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by Brunelson

Tom Morello: "sim, a música pode mudar o mundo"


Durante a entrevista que o guitarrista do RAGE AGAINST THE MACHINE, Tom Morello, concedeu para a revista Q, ele também falou sobre a sua música impactar o dia a dia dos fãs.




Quando o jornalista lhe perguntou: "Há muitas pessoas que tiveram um despertar político por causa do RAGE AGAINST THE MACHINE. Como você se sente quando ouve alguém falando isso para você e qual foi a sua história?"

Morello respondeu:

“Uma é a confirmação do que as pessoas falam: 'Bom, a música pode mudar o mundo?' Obviamente, a resposta é: 'Sim, mudou o seu mundo e mudou o meu mundo'".

“E essa é a missão. A nossa música foi feita de forma absolutamente intransigente, sem remorso e acho que é por isso que soou como verdadeira".

“Não posso ir ao supermercado sem conhecer alguém que se tornou pela nossa música, seja um defensor público ou um anarquista atirador de tijolos, e que antes não tinham nenhuma conexão com os nossos álbuns".

"Pra mim, eram bandas como o THE CLASH e PUBLIC ENEMY. A diferença era que, em vez desses grupos me exporem a um novo conjunto de ideias, na verdade foram artistas que me senti harmonizado com ideias que eu tinha e que não estavam representadas no lugar onde eu cresci".

"Isso me fez sentir menos sozinho em minhas convicções anti-imperialistas, como um jovem de 16 e 17 anos de idade que cresceu num subúrbio muito conservador de Chicago, onde a ideia era: 'Você trabalha no Dairy Queen, você vai para a Universidade de Illinois, você consegue um ótimo emprego, faz parte de um cubículo e vota no republicano".

"E Joe Strummer (vocalista/guitarrista do THE CLASH) e Chuck D (vocalista do PUBLIC ENEMY e PROPHETS OF RAGE), estavam dizendo a verdade de uma forma que os professores da minha escola e os locutores da TV não estavam".

"E realmente me fez perceber que havia um mundo além do Dairy Queen e daquele cubículo do qual eu poderia fazer parte".

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