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by Brunelson

Thom Yorke: qual o álbum do Radiohead que o vocalista disse que nunca mais escutou?

RADIOHEAD praticamente criou o hábito de escrever apenas músicas para si mesmo. 


Embora eles apreciem os milhares de fãs que aparecem em cada um de seus shows (desde 2018 sem subir aos palcos), nenhum de seus álbuns foi necessariamente projetado para receber elogios da crítica, especialmente considerando que nos últimos anos eles lançaram discos esporadicamente e com pouca apelação ao mainstream - e mesmo assim fazendo sucessos.


E como nem tudo vem de graça nessa vida (para alguns, sim), o grupo teve que suar e batalhar em seu ofício para conseguir alguma coisa, e em um de seus álbuns o vocalista Thom Yorke considerou absolutamente exaustivo o trabalho do grupo e a produção que levou quando foram grava-lo no estúdio.


Ao olhar para a direção musical que o RADIOHEAD estava tomando, o 6º álbum do grupo, "Hail to The Thief" (2003), foi um retrocesso a sua sonoridade dos anos 90. Comparado com a banda lentamente se tornando os ciborgues musicais diante de nossos olhos nos álbuns "Kid A" (4º disco, 2000) e "Amnesiac" (5º disco, 2001), o álbum "Hail to The Thief" trouxe de volta as guitarras altas pela 1ª vez em muito tempo.


Porém, ouvindo esse disco como um todo, você tem a sensação de que a mixagem está tentando mesclar os dois estilos de som do RADIOHEAD sob o mesmo teto, o que nem sempre resulta no melhor produto para o artista - de forma coesa, em vez de ter seus 02 casos de amor musicais trabalhando separadamente.


E mais, isso pode também estar envolvido com o fato à forma de como o álbum foi sequenciado. Por mais que a banda possa ter criado histórias sonoras em seus projetos anteriores, ouvir um clássico moderno como as músicas "There There" e "Sail to The Moon" ao lado de canções frias como "Backdrifts", tende a distrair um pouco.


Para Yorke, os estágios finais de montagem desse álbum foram absolutamente horríveis, dizendo mais tarde em entrevista: “Gravar esse disco foi muito divertido, mas terminá-lo foi um pesadelo. Foi horrível, nada espontâneo e a mixagem deu tudo errado... Estava adorando muito no início e quando cheguei no final, eu odiei e nunca mais quis ouvir esse álbum novamente”.


O que quer que tenha acontecido no meio do caminho, eles corrigiram o problema com força total no próximo álbum de estúdio. Desde o primeiro minuto de "In Rainbows" (7º disco, 2007), a banda encontrou o meio-termo perfeito entre os 02 sons, oferecendo dez músicas onde cada uma parece um experimento musical diferente e com cada membro da banda trabalhando juntos para criar esse incrível álbum, considerado um dos melhores de sua discografia.


Ainda assim, isso não significa que "Hail to The Thief" seja um álbum ruim. Para nós, fãs, aqui ouvimos o RADIOHEAD nos dando a impressão de que você está junto na mesma sala de estúdio enquanto eles tocam. Nem tudo pode ser ouro para uma banda, mas para os fãs é sempre um novo deleite e história a cada disco escutado.


"There There"















































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