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by Brunelson
Mas também servia de "escudo" para uma personalidade relativamente taciturna e quieta.
Em uma banda com as personalidades explosivas do baterista Keith Moon, do guitarrista Pete Townshend e do vocalista Roger Daltrey, Entwistle não precisava falar muito ou ficar pulando no palco para chamar a atenção. Ele era a calma no olho da tempestade e manteve essa posição por todo o período em que passou com o grupo.
Naquela época nos anos 60 e 70, Entwistle ocasionalmente exibia um sorriso, somente mais para indicar como ele se sentia sobre músicas específicas. Ele colocou algumas de suas próprias composições na banda, incluindo ótimas canções como "Boris The Spider" (2º disco, "A Quick One", 1966) e "My Wife" (5º disco, "Who's Next", 1971), sendo essa última das quais se tornou a música de assinatura de Entwistle para ele cantar nos shows.
Embora o baixista tenha conseguido se encaixar em solos de baixo dos mais clássicos de todos os tempos, em canções como "My Generation" (1º disco, "My Generation", 1965) e "Who Are You" (8º disco, "Who Are You", 1978), Entwistle os tocou obedientemente e apaixonadamente - pelo menos do ponto de vista visual.
De sua parte, Daltrey sentiu que "não conseguia me conectar" com clássicas músicas do grupo, como "Substitute" (single, 1966), e pareceu se deliciar em desmontar outras amadas canções, quando afirmou uma vez estar "muito entediado de cantar a música 'Won' t Get Fooled Again'" (5º disco).
Comparativamente, Entwistle nunca fazia declarações inflamatórias sobre nenhuma canção do THE WHO, porém, somente 01 vez em entrevista ele afirmou que nunca gostou de tocar a música "Magic Bus" ao vivo (single, 1968), outra clássica do repertório da banda.
“Eu realmente odiava tocar a canção 'Magic Bus', tipo, às vezes eram 08 minutos tocando a mesma coisa”, disse Entwistle, ainda afirmando que há algumas gravações de shows em que ele quase adormeceu tocando essa música.
Para um músico, é perfeitamente plausível a opinião de Entwistle. Às vezes o THE WHO tocava a canção "Magic Bus" por quase 15 minutos num show, durante os quais o baixista tinha pouco a fazer além de ficar tocando a mesma nota fundamental da música.
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