápido de guitarra, elas provocam seus ouvintes a tentarem questionar sua própria autodeterminação.


O sentimento é muito parecido com o álbum de estreia de 2022, "Growing Up", embora muito mais evoluído e corajoso, mas também mais autoconsciente. Elas são distintas por como misturam o slogan político do movimento feminista dos anos 90, Riot Grrrl, com as sensibilidades punk rock atuais, simbolizando uma abordagem mais criativa para o primeiro e uma mudança política necessária no último. Canções como "All in My Head" e "Don’t Think" assumem a perspectiva de, com razão, adolescentes irritadas tentando navegar em suas vidas enquanto a supremacia branca e poderes patriarcais as derrubam e as enfiam em uma caixa.


Em seus momentos mais vulneráveis, elas levantam questões sobre como formar uma identidade fora do que é esperado delas e como viver em conformidade com seus valores políticos como jovens feministas.


Veja a música mais suave, "Once Upon a Time", na qual a banda afirma: “Eu sou boa em ficar brava", antes do refrão começar: “Não é sobre gritar / Não é sobre tentar se esconder / Estou tentando ver como eles me veem / Estou tentando ver o que eles gostam”. Por exemplo, como podemos nos permitir ser complacentes e gentis sem sermos aproveitadas por nosso posicionamento como mulheres jovens?


Onde outros revivalistas do punk rock podem apenas aludir às condições políticas que fazem desta a experiência de ser uma jovem mulher, THE LINDA LINDAS são muito mais diretas sobre isso, entrelaçando cada experiência sobre a qual escrevem em um quadro geral. 


Veja a canção "Too Many Things", onde em uma respiração elas estão lamentando a quantidade de pressão sob a qual estão: “Muitos vincos / Sou muito pequena / Logo não serei nada”, elas compartilham antes de afirmarem: “Você não vê que estou tentando estar acordada?”, e questionando quanta mudança podemos incitar como indivíduos. É revigorante ver esse mesmo tipo de angústia adolescente inteligente que fez da atriz Winona Ryder uma ícone dos anos 90 – além do seu tempo, muito inteligente, autoconsciente e sarcástica.


Com guitarras aceleradas e batidas rápidas de bateria, há homenagens óbvias às melhores bandas de seus gêneros escolhidos.


Pense em bandas como BABES IN TOYLAND, BIKINI KILL, THE BREEDERS e PARAMORE. As músicas "Lose Yourself" e "Resolution/Revolution" parecem uma expansão do punk rock político que seus colegas californianos e companheiros recentes de turnê, o GREEN DAY, dominaram.


Servindo também como trilha sonora para andar de skate com uma paranoia ofegante e vocais de gangue assustadores, THE LINDA LINDAS incorpora o horror "nós-contra-eles" das circunstâncias políticas dos EUA em canções que poderiam ter se encaixado confortavelmente no álbum "American Idiot" do GREEN DAY: “Eles acham que não podemos / Com muito medo de pensar / Nós e eles / Não estamos na mesma sintonia”, elas cantam na canção "Resolution/Revolution".


O álbum "No Obligation" não é apenas uma representação sem esperança dos EUA, é também um disco punk rock emocionante com a intenção de mobilizar aqueles que o ouvem. Há raiva, tristeza, deleite e amargura em cada som e sílaba, e de dentro desse coquetel de sentimentos há uma devoção carregada para criar mudanças.


Track-list:


  1. No Obligation

  2. All in My Head

  3. Lose Yourself

  4. Too Many Things

  5. Once Upon a Time

  6. Yo Me Estreso

  7. Cartographers

  8. Don't Think

  9. Resolution/Revolution

  10. Nothing Would Change

  11. Excuse Me

  12. Stop

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