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by Brunelson

The Who: Top 05 apresentações do baterista Keith Moon


Keith Moon é uma das figuras mais icônicas na história da música.

















A sua excentricidade, energia frenética e vida tragicamente curta, ajudaram a solidificá-lo como um dos maiores bateristas na história do rock'n roll, ao lado de nomes como, por exemplo, John Bonham (LED ZEPPELIN) e Ginger Baker (CREAM).

Moon está tão envolvido na mitologia de sua época que é quase impossível separá-lo. Para muitos, o baterista do THE WHO é a personificação da sensibilidade anti-establishment dos anos 60. Com a sua tendência em destruir quartos de hotel e sua própria bateria, ele se tornou um estilo de vida emblemático, mas Moon sempre foi muito mais do que as suas travessuras de turnê.


Ele era um músico incrivelmente e tecnicamente proficiente e alguém que levou o seu instrumento ao limite de suas capacidades. Moon reformulou as percepções do público sobre o que um baterista poderia ser e em várias ocasiões abalou a estrutura do rock em sua essência.

Depois de assumir a bateria no início dos anos 60, Moon se apresentou com uma banda cover local de Londres, THE BEACHCOMBERS, em sua cidade natal. Em 1964, ele deixaria o seu grupo cover para se juntar ao THE WHO quando eles eram pouco mais que um ato incipiente.


A história diz que Moon apareceu em um show, onde o baterista anterior do THE WHO deixaria o grupo após o mesmo - quando ainda era uma banda de garagem. Pete Townshend (guitarrista) mais tarde descreveria Moon como "uma visão ruiva" devido às suas roupas na cor laranja e cabelos tingidos de vermelho. Moon aproximou-se do seu futuro colega de banda e disse-lhe que poderia tocar muito melhor do que o baterista que eles tinham antes.

Hesitante, Townshend concordou em deixar Moon tocar as músicas do THE WHO, no entanto, tendo aparecido para o teste com alguns drinques a mais dentro de si, Moon só conseguiu terminar 01 música, depois te ter quebrado o pedal do bumbo, furado 02 peles da bateria e ter saído correndo do local.

Moon falou na biografia da banda: “Achei que não iria dar em nada, porque eu estava morrendo de medo. Fui para um bar próximo ao local, quando Pete se aproximou de mim e disse: 'Você, venha aqui'. Eu respondi suavemente a ele: 'Sim?' E Roger Daltrey (vocalista), que era o porta-voz da banda no início e que estava junto com Pete, me perguntou: 'O que você vai fazer na próxima segunda-feira?' Eu falei: 'Nada. Eu trabalho durante o dia vendendo gesso'. Foi quando Roger falou: 'Você vai ter que desistir do seu trabalho, pois temos um show para fazer na segunda-feira que vem. Se você quiser, podemos buscá-lo em uma van'. E eu respondi: 'Ok', e foi isso".


Abaixo, separamos um Top 05 apresentações de Keith Moon como baterista do THE WHO e que abalaram a indústria musical em seus alicerces.

Confira sem nenhuma ordem específica:

Música: "Substitute" (single 1966)

É muito revelador que, nessa apresentação televisionada da banda tocando a canção "Substitute", Keith Moon fosse apresentado como baterista do THE WHO demonstrando o seu jeito peculiar de tocar.

Em contraste, a pose de "aranha" de Moon acima de sua bateria o marca como o coração pulsante que era nos shows do THE WHO. Numa época em que performances filmadas como essa eram novidades certeiras, Keith Moon surpreendeu o mundo com a sua presença de palco singular e carismática.



Música: "Pinball Wizard" (4º disco, "Tommy", 1969)

Local: Live at The Isle of Wight Festival, 1970

Na madrugada de 30 de agosto de 1970, o THE WHO fez uma apresentação que entraria para a história da música.

Nesta filmagem da banda tocando a canção "Pinball Wizard", Moon assume um poder quase xamânico. No fundo do palco, você pode vê-lo absorvendo a energia dos seus companheiros de banda e usando essa energia para se impulsionar.

Mais de 50 anos depois, essa performance de Moon ainda reverbera em nossos ouvidos e alma.







Música: "Young Man Blues" (Disco ao vivo: "Live at Leeds", 1970)

Local: Live at Leeds, 1970

Em seguida, uma canção lendária desse disco ao vivo definitivo do THE WHO.

Esse cover de Mose Allison mostra Keith Moon indo de zero a cem inúmeras vezes. Como Ginger Baker, Moon foi capaz de transmitir as propriedades quase alucinatórias de ritmos complexos de bateria. Nessa performance, ele não esconde nada, atingindo-nos repetidamente com uma enxurrada de viradas na bateria com infusão de jazz.

A performance inovadora de Moon nessa gravação pode, em parte, ser creditada ao seu ódio por solos de bateria.


Ao contrário dos seus contemporâneos - John Bonham e Ginger Baker - ele se recusava a tocar solos de bateria. Uma vez, Moon até parou no meio de uma apresentação do THE WHO no Madison Square Garden em New York, depois que os seus companheiros de banda pararam de tocar para ouvi-lo tocar bateria sozinho.

Em resposta, ele gritou do palco: “Solos de bateria são chatos!”

Daltrey disse mais tarde sobre Moon: "Apenas instintivamente, ele tocava partes de bateria em lugares que outras pessoas nunca teriam pensado em tocar".



Música: "The Rock" (6º disco, "Quadrophenia", 1973)

Esse instrumental inebriante lançado no álbum "Quadrophenia" mostra Keith Moon no auge do seu jogo.


Os estrondosos sons de bateria que introduzem a música são instantaneamente reconhecíveis do seu autor e fornecem o ponto central perfeito para Pete Townshend e o baixista John Entwistle rasgarem os seus instrumentos.

Essa performance também é um bom exemplo de como Moon poderia pegar a sua bateria e transformá-la em um instrumento solo. Dessa forma, Moon quebrou todas as noções pré-concebidas do que um baterista de rock poderia ser.


Música: "Won’t Get Fooled Again" (5º disco, "Who's Next", 1971)

Local: Live at Shepperton Studios, 1978

Esta apresentação foi a última de Keith Moon com o THE WHO.

Mostra toda a banda no auge de sua performance ao vivo e Moon parece estar se debatendo na canção com a agressividade de alguém lutando contra uma fome insaciável.


Essa performance imortalizaria Moon, capturando-o naqueles seus estados de concentração eufórica característicos.

Em 2013, Daltrey falou numa entrevista: “Há algo na minha cabeça que me diz que Keith Moon nunca teria se tornado um homem velho. Ele não gostaria de ser um velho, ele queria ser o maior baterista de rock do mundo e morreu sendo isso”.






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