Top 05 instrumentos incomuns gravados em músicas de rock
A maioria das pessoas que ouve rock and roll tende a conhecer o tipo de formato que compõe uma música.
Apesar de todas as melhorias sonoras que podem ser colocadas em uma canção, geralmente isto se resume a guitarra, bateria, baixo, teclados e voz para constituir o resultado final.
E embora algumas adições possam ser feitas posteriormente na gravação final, artistas como Jimi Hendrix e Paul McCartney encontraram maneiras de quebrar as convenções sempre que entravam no estúdio.
Ao longo da história do rock, artistas encontraram maneiras de fazer mágica no estúdio tocando diferentes instrumentos incomuns. Quer isso signifique colocar sua guitarra em pedais de efeitos diferentes para bagunçá-los ou tocar em afinações estranhas para obter um som específico, muitos artistas gostam de pegar o básico do rock and roll e jogar fora as regras com diferentes abordagens ao instrumento.
Por outro lado, às vezes as melhores músicas de rock de todos os tempos não precisam dos instrumentos típicos para fazer tudo funcionar. Quer sejam considerados legais ou não, esses instrumentos incomuns se tornariam a base de muitas músicas clássicas, servindo como uma adição sonora interessante à canção ou se tornando tão icônicos que fariam a parte central da música.
E mesmo que ninguém possa afirmar que conhece todos os instrumentos conhecidos pelo homem, pensar fora da caixa para obter sons diferentes transformou as músicas de, adições decentes ao álbum, em novas reinvenções ousadas que ninguém jamais tinha escutado antes.
Sendo assim e sem nenhuma ordem específica, separamos apenas 05 instrumentos incomuns usados em músicas do rock'n roll - e que talvez você nem saiba:
Instrumento: Glockenspiel
Música: "No Surprises" (3º disco, "OK Computer", 1997)
Banda: RADIOHEAD
A maior parte do melhor material do RADIOHEAD é transparecido em sons sedosos e às vezes até nos remetendo a sentimentos e instrumentos infantis.
Influenciada pelo BEACH BOYS, a banda decidiu usar um glockenspiel na música "No Surprises", tocando aquele som distinto do sino que mantém a música em movimento. Embora apresente letras pesadas, o glockenspiel quase dá uma energia lúdica à música, como se fosse uma canção de ninar.
Foi aqui que o RADIOHEAD começaria a provar que já estava disposto a se livrar das amarras dos instrumentos típicos do rock and roll, vide seus álbuns subsequentes.
Instrumento: Baixo de 12 cordas
Música: "Wherever I May Roam" (5º disco, "Black Album", 1991)
Banda: METALLICA
Como já sabemos, a ideia de tocar com uma guitarra de 12 cordas é super comum na história do rock.
Como a maioria dos guitarristas deseja um som mais cheio ao tocar sua guitarra, obter um conjunto maior de cordas para preencher certa canção proporciona um som específico. E embora o METALLICA nunca tenha sido reconhecido por usar com frequência uma guitarra de 12 cordas, Jason Newsted teve a ideia de usar um baixo de 12 cordas ao criar sua linha para a canção "Wherever I May Roam".
Precisando de algo interessante para a introdução, a música começa com diferentes camadas de sinos, o que soa como uma cítara elétrica antes do resto da banda atacar atrás do groove da bateria de Lars Ulrich. Embora a paisagem sonora já seja enorme, é a forma de tocar de Newsted que eleva tudo, proporcionando sua assinatura com o despejo que faz em uma única nota em seu baixo, em contraste à "cítara elétrica".
O negócio aqui é mais sobre a sensação que o som evoca, praticamente puxando o ouvinte para o chão com o estrondo de Newsted na introdução, enquanto o riff do frontman James Hetfield surge atrás dele.
Mesmo com Hetfield colocando diferentes camadas de guitarras umas sobre as outras, o baixo de abertura de Newsted faz exatamente isso com apenas 01 nota.
Instrumento/objeto: Pato de Borracha e Extintor de Incêndio
Música: "Drain You" (2º disco, "Nevermind", 1991)
Banda: NIRVANA
Desde o primeiro dia, Kurt Cobain sempre quis fazer música que soasse diferente do que ele ouvia na rádio.
Com o glam metal reinando nos anos 80, NIRVANA entrou em cena com canções que trouxeram mais atenção para o lado autêntico do rock, apresentando a abordagem punk rock de Cobain em tocar guitarra. Embora ele tenha guardado sua magia habitual para a guitarra, alguns dos aspectos sonoros estranhos do álbum "Nevermind" vieram de outros "instrumentos".
Cobain achou que seria engraçado tentar adicionar alguns sons únicos à esta canção, eventualmente colocando sons de pato de borracha (foto) e extintor de incêndio na ponte da música - a parte noise no meio da canção a la SONIC YOUTH.
Considerando o quão infantil o brinquedo deveria soar, ouvi-lo no contexto da canção "Drain You" soa quase ameaçador, onde, ao lado do extintor de incêndio, mais parecem máquinas industriais de uma linha de produção.
Considerando o quanto ele fez pelo gênero, Jimi Hendrix - em vida e se ele quisesse - não precisaria ter aprendido outro instrumento musical.
Mesmo que ele pudesse ser autodepreciativo em relação à sua própria voz, a maneira de Hendrix tocar em comunhão com sua guitarra era diferente de tudo que o mundo do rock já tinha visto, levando o instrumento a novas áreas que ninguém imaginava serem possíveis alcançar.
Abraçando os sons dos overdubs de estúdio, Hendrix serviu uma dose saudável de hard rock para a canção "Crosstown Traffic", tocando alguns de seus melhores licks de guitarra enquanto o resto da banda corria atrás dele. E em vez de duplicar sua guitarra com outra guitarra tocando a mesma coisa, Hendrix trouxe um kazoo para o estúdio para dobrar sua parte.
Mesmo que qualquer música com kazoo seja considerada irritante desde os primeiros segundos, aqui ela ficou impressionantemente bem na mixagem final, proporcionando o papel geralmente reservado a um harmonizador com uma boa dose de reverberação.
Embora Hendrix possa ter sido conhecido como o maior e melhor guitarrista de todos os tempos, é preciso ser um verdadeiro visionário musical para fazer um som de kazoo parecer incrível em uma gravação de estúdio.
Quando os BEATLES decidiram que não seriam mais uma banda em turnê, nada estaria fora de questão dentro do estúdio.
Tentando entrar em diferentes áreas em álbuns como "Revolver" (7º disco, 1966), a banda estava pronta para usar para melhor qualquer instrumento estranho que pudessem. E foi quando eles tiravam férias entre as gravações dos álbuns, que John Lennon criou uma certa música para levá-los à psicodelia com "Strawberry Fields Forever".
Começando como uma simples canção folclórica que Lennon começou a escrever durante as filmagens do filme, How I Won The War, a canção ganhou vida quando Paul McCartney começou a adicionar os sons do mellotron à mixagem. Destinadas a provar os sons das cordas, as notas de abertura da música apresentam a estreia do instrumento, soando como se você estivesse sendo transportado para o cenário do filme Alice no País das Maravilhas que Lennon pinta com suas letras.
O mellotron seria incorporado em inúmeras músicas de rock no futuro, tornando-se um dos favoritos em bandas como o LED ZEPPELIN.
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