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  • by Brunelson

Thurston Moore: frontman do Sonic Youth presta homenagem a Steve Albini


Thurston Moore, vocalista/guitarrista do SONIC YOUTH, foi um dos muitos que prestaram homenagens ao produtor Steve Albini, que veio a falecer no dia 07 de maio de 2024 aos 61 anos de idade.


Ele descreveu Albini como “uma dinamite vestido em tênis rasgados".



Moore começou sua declaração escrevendo em rede social: “Assim como a música que ele adorava e à qual dedicou sua vida – punk rock e ação experimental, suspeita e resistente a qualquer aparência de exploração – Steve Albini era uma pessoa de paixão e contradição”.


O músico elogiou Albini por sua capacidade de: “Desde uma idade surpreendentemente jovem, ele articulava com uma paixão inteligente e intelectual, mostrando razões para não colocar os pés nas engrenagens manipuladoras da indignidade das grandes gravadoras. Embora totalmente sério em suas análises, ele também parecia ser capaz de descartar tudo no final das contas como se estivesse vivendo em um universo absurdo. Ao lado de sua carranca impassível, havia sempre um sorriso genuinamente comovente".


Moore se lembrou do dia em que ouviu falar de Albini pela 1ª vez em New York. Foi na década de 80 quando a banda de Albini, BIG BLACK, foi fazer um show em New York: “Despertou uma camaradagem duradoura entre nós, 'capangas', junto com tantas outras mentes com opiniões selvagens, tipo, Gerard Cosloy, Lydia Lunch e outros".


Independentemente de quaisquer altos e baixos pessoais que ocorreriam ao longo das décadas subsequentes, nos anos 80 as bandas BIG BLACK e SONIC YOUTH compartilharam juntos os palcos e festando depois dos shows nas casas e apartamentos de conhecidos, enquanto faziam turnês por conta própria.


Moore também fez referência ao infame desentendimento de Albini com o SONIC YOUTH por assinar com uma grande gravadora em 1990, a Geffen Records: “Ele ficaria totalmente desencantado com o SONIC YOUTH por assinar um contrato com a Geffen Records em 1990, considerando isso um abandono de princípios. Claro, nós conversávamos sobre isso: a contabilidade e os transparentes cuidados de saúde oferecidos por uma marca corporativa versus a liberdade artística de uma marca independente, onde as operações do dia-a-dia podem, muitas vezes, ser um mistério. Suas analogias de um engenheiro de gravação não sendo mais importante do que um encanador (como ele dizia que era o seu trabalho, pois não gostava de ser chamado de produtor), pareciam certamente cativantes".



Moore continuou: “Mas Steve Albini não era encanador. Ele era um artista, um músico, um engenheiro de gravação, um decodificador de alto funcionamento que lhe permitia uma infinidade de ganhos no pôquer e seu domínio em uma mesa de sinuca. Ele adorava a simplicidade limpa, sólida e elegante, tipo de um clássico isqueiro Zippo”.


Moore elogiou a capacidade de Albini de trabalhar com: “Seja com a banda WHITEHOUSE ou com o NIRVANA, ele era um autêntico visionário, uma pessoa viva com o deleite do impulso criativo. E não importa quantas vezes ele assinasse suas missivas escritas e orais com o dedo médio erguido no ar, mas ele parecia amar absolutamente o mundo e seu povo”.


Moore também relembrou o poderoso som de engenharia de Albini: “Ele estava sempre pronto para derrubar as coisas. Sua música, seu estilo de guitarra, suas configurações de amplificador, tipo, eram todos ataques primitivos e todos eles estavam com um enorme coração de amor por trás de cada máquina, bem oleado e seguro. Steve ouvia seriamente, estudava e nos prestou assistência”.


Moore concluiu sua homenagem: “Uma luz enorme e gigante, um dinamite vestido em tênis rasgados, macacão rasgado e uma camisa rasgada da banda RUDIMENTARY PENI de nossa micro comunidade de música marginalizada, apenas seguiu em frente... A notícia que recebemos foi um choque, comovente e realmente sentiremos falta dele aqui”.












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