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by Brunelson
Ganhando destaque no auge da psicodelia dos anos 60, a banda britânica THE WHO não era estranha à experimentação. A introdução a drogas psicodélicas recentemente popularizadas, como o ácido LSD, influenciou tudo, desde a moda até a música.
Durante o auge da psicodelia na cidade de San Francisco, California, e outras travessuras hippies de verão, Townshend certamente fez parte da ação, mas quando ele foi usar ácido LSD mais uma vez, as coisas não foram tão esclarecedoras como foram das outras vezes.
Depois que o THE WHO apresentou o seu setlist icônico no Monterey Pop Festival, EUA, em 18 de junho de 1967, a banda, junto com a esposa de Townshend, Karen, embarcou em seu avião de volta para Londres. Quando eles se instalaram no avião, cartelas roxas de LSD lhe foram entregues pelos seus companheiros de banda, o baterista Keith Moon e o baixista John Entwistle, as quais foram fornecidas pelo engenheiro de som do grupo, Owsley Stanley.
Enquanto Daltrey e Entwistle recusaram as cartelas, Moon pegou uma e não querendo que ele tomasse sozinho, Townshend e sua esposa dividiram outra e foi aí que as coisas ficaram estranhas.
“Depois de 30 minutos, a aeromoça, cujo nariz arrebitado a fazia parecer um pouco suína, se transformou em um porco de verdade, correndo pra cima e pra baixo no corredor e ainda bufando. O ambiente estava cheio com uma música de 'elevador' tocando, quando finalmente localizei o som no apoio de braço no meu assento”, lembrou Townshend.
Ele acrescentou: “Depois de colocar um fone de ouvido, senti que podia ouvir tudo ao mesmo tempo todas as saídas de áudio que tinha no avião para escolher: rock, jazz, música clássica, comédias, músicas da Broadway e country, todas competiam pelo domínio sobre o meu cérebro”.
Enquanto os seus outros companheiros de banda permaneceram aparentemente passíveis ao seu redor, Townshend continuou a espiralar ainda mais em seu abismo psicodélico: “Foi quando ouvi uma voz feminina dizendo gentilmente: 'Você tem que voltar. Você não pode ficar aqui', sendo que eu respondi: 'Mas eu estou apavorado. Se eu voltar, sinto que vou morrer'”.
“Você não vai morrer e você não pode ficar aqui” disse a voz para Townshend.
“Enquanto descia de volta para o meu corpo, achando que as coisas iriam normalizar”, continuou Townshend, “comecei a sentir os efeitos do LSD voltando. O pior parecia ter passado, mas conforme eu ia me estabelecendo naquela experiência - embora extrema - a viagem parecia mais com as minhas outras viagens que havia passado das outras vezes, onde tudo ficava apenas saturado por cores e sons maravilhosos - e Karen parecia um anjo".
Após essa experiência, Townshend mergulhou ainda mais em sua religião, escrevendo um artigo para a revista Rolling Stone em 1970 e afirmando que, por causa dos ensinamentos de Meher Baba, ele agora se opunha ao uso de todas as drogas psicodélicas.
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